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quarta-feira, julho 31, 2013

Grupo de José Dirceu Propõe Mudanças no PT

Entre propostas da CNB está a redução da influência de marqueteiros no PT e mudanças na política econômica

Maior corrente interna do PT, da qual participam José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), que é maioria no Partido a mais de 20 anos, propõe uma mudança radical na estrutura de funcionamento administrativo, eleitoral e político do partido. Nas palavras de um dirigente petista, a CNB quer aproveitar as mobilizações de junho para propor uma volta às raízes e, com isso, se aproximar dos movimentos que lideraram os protestos. Contudo, vários dirigentes não alinhados com a corrente reconhecem o pragmatismo da proposta, visando sobretudo não perder espaços para novas legendas, como a que está sendo criada pela ex-Ministra Marina Silva o #rede.
Muitas das propostas apresentadas, são cópias do programa do #rede e fazem parte dos debates do partido de Marina Silva e Heloísa Helena.
Na tese de 11 páginas que embasa a candidatura da CNB ao Processo de Eleições Diretas (PED) de novembro, a corrente propõe uma série de medidas inéditas como:
– revisão do funcionamento do Diretório Nacional aproximando o modelo à estrutura horizontal dos coletivos digitais que lideraram as manifestações.
– desvincular os quadros partidários da burocratização e da dependência excessiva do aparelho estatal.
– redução da influência dos marqueteiros na comunicação petista.
– unificar os partidos de esquerda e isolar as forças “autoritárias, elitistas e golpistas”.
– construir uma “hegemonia” política “para muito além das dimensões eleitorais”.
– defender a tarifa zero nos transportes, principal objetivo do Movimento Passe Livre, como meta de médio prazo.
– mudanças na política econômica do governo com o aumento dos gastos públicos.
O texto intitulado “O Brasil quer mais e melhor” começa com um diagnóstico. “As manifestações ocorridas em junho colocam novas indagações e exigem do PT uma reformulação positiva de sua estratégia partidária”.
O documento lista os avanços obtidos nos governos Lula e Dilma Rousseff, mas admite que é pouco. “O que foi feito não é suficiente (...) claro está que a distribuição de renda e o acesso ao consumo não bastam para impulsionar a emancipação das pessoas”.
A saída, segundo a CNB, é tratar os jovens como “sujeitos diretos” e melhorar a comunicação. Neste item o texto dá uma alfinetada em marqueteiros como João Santana e Duda Mendonça que passaram a ter mais poder do que militantes e dirigentes desde a eleição de Lula em 2002.
“Nossa comunicação não pode e não deve ser comandada pelos referenciais do marketing, mas pela perspectiva política que não se atém, apenas, às vitórias eleitorais”.
O Fator Marina Silva
A CNB  foi a principal responsável pela transformação do PT no que Ele é hoje, marcado pela corrupção e onde seus filiados se transformaram em profissionais remunerados do poder.
Porém, a mesma corrente criou uma estrutura que utiliza instrumentos de pesquisa e de marketing, onde os números apontam o crescimento de Marina Silva e a identificação dos novos atores sociais com sua postura e ideário.
Apesar de as pesquisas mostrarem que a aprovação a Dilma desabou depois dos protestos, a CNB enxerga nos protestos uma oportunidade de guinada à esquerda tanto do partido quanto do governo. “A situação política que surge abre nova oportunidade ao PT”, diz o documento. “As manifestações contribuem para que o governo da presidenta Dilma avance em direção às transformações das quais o país precisa”.
Para isso, no entanto, o partido terá que rever práticas e hábitos adquiridos e enraizados na cultura petista nos últimos anos, como, por exemplo, a burocratização dos quadros partidários e a dependência excessiva das estruturas de poder. “Cabe ao PT enfrentar de uma só vez os riscos da excessiva burocratização e vinculação de seus quadros com aparelhos de Estado”, diz o item 38 do documento.
Futura Press
Onda de protestos em junho criticava partidos políticos
Outra tarefa é a reaproximação com movimentos sociais, em especial os novos coletivos que lideraram as manifestações de junho para garantir apoio político além das alianças com partidos de centro e direita que marcaram os últimos anos. “O PT tem a tarefa de sedimentar uma prática dialógica de construção de hegemonia em relação a nosso projeto estratégico para muito além das dimensões eleitorais (...) lutar para fortalecer no Brasil o diálogo, canais de participação social, política e cultural existentes, estar em sintonia com as novas experiências de organização que têm surgido na sociedade”.
Um dos trechos mais radicais diz respeito à mudança na estrutura administrativa do PT, tanto do diretório nacional quanto das bancadas parlamentares. “O Diretório Nacional deverá rever seu funcionamento seja criando grupos de trabalho horizontais, multitemáticos que elaborem e consolidem formulações em áreas fundamentais, seja trazendo para sua pauta não apenas os temas conjunturais imediatos”.
Os diretórios municipais devem “se tornar espaços político-culturais de diálogo, convivência e troca de experiências”.
De forma indireta o documento engrossa as críticas à política econômica do governo ao cobrar novas formulações para viabilizar mudanças mais profundas.
No item 36, alínea “e”, “o PT defende o transporte coletivo como direito fundamental e acredita que a tarifa zero, como meta social de médio prazo, possa ser uma política qualificada”.
Integrantes de outras correntes criticam o texto porque, embora reconheça falhas do governo e do partido, a CNB em momento algum faz uma autocrítica. A corrente controla o PT há mais de 20 anos, período em que o se afastou de suas bandeiras originais. Líderes da CNB como José Dirceu e José Genoino foram os arquitetos da mudança do partido de massas para a máquina eleitoral pragmática que venceu as últimas três eleições presidenciais com a utilização de métodos antes criticados como o caixa dois eleitoral.
Também foram integrantes da CNB, antes chamada Campo Majoritário, os responsáveis pelo maior escândalo da história do PT, o mensalão, entre eles Delúbio Soares, Sílvio Pereira e João Paulo Cunha. O texto também não cita o fato de que outras correntes culparam o Campo Majoritário pelo escândalo e que, por isso, a corrente mudou de nome em 2005.
Além da CNB assinam o texto as correntes PT de Lutas e de Massas (PTLM) e Novos Rumos, da qual faz parte o presidente nacional do partido e grande favorito à reeleição, Rui Falcão.
Analistas políticos consultados, afirmaram que na realidade o PT está, como sempre fez, buscar alternativas a sua derrocada, visando repaginar a legenda, porém, mantendo as mesmas práticas que a levaram e a manteve nos últimos 10 anos de governo federal.

Agricultores apresentam queixa-crime contra Eike Batista, Carlos Minc e Sérgio Cabral

Ação foi protocolada no Superior Tribunal de Justiça pelos moradores de São João da Barra, desapropriados para a construção do complexo

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), seu Secretário de Ambiente Carlos Minc (PT) e o empresário Eike Batista são alvo de uma queixa-crime impetrada pelos moradores do município de São João da Barra, no norte fluminense, que tiveram suas terras desapropriadas para a construção do complexo do Porto do Açu.
A ação foi protocolada no sábado (27) e pede o afastamento de Cabral e do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho indicado pelo PT. A alegação é de que o governador passou a receber "benesses" de Eike após a edição de decretos que viabilizaram a desapropriação da área. Entre os favores elencados, está o uso do jatinho do empresário para viagens de Cabral.
Já Coutinho, segundo os agricultores, estaria "alimentando a organização criminosa com recursos do erário" por meio dos recursos do BNDES destinados a Eike. A queixa-crime acusa Cabral de peculato, Batista e Coutinho de gestão temerária, e os três por formação de quadrilha.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, só 10% da área desapropriada para a construção do complexo do Porto do Açu está em obras. O projeto previa originalmente a instalação de siderúrgica, cimenteiras, termelétricas, polo metal-metânico e polo ferroviário, entre outras empresas.
Os moradores preparam uma ação popular para pedir à Justiça a devolução das terras.
Além da questão fundiária, há ações por crimes ambientais, pois, houve salinização da água da população, tornando a mesma imprópria para consumo. Além de derrubada de vegetação, causando impactos negativos e grande passivo para o meio ambiente. Todos estes problemas ambientais, chancelados pelo Secretário de Ambiente Carlos Minc.

terça-feira, julho 30, 2013

Manifestantes retomam “ocupa Cabral”

Manifestantes voltaram a se instalar nas imediações do prédio onde mora o governador do Rio, Sergio Cabral, no Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. A ocupação começou como um protesto comum, promovido no domingo, à tarde, mas horas depois o grupo decidiu acampar na calçada. Ontem, havia cerca de 30 pessoas no local.
Os ativistas pedem o impeachment do governador, a desmilitarização da polícia, a liberação dos presos em manifestações e a investigação sobre o paradeiro do pedreiro Amarildo de Souza, morador da comunidade da Rocinha que sumiu após ser detido e supostamente liberado pela polícia. Outro pedido refere-se ao âmbito municipal: o grupo quer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o contrato da prefeitura com as empresas de ônibus.
O movimento, chamado de "Ocupa Cabral", causa a interdição de uma faixa da Avenida Delfim Moreira no sentido Ipanema, na altura da Rua Aristides Espínola. "Nós agradecemos o apoio que São Paulo está dando ao nosso movimento e também retribuímos", afirma Victor Lopes, fazendo referência a um cartaz exibido pelo grupo onde se lê "Fora Alckmin".
Manifestantes relataram que, quando tentaram passar pela Rua Aristides Espínola, onde mora Cabral, para ir ao banheiro em uma pizzaria, foram interceptados por policiais que estão na esquina com a avenida Delfim Moreira. "Não vem me perturbar não, faz lá o seu trabalho de protestar que eu faço o meu aqui", teria dito um dos PMs aos jovens. Os agentes disseram que eles deveriam dar a volta por outra rua.
Segundo Renato Garcia, um dos manifestantes, só depois de muita conversa os policiais permitiram a passagem, dizendo que não liberariam o caminho para "baderneiros e mascarados". "Falamos que não tem nenhum baderneiro aqui. É sempre assim, a população tenta o diálogo e eles respondem dessa forma."
Vandalismo - A Polícia Civil do Rio identificou mais dois homens acusados de praticar atos de vandalismo durante uma manifestação ocorrida em 18 de julho no Leblon. Arnaldo Martins Neto, 24 anos, e Willian dos Santos aparecem em imagens gravadas pela imprensa.
O vídeo mostra Willian com uma barra de ferro tentando depredar vidros e caixas eletrônicos do banco Itaú, chutando os equipamentos e também incitando outros manifestantes a aderir ao quebra-quebra. Willian também foi filmado durante o furto à loja da Toulon. Ele foi indiciado pelos crimes de furto qualificado, dano ao patrimônio e incitação ao crime

sexta-feira, julho 26, 2013

Cabral e Dilma Despencam e seus governos são Reprovados

Cabral e Dilma em Queda


Percentual é de eleitores que julgam governo 'ótimo/bom' e 'ruim/péssimo'.
Pesquisa foi encomendada pela CNI e divulgada nesta quinta


Nathalia Passarinho e Mariana Oliveira - G1


Pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quinta-feira (25) mostra que 12% dos eleitores avaliaram como "ótimo/bom" o governo de Sérgio Cabral (PMDB) no Rio de Janeiro. O índice de eleitores que consideraram o governo "ruim/ péssimo" foi de 50% e "regular", 36%. Outros 2% não sabiam ou não responderam.
A margem de erro do levantamento é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo a CNI, é a primeira vez que a entidade encomenda ao Ibope pesquisa sobre a popularidade de Cabral, por isso não há índices anteriores para comparar com o desta quinta.
O Ibope ouviu no estado 812 eleitores com mais de 16 anos entre 9 e 12 de julho.
O Ibope também perguntou aos eleitores se aprovam a maneira de governar de Sérgio Cabral: 29% responderam que aprovam, 66% que desaprovam e 5% não responderam ou não souberam.
Em outra questão, 25% disseram que confiam no governador, 69% disseram que não confiam e 5% não responderam ou não souberam.
87% dos entrevistados consideram que governador e secretários utilizam "mal ou muito mal" os recursos públicos.
O levantamento foi realizado após as manifestações de rua em todo o país que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção no mês de junho. No Rio de Janeiro, manifestantes chegaram a acampar em frente ao prédio do governador e houve confronto com a polícia e casos de vandalismo.
Incialmente, a CNI só havia informado somente os percentuais de "ótimo/bom" e não os de "regular" e de "ruim/péssimo" de cada um dos 11 governos estaduais. Segundo o gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, a opção por informar somente os percentuais de "ótimo/bom" foi motivada pelo excesso de dados da pesquisas. As informações completas foram divulgadas no final da tarde desta quinta.
Pesquisa Datafolha
Em pesquisa divulgada no último dia , o instituto Datafolha indicou uma redução de 30 pontos na aprovação do governo Sérgio Cabral em relação ao levamentamento anterior, de novembro de 2010, quando o governo acumulava 55% de "ótimo/bom"
A aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu 24 pontos percentuais e atingiu  31%, aponta pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira (25). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 434 municípios em 26 unidades da federação, com exceção do Amapá, entre os últimos dias 9 e 12 deste mês. O índice de eleitores que consideraram o governo "bom ou ótimo" foi de 31%, contra 37% que consideraram o governo como "regular" e 31% que avaliaram como "ruim ou péssimo".
No levantamento anterior, divulgado em 19 de junho, o percentual de eleitores que aprovaram a gestão foi de 55%. Na ocasião, a avaliação positiva caiu oito pontos após atingir o recorde de 63%.
A avaliação pessoal de Dilma passou de 71% na pesquisa de junho para 45% no levantamento atual. O índice de quem desaprova foi de 25% para 49% no levantamento atual.
O percentual de entrevistados que diz “confiar”  na presidente também caiu - passou de 67% em junho para 45% em julho. O percentual que não confia na presidente subiu de 28% para 50%.
O levantamento foi realizado após as manifestações de rua em todo o país que pediram melhores condições de vida e o fim da corrupção no mês de junho. Na pesquisa anterior, feita entre os dias 8 e 11 de junho, os protestos já tinham começado, mas eles se espalharam para todo o país na segundo quinzena do mês.
Lula x Dilma
A queda de popularidade também se reflete na comparação entre o governo Dilma e o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela primeira vez desde o início da atual gestão, o percentual que considera que o governo Dilma está sendo pior que o governo Lula é o mais alto dentre as opções apresentadas- 46% contra 25% na pesquisa de junho.
O percentual que considera os dois governos iguais caiu de 57% em junho para 42% em julho, enquanto 10% avaliam a atual gestão como melhor que a anterior.
Dados da pesquisa CNI/Ibope mostram que Dilma teve a pior avaliação positiva desde dezembro de 2005, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva obteve 29% de "bom ou ótimo" logo após as denúncias de corrupção em seu governo que ficaram conhecidas como mensalão.
No último mês de seu governo, dezembro de 2010, Lula registrou 80% de avaliação positiva no governo. O melhor índice de Dilma foi 63%¨em março de 2013.
Área de atuação
De acordo com o levantamento, a área com pior desempenho na visão da população é a saúde. Essa opção foi assinalada por 71% dos entrevistados como o setor com pior desempenho. 
A área da segurança pública foi citada por 40% da população, seguida pela educação (37), o combate às drogas (24%), o combate à corrupção (21%), os salários (15%), os impostos (14%), o custo de vida (12%), a geração de empregos (10%), o transporte (9%), a fome (6%) e a habitação (5%).
Conforme a pesquisa, para a população, as áreas em que o governo tem apresentado melhor desempenho são: habitação (citada por 28% dos entrevistados), combate à fome (23%), capacitação profissional (22%), energia elétrica (21%), cultura e lazer (21%), geração de empregos (18) e agricultura (16%).
Noticiário
Pela primeira vez desde o início da gestão de Dilma, a maioria da população diz considerar o noticiário recente sobre o governo desfavorável- 55%. Outros 24% não consideram nem favorável nem desfavorável. Apenas 9% avaliam que o noticiário é positivo para o governo.
As notícias sobre as manifestações foram a citadas por 63% dos entrevistados. Em seguida, foram mencionadas reportagens sobre ações do governo federal (12%) e sobre ações dos governos estaduais e municipais (9%).  Notícias sobre a reforma política foram lembradas por 8%, e reportagens sobre a popularidade da presidente Dilma Rousseff foram mencionados por 6% dos entrevistados.
Avaliação do governo Dilma por estado
O estado onde o governo Dilma é melhor avaliado é o Ceará, onde 54% avaliam como "ótimo ou bom". A pior avaliação ocorreu no Rio de Janeiro, onde 19% consideram o governo da presidente como positivo. Veja abaixo o percentual de "ótimo ou bom" por estado:
Rio de Janeiro - 19%
Espírito Santo - 21%
Santa Catarina - 21%
São Paulo - 23%
Goiás - 26%
Paraná - 29%
Rio Grande do Sul - 29%
Minas Gerais - 33%
Bahia - 41%
Pernambuco - 41%
Ceará - 54%
Aprovação pessoal de Dilma por estado
A maneira de governar da presidente Dilma Rousseff tem maior percentual de aprovação também no Ceará, com 70% de aprovação. O pior resultado é registrado em São Paulo, com 33% de aprovação. Veja abaixo o percentual de aprovação pessoal por estado:
São Paulo - 33%
Espírito Santo - 34%
Santa Catarina - 35%
Rio de Janeiro - 38%
Goiás - 39%
Paraná - 39%
Minas Gerais - 45%
Rio Grande do Sul - 46%
Bahia - 54%
Pernambuco - 58%
Ceará - 70%
Confiança em Dilma por estado
A confiança no trabalho da presidente também teve melhor desempenho no Ceará e pior desempenho em São Paulo. Veja abaixo o percentual dos que confiam em Dilma por estado:
São Paulo - 33%
Santa Catarina - 34%
Paraná - 35%
Espírito Santo - 37%
Goiás - 37%
Rio de Janeiro - 38%
Minas Gerais - 43%
Rio Grande do Sul - 51%
Bahia - 52%
Pernambuco - 57%
Ceará - 89%

Celulares poderão ser recarregados com urina em um futuro próximo

Nada de nojo! No futuro, você pode pensar duas vezes antes de liberar sua urina através de um dreno comum e optar por utilizá-la como uma fonte importante de energia. É que cientistas britânicos descobriram que o xixi é uma nova alternativa para recarregar smartphones. Saiba que eles já conseguiram produzir energia elétrica suficiente para enviar mensagens de texto, usar a internet e fazer uma rápida ligação telefônica.
A “mágica” acontece quando a urina é misturada com a água, em uma espécie similar de estrutura, como uma célula de combustível normal: carga positiva (água) e negativa (células microbianas presentes na urina). Então, os pesquisadores das Universidades de Bristol e do Oeste da Inglaterra, e do Laboratório de Robótica de Bristol elaboraram um sistema que transfere a energia coletada para um capacitor, que armazena a carga elétrica e alimenta o celular.
Apesar de a produção de energia ser de baixo nível, o conceito funciona e tem espaço para crescer. Loannis Leropoulos, um dos responsáveis pela pesquisa, afirmou que este é um passo para a criação de um vaso sanitário inteligente. “Eles [os vasos] poderiam acumular urina suficiente para produzir eletricidade para chuveiros, iluminação e carregar celulares, por exemplo”, afirmou o cientista ao portal Mirror.
Segundo os estudiosos, a eletricidade é um subproduto do ciclo natural de vida dos micróbios – quanto mais eles comem, mais energia geram, e por longos períodos de tempo. “Este é um produto que podemos ter certeza que terá uma fonte inesgotável”, destacou o cientista.

quinta-feira, julho 25, 2013

800 MIL ASSINATURAS COLETADAS

Rede Sustentabilidade

Em menos de 150 dias, a Rede Sustentabilidade recebeu 814.385 manifestações de apoio à legalização de um novo instrumento partidário para colocar em prática
uma nova política sonhada nas ruas, no trabalho, nas escolas e no coração de cada brasileiro.
A #rede nasceu da iniciativa de cidadãos e cidadãs que desejam ampliar a participação direta da sociedade nas decisões públicas e mudar o caráter e alcance da ação política para sintonizá-la com as demandas nacionais e com os desafios das crises globais que clamam por respostas urgentes. Acolhidos pelo profundo desejo de renovação política, recebemos parte do mesmo impulso que levou as melhores esperanças do nosso povo das redes sociais para as manifestações nas ruas. Por isso, conseguimos superar de modo tão surpreendente, em prazo tão curto, o anacronismo que exige, em plena era digital, aproximadamente meio milhão de assinaturas em fichas de papel para legalização de um partido.Estamos trabalhando  em ritmo acelerado para concluir a qualificação dos dados de  cada eleitor que apoiou a obtenção do registro da #rede. Já realizamos esta tarefa para mais de 555.565 eleitores, cujos dados e declarações de apoio estão sendo encaminhados aos cartórios eleitorais. Até o final de julho teremos protocolado junto
à Justiça Eleitoral todas estas declarações de apoio de eleitores, devidamente qualificados. Vale lembrar que a legislação exige 491.656 declarações certificadas.
Até o momento, das fichas que encaminhamos à justiça eleitoral, obtivemos
117.487 certificações e já superamos o mínimo de assinaturas válidas exigido em pelo
menos 9 unidades da federação.
Mesmo tendo obtido apoios superiores ao número necessário, continuaremos coletando, conferindo, qualificando os dados e enviando para a Justiça Eleitoral para aumentarmos nossa margem de segurança.
Temos nos deparado com dificuldades em alguns cartórios eleitorais devido à carência de pessoal e à elevada carga de trabalho. Somos solidários com as necessidades de melhor aparelhamento da Justiça Eleitoral, mas solicitamos publicamente a essa instituição uma atenção especial ao prazo legal de 15 dias para que os cartórios procedam à certificação das declarações de apoio à legalização partidária. O cumprimento deste prazo legal é imprescindível para que a #rede possa obter o registro partidário a tempo de se apresentar como alternativa eleitoral em 2014.
Nos próximos dias, publicaremos em nosso site as informações sobre o andamento do processo de certificação das assinaturas de apoio, estado por estado. Todos poderão acompanhar diariamente a evolução do processo de legalização da #rede, que dependerá cada dia mais da Justiça Eleitoral.
Coletar, enviar, até registrar!
A coleta de assinaturas continua! Se você ainda não entregou a sua ficha de apoio assinada ou gostaria de colaborar coletando ainda mais assinaturas, não
perca esta oportunidade! É só imprimir a ficha, preencher com os seus dados pessoais que constam no Título de Eleitor!




Lula Admite Desgaste de Dilma e do PT


A crise de liderança e popularidade em que está imersa a presidente Dilma Rousseff é de conhecimento, no mínimo, das parcelas mais bem informadas da sociedade. Faltava apenas ter uma noção da gravidade da enrascada. Já não falta. Ninguém menos do que o seu patrono Luiz Inácio Lula de Silva se incumbiu de deixar escancarada - a seu modo, bem entendido - a medida do desgaste de sua protegida, o que hoje parece ameaçar a própria continuidade do projeto petista de poder. E ele o fez de caso pensado.


Convidado a dar uma palestra no Festival da Mulher Afro, Latino-Americana e Caribenha, em Brasília, e embora prometesse que não falaria de política, soltou o verbo durante mais de uma hora sobre a conjuntura nacional depois dos protestos de junho. Eles refluíram neste mês de férias, mas podem ganhar corpo novamente depois que o papa se for e o descontentamento voltar à tona - sem que a presidente tenha se recuperado da dor de cabeça que as manifestações lhe causaram e que ela agravou com as ineptas tentativas de provar que assimilou o que diziam.

Nesse cenário, reapareceu o velho palanqueiro que em tudo alega enxergar uma conspiração das elites. Foi a última linha de defesa em que se entrincheirou quando achou que o mensalão poderia apeá-lo do Planalto. Deu certo, à época, porque as oposições vacilaram. E deu certo nas eleições de 2006 porque a massa dos brasileiros, tendo subido na vida, entendeu que, corrupção por corrupção, antes aquela de que se acusa quem a beneficiou. Agora, recorre ao mesmo estratagema para defender Dilma - com veemência e agressividade claramente proporcionais ao definhamento de seu prestígio.

Ele não precisaria advertir que lutará com "unhas afiadas" em defesa de sua criatura política se a sua popularidade não tivesse despencado 27 pontos em três semanas e se as intenções de voto em seu nome na sucessão de 2014 não tivessem minguado de 51% para 30%, desmanchando os prognósticos de vitória no primeiro turno (o que, aliás, nem Fernando Henrique nem Lula conseguiram). Ele tampouco precisaria dizer que o preconceito contra ela é maior do que teria enfrentado, além da "falta de respeito" de que seria vítima.

Nem, ainda, reprisaria o já sabido: que não precisa "ser governo para fazer as coisas neste país". Afinal, como afirmou, usando o plural majestático e pouco se importando com uma dose de desrespeito pela sucessora, implícita nas suas palavras, "Dilma não é mais do que uma extensão da gente lá". E a gente, que não pode sair de lá - só faltou dizer -, vai continuar "ajudando a presidente" diante da suposta ofensiva dos conservadores e dos políticos aliados.

Estes entraram na história por ter o presidente peemedebista da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, cujo nome preferiu não citar, proposto que Dilma cortasse 14 dos 39 atuais Ministérios. Quando Lula assumiu, eram 26. Quando passou a faixa, 37. Conhecendo as prioridades das suas anfitriãs, aconselhou que ficassem "espertas", porque "eles vão tentar mexer no Ministério da Igualdade Racial, nos (sic) Direitos Humanos".
 
Lula decerto associa a crescente animosidade do PMDB em relação a Dilma à erosão dos seus índices de aprovação e do seu franco favoritismo na disputa pela Presidência. (As mais recentes pesquisas apontam, em um hipotético segundo turno, um empate técnico entre a candidata a um segundo mandato e a ex-ministra Marina Silva, cuja popularidade deu um salto sem precedentes na esteira das jornadas de junho.) E, de fato, a cúpula peemedebista deu início a uma sondagem informal junto às bancadas federais do partido e aos seus diretórios nos Estados sobre o rumo a tomar em 2014. É improvável que a maioria vote pelo fim da aliança, mas a mera consulta é um inequívoco agravo ao Planalto.

Tantas Dilma apronta que o próprio PT só não se distancia dela porque o seu nume tutelar desautoriza o "volta, Lula". Mas, se ele precisa dizer que o partido está "150%" com ela, é porque a situação está longe de ser confortável para a petista também junto aos companheiros. Dilma disse certa vez que em época de eleição "podemos fazer o diabo". Lula sempre o fez e torna a fazê-lo com a desenvoltura que a afilhada até que tenta copiar, mas não sabe como.

Publicado no Jornal O Estado de São Paulo

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