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terça-feira, junho 30, 2015

Grécia: entenda a crise e conheça o novo governo

O guia definitivo para entender, com perguntas e respostas, a crise da Grécia e o novo governo de esquerda do Syriza. Por Gianni Carta
Tsipras-Syriza
Tsipras entre apoiadores do Syriza, no último domingo 25
 
 
 
 
 
 
 
 
Em meio à maior crise econômica de sua história, os gregos foram às urnas no último domingo 25 e colocaram o país nas mãos de Alexis Tsipras, líder da legenda radical de esquerda Syriza. A partir das perguntas e respostas abaixo, entenda de forma simples e direta a dimensão da crise grega, quem é Tsipras e seu partido, o Syriza, e quais são as implicações para o povo grego e a Europa em geral com a ascensão da esquerda radical ao poder no país:
Como explicar a crise na Grécia?
A crise teve início com a recessão, seis anos atrás. Os socialistas (Pasok) cederam a uma política econômica de austeridade imposta pela chamada “troika” (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional). Assim, obtiveram 110 bilhões de euros em 2010. No entanto, a situação do povo é desastrosa. Déficits públicos, desemprego, pobreza, queda de produtividade etc. No plano político, um dos resultados foi a demissão do premier socialista George Papandreou, do Pasok, a legenda dominante no pós-Segunda Guerra Mundial. Papandreou, filho de Andreas Papandreou, fundador do Pasok, deixou o cargo em novembro de 2011. O governo conservador do ex-primeiro-ministro Antonis Samaras, da Nova Democracia, em coalizão com o Pasok, continuou as reformas draconianas para manter a Grécia na Zona do Euro. Samaras achava que o programa de austeridade eventualmente renderia frutos. Não foi o caso. Eis um motivo importante: a taxa de juros tem sido mais elevada do que a de crescimento. Por essas e outras, Alexis Tsipras, líder da legenda radical de esquerda Syriza, venceu as legislativas de domingo 25. A prioridade do premier Tsipras é renegociar a dívida com os credores internacionais, e pôr um fim na política de austeridade.
A crise grega é mesmo assim tão profunda? Quais são os números que a comprovam?
Comecemos pela dívida. Após o já citado primeiro empréstimo de 110 bilhões de euros em 2010, houve um segundo, em março de 2012, de 130 bilhões de euros. Portanto, a dívida é de 240 bilhões de euros, ou 175% do PIB. No entanto, após cinco anos de empréstimos da troika à Grécia ficou claro que o programa de austeridade não funciona. A Grécia sofreu uma queda de produtividade de 25%, tem um nível de desemprego de 26% –entre 25 e 35 anos chega a 50%. Mais de 30% da população está mergulhada na miséria. E os impostos, inclusive o IPTU, têm um enorme impacto na classe média.
O Syriza tem maioria no Congresso para implementar suas medidas?
Sim, o Syriza tem maioria no Congresso. Surpreendeu como Tsipras forjou uma aliança com tamanha velocidade. E eis outra surpresa: o partido radical de esquerda angariou 36,3% dos votos, e, graças ao “bônus” de 50 assentos garantidos ao primeiro partido pela lei eleitoral da Grécia, obteve 149 cadeiras. Com esse resultado, precisava de apenas duas para obter uma maioria absoluta. Para obter mais de 151 cadeiras, forjou uma aliança com os Gregos Independentes (Anel), que obtiveram 13 assentos. Trata-se de uma legenda direitista e populista. Numerosos eleitores ficaram decepcionados com a escolha, mas ambas legendas lutam contra a austeridade, e querem renegociar a dívida. Embora as agremiações não tenham afinidades ideológicas, Tsipras foi hábil na escolha. E, mais uma vez, revelou seu pragmatismo.
Com a vitória do Syriza, há chances reais de a Grécia melhorar sua situação?
O voto no Syriza foi de protesto. Tratou-se de um referendo contra a austeridade, para que a economia possa, assim, ser relançada. Embora sejam atraentes as propostas da legenda radical de esquerda, numerosos eleitores da sigla sabem que várias delas não serão cumpridas. O objetivo-mor de Tsipras é conferir maior poder aquisitivo ao povo. Por exemplo, o premier diz que vai aumentar o salário mínimo de 580 para 750 euros por mês. Oferecerá 13º salários para aposentados que recebem menos de 700 euros mensais. Introduzirá isenções ficais, e políticas de bem-estar para os menos favorecidos. Abolirá a Enfia, o IPTU, o que levou cidadãos de classes mais endinheiradas a votar em Tsipras.
Essas medidas têm um preço, especialmente em um país que não consegue quitar suas dívidas.... como resolver essa equação?
De fato, o preço é alto: 12 bilhões de euros. Ademais, desde o final de 2014 a Grécia espera uma fatia de ajuda financeira dos credores internacionais no valor de 7,2 bilhões de euros. Como se isso não bastasse, terá de reembolsar 4 bilhões de euros aos credores europeus até março, e mais 8 bilhões de euros até julho e agosto. Stan Draenos, analista político e biógrafo de Andreas Papandreou, disse a CartaCapital que Tsipras pretende usar “dinheiro que não existe”. No entanto, o economista Georges Stathakis disse ao vespertino Le Monde que o governo receberá 6 bilhões de fundos europeus, e mais 3 bilhões de euros oriundos da luta contra a fraude fiscal. Segundo Stathakis, agora no novo gabinete de Tsipras, não será difícil levantar os restantes 3 bilhões de euros. Todos esses cálculos, é claro, dependem da negociação da dívida.
Como o novo governo negociará a dívida, e quais são os maiores obstáculos?
Tsipras é habilidoso. Diz, por exemplo, estar em busca de um compromisso, não de um confronto. O premier quer, afinal, que a Grécia continue na Zona do Euro. Os credores dizem que não haverá amortização da dívida, mas algumas vozes da troika já falam em uma possível reestruturação. Dois ministros europeus consideram uma extensão das parcelas de pagamentos da dívida. Neste ano, a Grécia terá de desembolsar 20 bilhões de euros. É importante observarmos como se comportaram os líderes europeus para avaliar com quem Tsipras lidará. Por exemplo, embora prudentes, o presidente francês, François Hollande, e o premier italiano, Matteo Renzi, estiveram entre os primeiros a parabenizar Tsipras. Tanto Hollande quanto Renzi querem servir de mediadores entre a esquerda e a direita europeia. Outros líderes, e em primeiro lugar a chanceler conservadora alemã Angela Merkel, estão inquietos. No início deste mês de janeiro, Merkel disse ao semanário Spiegel que não seria uma “catástrofe” se a Grécia deixasse a União Europeia. Após a vitória de Tsipras a chanceler alemã observou: “Toda nossa política visa a permanência da Grécia na Zona do Euro”. No entanto, observadores sabem que, nas negociações, Merkel será inflexível.
Caso a Grécia decrete o calote da dívida, o país não pode sofrer sanções? Não é pior para a população?
A maior sanção seria a saída da Grécia da Zona do Euro, e da União Europeia. Um calote de Atenas significaria se isolar de outros mercados europeus. Mais: o país não teria acesso aos mercados financeiros. Isso sim seria uma catástrofe, inclusive para o povo grego.
Syriza-tsipras
O novo premier chega para seu primeiro dia de trabalho, na última quarta-feira 28
O Syriza é comunista, bolivariano, ou algo assim?
Em língua grega Syriza é acrônimo para Coalizão da Esquerda Radical. Criada em 2004, a sigla aglutina formações de diferentes inclinações esquerdistas. Na verdade, o partido central para a formação do Syriza foi a sigla Synapismos, também formado de movimentos esquerdistas e ecológicos. Tsipras, vale lembrar, foi o líder da ala jovem do Synapismos. O Syriza, como diz o nome, é de esquerda radical. Em suma, rema contra uma política de austeridade em uma economia de mercado. Acredita que o Estado deva intervir na economia, que não seria regulada pela “mão invisível”. No entanto, se Tsipras quiser continuar na Zona do Euro, ele não poderá ser o líder do único país de inspiração Keynesiana no mercado livre a reinar na União Europeia. Tsipras está se revelando mais social-democrata do que radical de esquerda, e, portanto, mais próximo de Renzi, o primeiro-ministro italiano. Por essas e outras, tem dificuldades em lidar com cerca de 30% de filiados do Syriza contrários a deixar a Grécia na Zona do Euro. Vale anotar que Tsipras deu o nome a um de seus dois filhos de Orphée-Ernesto, uma homenagem a Ernesto Ché Guevara.
A vitória do Syriza na Grécia pode ajudar em outros bons desempenhos da esquerda Europa afora?
Sem dúvida. O Podemos, também esquerdista radical na dianteira nas legislativas de fim de ano na Espanha, ficou mais motivado. O partido de Pablo Iglesias, de 36 anos, já superou o lendário Partido Socialista (PSOE). O premier espanhol Mariano Rajoy tem razões para estar preocupado com a vitória do Syriza. Na Alemanha, o partido de esquerda radical Die Link, líder de uma aliança no estado da Turíngia, parabenizou Tsipras. Embora não seja muito popular na França, o fundador da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, disse ao saber da vitória do Syriza: “Somos todos gregos nesta noite”. O Partido Comunista Francês também parabenizou Tsipras.
A extrema-direita pode se fortalecer em resposta ao Syriza?
E como. A Aurora Dourada, partido de extrema-direita grego, obteve 17 cadeiras, ou o terceiro lugar no pleito de domingo 25. Empatou com o To Potami (O Rio), de centro-esquerda e pró-europeu. A Aurora Dourada perpetra uma violência inaudita contra imigrantes. Vários de seus líderes estão na cadeia, inclusive o presidente da sigla, Nikos Michaloliakos. E mesmo com uma campanha fraca, por falta de liderança, a legenda obteve o terceiro lugar. Por sua vez, Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, na França, apoiou o Syriza. Isso a despeito do fato de Tsipras querer permanecer na Zona do Euro, e Le Pen querer cair fora. Seria uma contradição? Nada disso, sustenta Le Pen. “Trata-se de o povo reassumir a luta contra o totalitarismo da UE.”
Há algum paralelo entre a situação na Grécia e o Brasil ou entre o Syriza e alguma agremiação política brasileira?
O paralelo, no sentido econômico, seriam aqueles anos em que o Brasil teve de negociar com o FMI. No entanto, embora o governo grego tentará negociar com a troika como o brasileiro fez com o FMI, existe uma grande diferença: a Grécia faz parte de uma comunidade chefiada por líderes favoráveis ao mercado livre. Portanto, Tsipras não terá de negociar somente com o FMI, mas também com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu, e com líderes inflexíveis como Angela Merkel. Quanto aos partidos, não há ainda no Brasil um partido de esquerda radical com um líder que possa chegar aonde chegou Tsipras. E nem um partido esquerdista com a estrutura do Syriza. O Partido dos Trabalhadores pode ter sido uma formação mais moderada a aglutinar diferentes inclinações esquerdistas, mas nunca foi radical. E agora, sob Dilma Rousseff, adotou uma política neoliberal. Ademais, a ascensão do Syriza, fundado em 2004, foi meteórica. A do PT foi mais lenta.
Fonte: Carta Capital.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



domingo, junho 21, 2015

Crise de 1929 e Regimes Totalitários

REGIMES TOTALITÁRIOs
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Europa teve de enfrentar uma de suas piores crises econômicas. O uso do território europeu como principal palco de batalha acarretou na redução dos setores produtivos e inseriu a população de todo continente em um delicado período de pobreza e miséria. Além dos problemas de ordem material, os efeitos da Grande Guerra também incidiram de forma direta nos movimentos políticos e ideologias daquela época.

Como seria possível retirar a Europa daquela crise? Essa era uma questão que preocupava a população como um todo e, com isso, diversas respostas começaram a surgir. Em um primeiro momento, a ajuda financeira concedida pelos Estados Unidos seria uma das soluções para aquela imensa crise. No entanto, as esperanças de renovação sustentadas pelo desenvolvimento do capitalismo norte-americano foram completamente frustradas com a crise de 1929.

Dessa maneira, a sociedade europeia se mostrava completamente desamparada com relação ao seu futuro. As doutrinas liberais e capitalistas haviam entrado em total descrédito mediante sucessivos episódios de fracasso e indefinição. Paralelamente, socialistas e comunistas – principalmente após a Revolução Russa de 1917 – tentavam mobilizar a classe trabalhadora em diversos países para que novos levantes populares viessem a tomar o poder.

A crise, somada às possibilidades de novas revoluções populares, fez com que muitos vislumbrassem uma nova onda de instabilidade. Foi nesse momento em que novos partidos afastados do ideário liberal e contrários aos ideais de esquerda começaram a ganhar força política. De forma geral, tais partidos tentavam solucionar a crise com a instalação de um governo forte, centralizado e apoiado por um sentimento nacionalista exacerbado.

Apresentando essa perspectiva com ares de renovação, tais partidos conseguiram se aproximar dos trabalhadores, profissionais liberais e integrantes da burguesia. A partir de então, alguns governos começaram a presenciar a ascensão de regimes totalitários que, por meio de golpe ou do apoio de setores influentes, passaram a controlar o Estado. Observamos dessa forma o abandono às liberdades políticas, e as ideologias sendo enfraquecidas por um governo de caráter autoritário.

Na Itália e na Alemanha, países profundamente afetados pela crise, o fascismo e o nazismo ascenderam ao poder sob a liderança de Benito Mussolini e Adolf Hitler, respectivamente. Na Península Ibérica, golpes políticos engendrados por setores militares e apoiados pela burguesia deram início ao franquismo, na Espanha, e ao salazarismo, em Portugal.

Em outras regiões da Europa a experiência totalitária também chegou ao poder pregando o fim das liberdades civis e a constituição de governos autoritários. Na grande maioria dos casos, a derrocada do nazi-fascismo após a Segunda Guerra Mundial, serviu para que esses grupos extremistas fossem banidos do poder com o amplo apoio dos grupos simpáticos à reconstrução da democracia e dos direitos civis.

  

Crise de 1929 e suas conseqüências mundiais


Com o fim da Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos viviam o seu período de prosperidade e de pleno desenvolvimento (anos felizes), sua economia tinha se tornado a mais poderosa do mundo.
Entretanto a partir de 1925, a economia norte-americana começou a passa por sérias dificuldades. Entre os motivos que acarretaram essa crise, destaca-se o aumento da produção que não acompanhou o aumento dos salários, a mecanização gerou muito desemprego e a recuperação dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial. Esses eram potenciais compradores dos Estados Unidos, porém reduziram isso drasticamente devido à recuperação de suas econômicas.

Diante da contínua produção, gerada pela euforia norte-americana, e a falta de consumidores, houve uma crise de superprodução. Os agricultores, para armazenar os cereais, pegavam empréstimos, e logo após, perdiam suas terras. As indústrias foram forçadas a diminuir a sua produção e demitir funcionários, agravando mais ainda a crise.

A crise naturalmente chegou ao mercado de ações. Os preços dos papéis na Bolsa de Nova York, um dos maiores centros capitalistas da época, despencaram, ocasionando o crash (quebra). Com isso, milhares de bancos, indústrias e empresas rurais foram à falência e pelo menos 12 milhões de norte-americanos perderam o emprego.
Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países, ocasionando uma crise mundial. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal comprador de café. Com a crise, o preço do café despencou e houve uma superprodução, gerando milhares de desempregados no Brasil.

Para solucionar a crise, o eleito presidente Franklin Roosevelt, propôs mudar a política de intervenção americana e aprovou uma série de medidas conhecidas como New Deal. Se antes, o Estado não interferia na economia, deixando tudo agir conforme o mercado, agora passaria a intervir fortemente. Com isso, os Estados Unidos conseguiram retomar seu crescimento econômico, de forma gradual, tentando esquecer a crise que abalou o mundo.

Os efeitos da Grande Depressão foram sentidos no mundo inteiro. Estes efeitos, bem como sua intensidade, variaram de país a país.

Uma conseqüência importante é o peso da crise internacional no processo que levou à Segunda Guerra Mundial.

Crise de 1929 e Totalitarismo – Exercícios
01. (FUVEST) O período entre as duas guerras mundiais (1919 – 1939) foi marcado por:
a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo;
b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre fascismo e comunismo;
c) estagnação das economias socialistas e capitalistas e aliança entre os EUA e a URSS para deter o avanço fascista da Europa;
d) prosperidade das economias capitalistas e socialistas e aparecimento da Guerra fria entre os EUA e a URSS;
e) coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.
02. (UNITAU) O nazismo e o fascismo surgiram:
a) do desenvolvimento de partidos nacionalistas, com pregações em favor de um Executivo forte, totalitário,
com o objetivo de solucionar crises generalizadas diante da desorganização surgida após a Primeira Guerra;

b) da esperança de conseguir estabilidade com a união das “doutrinas liberais” de tendências individualistas;
c) com a instituição do parlamentarismo na Itália e na Alemanha, agregando partidos populares;
d) com o enfraquecimento da alta burguesia e o apoio do governo às camadas lideradas pelos sindicatos
socialistas;

e) do coletivismo pregado pelos marxistas.
03. (FUVEST) Em seu famoso painel Guernica, Picasso registrou a trágica destruição dessa cidade basca por:
a) ataques de tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial;
b) republicanos espanhóis apoiados pela União Soviética durante a Guerra Civil;
c) forças do Exército Francês durante a Primeira Guerra Mundial;
d) tropas do governo espanhol para sufocar a revolta dos separatistas bascos;
e) bombardeio da aviação alemã em apoio ao general Franco contra os republicanos.

04. (FUVEST) “Mas um socialismo liberado do elemento democrático e cosmopolita cai como uma luva para
o nacionalismo.” Esta frase de Charles Maurras, dirigente da Action Française, permite aproximar pensamento da ideologia:

a) fascista
b) liberal
c) socialista
d) comunista
e) democrática

05. (UFES) A Guerra Civil Espanhola (1936 – 1939), em que mais de 1 milhão de pessoas perdeu a vida, terminou com a derrota dos republicanos e com a subida ao poder do general Francisco Franco. O Estado Espanhol, após a vitória de Franco, caracterizou-se como:
a) democrático com tendências capitalistas;
b) democrático com tendências socialistas;
c) populista de esquerda;
d) totalitário de direita;
e) totalitário de esquerda.

06. (FGV) Entre as duas Guerras Mundiais (1919 – 1939), ocorreram alguns fatos históricos relevantes. Merecem destaque a:
a) ascensão da República de Weimar, a eclosão da Guerra da Coréia e a proclamação da república do Egito;
b) quebra da Bolsa de Nova Yorque, a proclamação da República Popular da China e a criação do estado de
Israel;

c) deflagração da guerra entre Grécia e Turquia, a eleição  de presidentes socialistas na França e em Portugal e a constituição do Pacto de Varsóvia;
d) ascensão do nazismo na Alemanha, o início da Nova Política Econômica na Rússia e a deflagração da
Guerra Civil na Espanha;

e) ascensão do fascismo italiano, a criação do Mercado Comum Europeu e a invasão do Afeganistão pela
União Soviética.

07. (FUVEST) A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos trinta, ocorreu:
a) pelas mãos do Exército Alemão, que quis desforrar-se das humilhações impostas pelo Tratado de Versalhes;
b) através de uma  ação golpista, cuja ponta de lança foram as forças paramilitares do Partido Nazista;
c) em conseqüência de uma aliança entre os nazistas e os comunistas;
d) a partir de sua convocação pelo presidente Hindenburg para chefiar uma coalizão governamental;
e) através de uma mobilização semelhante à que ocorreu na Itália, com a marcha de Mussolini sobre Roma.

08. 1. “Ao contrário das velhas organizações que vivem fora do Estado, os nossos sindicatos fazem parte
do Estado.” (Mussolini)

2. “Defender os produtores significa combater os parasitas. Os parasitas do sangue, em primeiro
lugar os socialistas, e os parasitas do trabalho, que podem ser burgueses ou socialistas.”  (Mussolini)

3. “Mesmo neste momento, tenho a sublime esperança de que um dia chegará a hora em que essas
tropas desordenadas se transformarão em batalhões, os batalhões em regimentos e os regimentos em divisões.” (Hitler)

4. “Aqueles que governam devem saber que têm o direito de governar porque pertencem a uma raça
superior.” (Hitler)

Nas citações acima, encontramos algumas das principais características do nazismo e do fascismo. Identifique-as, ordenadamente, nas alternativas abaixo:
a) Expansionismo, nacionalismo, romantismo, idealismo.
b) Corporativismo, anticomunismo, militarismo, racismo.
c) Totalitarismo, socialismo, esquadrismo, anti-semitismo.
d) Liberalismo, comunismo, antimilitarismo, corporativismo.
e) Pacifismo, não-intervencionsimo, industrialismo, anti-semitismo.

09. Por mais de um século, a Espanha estivera dividida entre grupos hostis de reacionários, monarquistas e
religiosos de um lado, e liberais burgueses, anticlericais e socialistas do outro. Em 1931, uma revolução instalou a República e foram promulgadas severas leis contra o Exército, os latifundiários e a Igreja. Em julho de 1936, no entanto, irrompeu a contra-revolução, levando a uma guerra civil que se prolongou por cerca de três anos e que teve como principal conseqüência:

a) a vitória das forças democráticas e da monarquia parlamentar sob o comando do rei Juan Carlos;
b) a ascensão do socialismo, que vigorou até meados da década de 70;
c) a implantação do franquismo, com o apoio da Itália e da Alemanha;
d) o triunfo das forças populares, que levou à união nacional e pôs fim às rivalidades entre os habitantes do país;
e) o enfraquecimento da Espanha e sua submissão à França e Inglaterra.

10.
“Quando a crise estourou, o governo do presidente Hoover, do Partido Republicano, adotou uma
atitude passiva, de acordo com o sistema liberal dominante nos Estados Unidos. Mas os anos
passaram e a crise permaneceu. Viu-se então que os empresários americanos e o governo
republicano que os representava não seriam capazes de solucioná-la. Nas eleições presidenciais, os
republicanos apresentaram a candidatura de Herbert Hoover à reeleição, mas ele foi derrotado pelo
candidato dos democratas.”

O candidato vencedor foi:
a) John Kennedy
b) George Washington
c) Woodrow Wilson
d) Fraklin Roosevelt
e) Harry Truman

Respostas:

01. A
02. A
03. E
04. A
05. D
06. D
07. D
08. B
09. C
10. D

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