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sábado, dezembro 28, 2013

Tendências Pedagógicas - Hamurabi Messeder: Aula 01 de 09.

Apresentação Curso de História - Orlando Stiebler - Magistério

AULA - A APLICAÇÃO PRÁTICA DO ECA NA ESCOLA - ECA

Pensando Educação - Diretrizes curriculares nacionais da educação básica

VIDEORESENHA: COTIDIANO ESCOLAR, FORMAÇÃO DE PROFESSORES(as) E CURRÍCULO

Fundamentos Psicológicos da Educação - Parte 1

Fundamentos Filosóficos em Educação - Aula 1

Vídeo Aula Português para Concursos Públicos - Compreensão X Interpretaç...

Conhecimentos Pedagógicos para Concursos com Prof ANA VITAL - Parte 2/2

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Parte I

Síntese da Disciplina Sociologia da Educação - MARILIA TOZONI-REIS (1/2)

sexta-feira, novembro 15, 2013

Direito à cidade: mobilidade urbana e tarifa zero

Direito à cidade: mobilidade urbana e tarifa zero

Diego Augusto Diehl, Greicy Rosa e Victor Alexander Mazura

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Sob a bandeira do “Direito à Cidade”, diversos movimentos sociais se organizam para reivindicar direitos considerados fundamentais para o livre desenvolvimento das potencialidades humanas. Tais direitos, porém, são sistematicamente negados às classes subalternas, postas à margem da cidade, de seus serviços e dos bens sociais que esta produz, em nome dos interesses de pequenos grupos de uma elite privilegiada, historicamente detentora do poder político.

Exemplo deste embate ocorre na luta pela mobilidade urbana, entendida como essencial para se garantir o pleno acesso à cidade e à efetivação de outros direitos, como saúde, educação, cultura, etc. Para isso, considera-se essencial democratizar o transporte coletivo, considerado serviço público essencial pela Constituição Federal, o que vai de encontro aos interesses do capital privado, que obtém grandes lucros a partir da operação deste sistema.

A proposta da “tarifa zero”, que visa abolir o regime de remuneração do serviço público de transporte coletivo a partir de taxas (ou preços públicos) em favor de um novo modelo de tributação que onere as classes mais abastadas da cidade, torna este embate ainda mais dramático, recorrendo-se ao Direito de forma cada vez mais sistemática, ora para defender, ora para atacar esta proposta, que visa revolucionar a forma de organização da cidade e impulsionar a Reforma Urbana.

1) A cidade capitalista e o direito à cidade

Nas últimas décadas, antigas reivindicações da classe trabalhadora vêm ganhando relevo sob moldes de novas bandeiras e novas formas de luta social, mais complexas e ao mesmo tempo resultantes do processo histórico de luta política preconizada por movimentos populares das mais variadas espécies, porém basicamente identificadas enquanto carentes de um dado bem social. Assim, cidadãos sem terra, sem moradia, sem educação, sem renda, sem alimentação, sem reconhecimento, enfim, sem direitos, buscam, ainda que sob grandes dificuldades, organizar-se para que, coletivamente, concretizem materialmente o direito que lhes fora negado.

Nesse sentido, o direito à cidade também é considerado inacessível a uma parcela considerável da população que nela vive, que, marginalizada do acesso aos bens sociais produzidos no contexto urbano, passa a lutar pela democratização da cidade. Conforme Henry Lefevbre, “o direito à cidade se manifesta como forma superior dos direitos: direito à liberdade, à individualização na socialização, ao habitat e ao habitar. O direito à obra (à atividade participante) e o direito à apropriação (bem distinto do direito à propriedade) estão implicados no direito à cidade”[1].

Trata-se, portanto, de um direito de caráter amplo, que abrange o direito à moradia, mas não se restringe a ele. Significa, na verdade, a materialização de todas as necessidades humanas, desde as mais elementares até aquelas consideradas mais “sofisticadas”, no contexto de um sujeito que vive na cidade.

Não é a toa, portanto, que o direito à cidade é reivindicado por diversos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, mobilizados pela concretização de direitos como moradia, saúde, educação, cultura, lazer, etc. Com isso, reivindicações que antes pareciam absolutamente segmentadas e isoladas na sociedade passam a ser vistas conectadas com outras demandas e outros direitos igualmente negados na (e pela) cidade, sob um mesmo “pano de fundo”.

É o fenômeno urbano, portanto, que tece os contextos das lutas por direitos por parte daqueles e daquelas que vivem na cidade. A rede de ligações entre estas diferentes realidades observadas dentro da cidade exige, por parte de cada sujeito, a compreensão acerca dos elementos que influenciam o modo de funcionamento das cidades contemporâneas, tornando mais consciente e organizada a atuação dos coletivos e organizações que lutam pela efetivação do direito à cidade.

Seria possível estabelecer uma espécie de “lógica geral” do “funcionamento” das cidades, independente de sua localização global? A resposta pode parecer contraditória, mas pode-se dizer que sim e que não, ao mesmo tempo. É que o processo de formação da cidade contém em si elementos em comum, mas que não podem ser acriticamente assimilados de forma que uma cidade européia seja tomada acriticamente como parâmetro de comparação com uma cidade latino-americana.

A história da Humanidade demonstra que a formação das cidades está diretamente relacionada ao estágio do desenvolvimento das forças produtivas da sociedade. Foi apenas a partir do momento em que o homem descobriu as formas de manipular a terra e consumir alimentos plantados a partir de técnicas agrícolas que tornou-se possível a fixação em um território fixo [2].

A partir da fixação no território, inicia-se um processo mais complexo de divisão social do trabalho, e aquilo que antes eram pequenos clãs de caçadores se tornaram grandes aglomerados humanos cuja principal atividade era a agricultura [3]. Com o desenvolvimento da organização destas sociedades (também no seu sentido religioso, cultural, etc.), ocorre um rápido processo de crescimento do aglomerado, que ganha as feições de uma cidade.

A cidade, nos dizeres de Raquel Rolnik [4], passa a funcionar como um “ímã de gente”, sendo que, já neste momento, há uma mudança na relação do homem com a terra e o território. O surgimento da propriedade privada, nesse sentido, é essencial para compreender o processo de desenvolvimento da cidade, que passa a se organizar a partir do conflito entre as diferentes classes sociais, identificadas a partir das funções econômicas que cada qual desempenha na cidade.

Não é possível, porém, estabelecer um painel de “semelhanças” entre cidades sob diferentes formas de organização de seu modo de produção econômica e das diferentes classes sociais que nela se encerram. É por isto que a cidade antiga (composta por escravos e aristocratas) é distinta da cidade feudal (composta por servos e senhores feudais), que é distinta por sua vez da cidade capitalista (composta por proletários e burgueses). Tampouco é possível estabelecer paralelos mecanicistas entre cidades sob diferentes posicionamentos geopolíticos, ainda que sob um mesmo modo de produção (cidades capitalistas européias e cidades capitalistas latino-americanas, por exemplo).

Assim, diferentemente das cidades européias, nascidas em muitos casos sob a forma da cidade antiga ou medieval, as cidades latino-americanas nasceram já sob o contexto de organização da cidade capitalista, com uma posição radicalmente diferente daquela desempenhada pelas “metrópoles” européias. É nesse sentido que Milton Santos afirma que “todas as cidades latino-americanas nasceram a serviço das relações internacionais com os países mais evoluídos”, visto que “a cidade surgiu a serviço de uma colonização verdadeiramente arraigada” [5].

Assim, sob o jugo da colonização européia, que invadiu as Américas e impôs seus interesses econômicos aos nativos locais [6], as cidades latino-americanas passaram a se organizar em face das principais atividades econômicas desenvolvidas, como a expansão agrícola e a exploração mineira. Nesse sentido, as cidades mantiveram inicialmente apenas a função de abrigar a burocracia estabelecida pelas metrópoles européias, preocupadas a cobrança de tributos e com o escoamento da produção, o que explica o fato de as primeiras cidades se localizarem na faixa litorânea.

O fenômeno urbano apenas foi verificado de forma mais generalizada no Brasil a partir da terceira parte do século XX, reproduzindo com suas peculiaridades o processo ocorrido na Europa a partir do fim da Idade Média. O processo de expulsão dos trabalhadores do campo para as cidades, associado ao desenvolvimento do capitalismo industrial impulsionado pela burguesia enriquecida com a atividade mercantil, inaugurou uma fase mais acelerada da formação das cidades.

“O campo brasileiro moderno repele os pobres, e os trabalhadores da agricultura capitalizada vivem cada vez mais nos espaços urbanos. A indústria se desenvolve com a criação de pequeno número de empregos e o terciário associa formas modernas a formas primitivas que remuneram mal e não garantem a ocupação” [7]. Com estas palavras, Milton Santos identifica com precisão o processo que leva à formação das principais cidades brasileiras, o que não ocorre sem conseqüências drásticas, senão vejamos: “A cidade, onde tantas necessidades emergentes não podem ter resposta, está desse modo fadada a ser tanto o teatro de conflitos crescentes como o lugar geográfico e político da possibilidade de soluções” [8].

É sob esta unidade dialética da produção de conflitos e da geração de soluções que funciona o processo geral da luta de classes dentro da cidade capitalista, que, ao transformar a terra em mercadoria, promove um amplo processo de segregação espacial que esconde e ao mesmo tempo evidencia claramente os conflitos de classes instaurados na cidade.

Nesse sentido, a experiência brasileira foi de uma velocidade arrebatadora. De país eminentemente agrário no início do século XX, passou por um amplo processo de mecanização da agricultura que concentrou ainda mais a propriedade agrícola, expulsando grandes quantidades de trabalhadores rurais para as cidades, onde seriam utilizados no processo de produção industrial, acelerado pela política de substituição de importações e fortalecimento da indústria nacional verificado a partir da década de 1930, e impulsionado nas décadas seguintes. Já ao final do século, as cidades brasileiras são abaladas em suas estruturas de cidades industriais, sob o modelo de substituição de importações, para se tornarem cidades sob o império do capitalismo financeiro [9].

A chegada ao Brasil do capitalismo financeiro, entendido como a fusão do capital industrial com o capital bancário [10], gera novas contradições dentro da cidade capitalista, que passa a se organizar em favor das grandes firmas, conforme Milton Santos: “a urbanização corporativa, isto é, empreendida sob o comando dos interesses das grandes firmas, constitui um receptáculo das conseqüências de uma expansão capitalista devorante dos recursos públicos, uma vez que estes são orientados para os investimentos econômicos, em detrimento dos gastos sociais” [11].

Como se vê, as conseqüências desse processo são dramáticas. As cidades industriais brasileiras, organizadas com o intuito de segregar a classe trabalhadora através da mercantilização da terra e das atividades de especulação imobiliária, passam a disponibilizar ainda menos recursos para ampliar a prestação de serviços essenciais às populações da periferia. As convulsões sociais que este processo gera, como não poderia deixar de ser, são respondidas através de extrema violência por parte dos aparelhos repressivos do Estado, que busca manter a “lei e ordem” em favor da manutenção das relações de produção (capitalistas) desta cidade.

Mais do que nunca, os serviços públicos disponibilizados pelo Estado à classe trabalhadora têm como único intuito, na fase atual do capitalismo financeiro, a reprodução ampliada do capital. É nesse sentido que o transporte coletivo deve ser compreendido, não como um serviço prestado à coletividade em prol do direito de ir e vir, mas como um serviço essencial para promover o deslocamento da classe trabalhadora, que vive nas periferias da cidade, para o local de trabalho, onde ocorre o processo de produção e circulação de mercadorias, necessários à geração de capital e à apropriação de mais-valia por parte dos donos dos meios de produção.

Alijado de meios para intervir neste serviço público, em face da falta de recursos e à sua própria composição política, o Estado, controlado por sua classe dominante, se tornou nesta nova fase do capitalismo brasileiro um mero regulador da prestação de serviços, cujo acesso se torna cada vez mais dispendioso, o que acarreta, na prática, no desrespeito aos direitos mais fundamentais da classe trabalhadora, como é o caso do direito a saúde, educação e mesmo o direito à cidade.

Desta forma, o direito à cidade se torna um direito auferível apenas por aqueles que tenham condição econômica para tal. Para isso, cada vez mais pessoas são levadas a aderir ao transporte individual (através de mecanismos de endividamento que oneram grande parte do orçamento das famílias trabalhadoras) e cada vez menos pessoas utilizam o transporte coletivo, conforme veremos a seguir. Continua

Entenda o Projeto de Lei Tarifa Zero SP

domingo, novembro 10, 2013

Além de Nova York

* Marina Silva As conexões e movimentos no mundo globalizado são visíveis, mas não evidentes. É preciso ver abaixo da superfície o que não é mostrado nas pesquisas de opinião ou nas oscilações do mercado financeiro. Os fenômenos que surpreendem na política são anunciados com antecedência nas entrelinhas das notícias. A vitória do candidato democrata à Prefeitura de Nova York surpreende em vários aspectos: o perfil de ultraliberal com passado esquerdista, as propostas de justiça social caracterizadas como "populistas" ao melhor estilo latino-americano, o domínio dos republicanos nos últimos 20 anos, tudo isso, há pouco tempo, seria obstáculo para uma vitória tão folgada, com 70% dos votos. O que querem dizer os nova-iorquinos? As maiorias ocultas, de etnias e línguas variadas, resolveram exercer na política um poder que só mostravam --e com dificuldade-- na cultura? Quando o movimento Occupy Wall Street mostrou-se resistente a ponto de espalhar-se como estratégia pelo mundo inteiro, o iceberg de uma grande mudança revelou sua pontinha. Os jovens ativistas autorais são as novas antenas da raça humana. Muitas vezes sua importância passa despercebida, como também ficam invisíveis os 21% da população que vivem abaixo da linha de pobreza na capital financeira do mundo. Tanta contradição e potencialidade não fica contida para sempre. Vimos o povo nas ruas no Egito, na Espanha, no Chile. Muitos diziam: isso não acontece no Brasil, aqui esses movimentos ficam restritos a desabafos na internet. Mas aconteceu, transbordou do virtual para o presencial em manifestações cujos efeitos estão longe de se esgotar. E, agora, quem pode dizer que tais movimentos não influenciarão a política, os Parlamentos e os governos? Não se trata de anunciar a chegada ao poder e a hegemonia de uma nova geração. Trata-se, como tenho arriscado a dizer, de reconhecer o surgimento de um novo sujeito político e de mudanças no ambiente social e cultural em que a política acontece. O imprevisível ronda o palco dos acontecimentos. Um desejo forte começa a expressar-se claramente. Milhões de pessoas escolhem qualidade de vida, e não consumo irrefletido; serviços públicos de qualidade, e não grandes obras inúteis; conservação do ambiente e valorização da vida, e não especulação e devastação. Os povos querem desenvolvimento econômico e social, que é muito além do "crescimento". Ninguém mais alimenta ilusões em partidos salvadores da pátria, democratas ou republicanos, mas até neles podem ocorrer realinhamentos, novos espaços de ação e novos significados para a política. Portanto, boa sorte aos nova-iorquinos. A esperança está em toda parte.

A História do Brasil por Bóris Fausto


segunda-feira, outubro 21, 2013

Marina Silva faria governo menos estatizante que Dilma, diz Eduardo Giannetti

ELEONORA DE LUCENA DE SÃO PAULO Um governo similar à segunda gestão de FHC e à primeira de Lula. Menos estatizante do que Dilma. Assim seria uma eventual administração Marina Silva na visão de um dos seus principais conselheiros, o economista Eduardo Giannetti da Fonseca, 56. Defensor da austeridade, ele faz eco às palavras da ex-senadora que tem defendido o chamado "tripé" (superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação). Na sua opinião, essas ideias estão longe de significar que Marina virou uma candidata do mercado financeiro. Em entrevista concedida em São Paulo na última quinta-feira (17), Giannetti critica o governo e advoga que o crescimento não deve ser feito a qualquer preço: "Crescer 7% destruindo patrimônio ambiental é muito pior do que se crescer 3% preservando". Ex-professor da USP, de Cambridge e do Insper, Giannetti conversa duas ou três vezes por semana com Marina. Para ele, há dificuldade na fusão com o PSB e obstáculos para atrair empresários para o grupo. "A elite empresarial está no bolso do governo", diz. Fabio Braga/Folhapress O economista Eduardo Giannetti da Fonseca em sua casa, em São Paulo O economista Eduardo Giannetti da Fonseca em sua casa, em São Paulo * Folha - Depois de cinco anos de crise internacional, como está a economia no mundo? Eduardo Giannetti da Fonseca - Estamos no capítulo final. A economia mundial está num período de transição. A Europa saiu da UTI, deve continuar com um crescimento baixo. Nos EUA, há sinais de uma recuperação vigorosa. As famílias reduziram seu endividamento, o mercado imobiliário está em recuperação, as empresas estão voltando a investir. Eles estão no limiar de uma grande revolução energética, que é o gás de xisto. Isso está levando a um movimento de reindustrialização americana. Setores tradicionais estão voltando [para o país] por causa do baixo custo da energia. Se nada muito inesperado acontecer, há razões para acreditar que a economia dos EUA volta a crescer 3% no ano que vem. Isso significa que a política monetária norte-americana vai se normalizar. A pergunta não é se, mas quando. É provável que fique para o ano que vem. A China está buscando uma transição de um modelo de crescimento calcado em investimento e crédito para um menos dependente de financiamento estatal e mais voltado para o mercado doméstico. Lá, o grau de endividamento foi longe de mais, e eles estavam investindo além da conta. Boa parte desse investimento foi para o setor imobiliário, de infraestrutura, em indústria básica. Estão com problema de sobrecapacidade. A indústria siderúrgica da China é metade da produção do mundo. É um risco para o mundo. Se não tiver uma demanda interna que justifique esse investimento, eles vão ter que vender fora e quebram a siderurgia mundial, porque vão vender a um preço muito baixo. O preço das commodities, que vinha trabalhando muito a nosso favor e sustentou uma parte importante do crescimento de 2003 a 2010, já não está trabalhando a nosso favor. É possível que haja uma piora nos termos de troca, especialmente no caso das commodities minerais, que dependem do investimento e da construção civil da China, que está caindo e vai cair mais. Havendo esse movimento para o mercado interno, as commodities agrícolas podem se beneficiar. O Brasil voltou para o pelotão dos vulneráveis, ao lado da África do Sul, da Índia e da Indonésia. Como a economia vai estar no ano eleitoral? Não tem perspectiva de crescimento mais forte. Entramos numa fase de baixo crescimento crônico, com uma inflação teimosamente na vizinhança do teto da meta e num caminho de vulnerabilidade externa. A conjuntura internacional mudou. Há um componente estrutural que é a deterioração fiscal desde 1988. E tem um componente conjuntural que é piora da qualidade da política econômica a partir do segundo governo Lula e, de forma acentuada, durante Dilma. O Brasil tinha uma carga tributária bruta de 24% do PIB em 1988 e o Estado investia 3% do PIB. Hoje temos uma carga de 36% do PIB e investimento de 2,4% do PIB. Mas o maior aumento da carga tributária foi com FHC. FHC abriu a frente das contribuições, que hoje representam mais para o governo federal. O que era para ser exceção virou regra e gerou um estrago fiscal que está asfixiando o Brasil. Mas a taxa de juros elevada não é responsável por isso? Isso foi o caso no primeiro mandato do FHC, quando havia câmbio fixo e valorizado e a política monetária tinha que ser aquela para manter o câmbio fixo. O governo FHC errou muito ao manter a âncora cambial. A partir do momento que flutuou o câmbio, o juro começou a baixar. Mas ainda é muito alto. É alto, mas não é o que explica esse estrago fiscal. O Brasil vinha de um bom momento, que foi o segundo mandato de FHC e o primeiro de Lula, quando prevaleceu o tripé: austeridade fiscal, superávit primário para valer, câmbio flutuando, autonomia do BC para cumprir o centro da meta de inflação. Isso começou a se fragilizar com a expansão fiscal do segundo mandato de Lula, até certo ponto justificável pela crise de 2009. Só que a partir de 2009, e do governo Dilma, as três pernas do tripé fraquejaram. A presidente diz que o tripé continua de pé. Para os desenvolvimentistas, a análise é inversa: o melhor para o Brasil ocorreu a partir do segundo mandato de Lula e o modelo que o sr. defende amarra o crescimento. Os números não mostram isso. O desempenho do governo Dilma está sendo pior do que o do primeiro FHC, que também foi errado, porque manteve o câmbio. O empresariado pode desembarcar do apoio à presidente Dilma e apoiar Marina? Esses movimentos não são nunca em bloco. O que me entristece é ver boa parte do empresariado brasileiro tutelado pelo governo e neutralizado na sua capacidade de crítica pelo fato de depender de obséquios, favores, subsídios e proteção que o governo oferece. O empresariado brasileiro em boa parte se comporta como súdito e não como cidadão. O governo abriu esse balcão de negócios. Começou a negociar caso a caso tarifa de proteção para setor, a abrir os cofres dos bancos estatais para os empresários. Como é que um empresário que está dependendo de um crédito de um banco estatal vai poder aparecer publicamente criticando o governo? Ele fica tolhido. A elite empresarial está no bolso do governo. Mas muitos afirmam que há um mal-estar entre governo e empresariado. Isso não existe? Há uma frustração enorme com o potencial desperdiçado do Brasil. O país está vivendo um retrocesso. Mas o empresariado não vocaliza. Há poucas exceções. Isso pode mudar num ano eleitoral? Acho muito difícil mudar publicamente. O mapa eleitoral da Dilma está muito associado a 40 milhões de contracheques [pagamentos ao funcionalismo em todos os níveis, aposentadorias, pensões e benefícios sociais]. Na elite, o governo tem um controle da situação pelo cofre e pela manipulação de desonerações tributárias, tarifas de importação, leis, subsídios, créditos. Fazendo um discurso de austeridade, Marina atrai o mercado financeiro. Ela virou a candidata das finanças? Longe disso. O primeiro governo Lula foi um governo do mercado financeiro? Foi um governo bom para o Brasil. E sendo bom para o Brasil foi bom para parte do mercado financeiro. Mas não foi feito para o mercado financeiro. Foi feito para o Brasil consolidar uma conquista que é da sociedade. Então, um eventual governo Marina seria mais parecido com o segundo mandato FHC e o primeiro de Lula? Sim. No tocante à política macroeconômica, não vamos reinventar a roda. Vamos continuar o que estava funcionando muito bem no Brasil, que é o tripé. A desindustrialização preocupa? Lógico. O Brasil não pode assistir passivo ao desaparecimento de sua base industrial. Isso tem a ver com o câmbio? Não só e não pode ser com artificialismo. Precisamos aumentar a competitividade e a produtividade. O governo apostou em microgerenciamento e entrou numa espiral intervencionista. Não funciona. No petróleo, outra confusão. Tornam a Petrobras responsável por pelo menos 30% dos investimentos no Pré-Sal e, ao mesmo tempo, puxam o tapete da Petrobras segurando os preços dos combustíveis. O governo vinha de dois bons momentos de política macroeconômica, durante FHC e o primeiro governo Lula. O sr. elogia esses períodos, mas eles foram de baixo crescimento, ruins, certo? Foi quando se plantaram as bases de um crescimento melhor no Brasil. FHC privatizou, quebrou monopólios, acabou com a discriminação do capital estrangeiro, fez a lei de responsabilidade fiscal. No primeiro governo Lula, a agenda microeconômica foi formidável, porque melhorou o ambiente de negócios: nova lei de falências, alienação fiduciária, crédito consignado. Estava indo bem. Deveria haver mais privatização? A Petrobras é uma empresa de economia mista. Deveria atuar dentro de critérios mais de mercado. Não acho que seja o caso de privatizar integralmente a Petrobras. Onde a estatização foi longe demais é no crédito. Os bancos estatais deveriam ser privatizados? Eles não deveriam ser empurrados a oferecer crédito e receber financiamento do Tesouro com endividamento publico. O Banco do Brasil precisaria atuar dentro de parâmetros muito mais austeros. O que deveria mudar nas políticas sociais? Não tenho nenhum problema com transferências de renda. Qualquer sociedade organizada deve ter uma rede de proteção social. O que não me parece bom é criar uma expectativa de que isso é um modo de vida permanente. Ninguém fala de capacitar realmente cidadãos. O que o sr. acha da política de reajuste do salário mínimo? Corrigir o salário mínimo pelo crescimento de dois anos atrás e o IPCA do ano anterior não tem o menor sentido. Também é complicado reajustar o benefício previdenciário pelo salário mínimo. Atrelar perpetuamente ao salário mínimo não faz sentido. Como deveria ser? Não temos ainda uma fórmula pronta. O sr. concorda que Eduardo Campos tem um discurso mais desenvolvimentista, enquanto Marina se posiciona para o lado neoliberal? Temos que nos posicionar em torno do valor central que é a sustentabilidade. Mais Estado ou mais mercado? Em algumas coisas, mais Estado; em outras, mais mercado. O grupo de Marina está à direita ou à esquerda de FHC? Não sei dizer. Essa tentativa de categorizar numa relação binária toda uma proposta complexa me parece muito precária. Em relação a Lula e Dilma, como o sr. situa Marina? Menos estatizante que Dilma. Um governo Marina reduziria o tamanho do Estado? Não dá para colocar tudo num pacote. Para algumas coisas precisa de mais Estado e, para outras, menos Estado. O Estado deveria estar mais atuante na saúde pública, no ensino fundamental, no saneamento básico. Não entendo um governo que coloca tanta ênfase num trem bala e deixa esquecida a questão do saneamento básico. Mas a questão estatizante o sr. coloca à esquerda? Esse governo tem uma mentalidade nacional-desenvolvimentista semelhante a que prevaleceu no Brasil durante o governo Geisel. Um eventual governo Marina não seria isso? Não, seria desenvolvimento sustentável, com ênfase em capital humano e respeito ao patrimônio ambiental. Como se equaciona para o empresariado esse desenvolver com sustentabilidade? Para começo de conversa terminando com subsídios que são muito onerosos ambientalmente. Por exemplo, para o automóvel. Então montadoras teriam uma vida dura num governo Marina? Não é uma coisa a ser estimulada. Belo Monte não seria construída num governo Marina? Não teria sido aprovada. Belo Monte não se viabiliza nem termos estritamente econômicos. Desenvolvimento sustentável significa um ritmo menor de crescimento? Não, mas não é crescimento a qualquer preço. O que interessa é o crescimento da renda com qualidade de vida. Muitos dizem que esse raciocínio implica dizer: não dá para crescer no ritmo que os outros cresceram; o melhor é se contentar com pouco. Se tudo der certo no Brasil, a gente vira um EUA? Acho que não faz o menor sentido. Mas o Brasil não precisa se preocupar em gerar empregos e riqueza? Essa sinalização de que não se poderá crescer muito é boa? Não colocaria que não pode crescer muito. Precisamos encontrar um caminho de crescimento adequado às nossas necessidades e sustentável ambientalmente. Isso significa ritmo menor? Ritmo é menos importante do que a qualidade. Crescer 7% destruindo patrimônio ambiental é muito pior do que se crescer 3% preservando patrimônio ambiental e, na medida do possível, melhorando as condições de vida. O crescimento em si não é o objetivo. Nenhum governo pode prometer crescimento. Crescimento é uma escolha que a sociedade faz. O governo não tem uma alavanca. Pode oferecer um ambiente mais amigável ou não. O sr. acha que a Marina ofereceria um ambiente mais amigável com essas restrições ambientais? Temos que separar duas coisas. Uma é o grau de exigência ambiental para um país como o nosso. Outra é como vai ser o processo de seleção de investimentos. Vamos ter um nível de exigência alto, mas os processos podem ser mais ágeis e confiáveis. Esse conjunto de ideias é mais próximo de um programa de Aécio do que um de Dilma? Há pessoas afinadas com essas ideias em diferentes partidos. Não vi o programa do Aécio. Certamente temos muitas criticas a esse governo. Queremos trabalhar com lideres e técnicos vindos das mais diferentes agremiações. A diferença é que vai ser um governo de programa, e não de coalizão oportunista. O sr. fala do programa da Marina presidente? É. Pelo que entendi, Eduardo Campos está de acordo com essa forma de fazer política, embora ele não viesse praticando isso até a aliança com Marina. Ele está indicando que vai mudar. Em que sentido? A partir de agora não fazer alianças com base em tempo de TV, fundo partidário, ganhos imediatos de campanha, mas fazer aliança com base em acordo programático. Mas o seu grupo fez exatamente isso: se aliou ao PSB para usar fundo partidário, horário de TV, por interesse. De jeito nenhum. Se fosse o caso, Marina poderia ter ido para o PPS ou para outro partido. Foi uma opção por um partido mais forte. Mas, se não houver uma convergência de programa, isso não tem o menor sentido. Há um elemento de confiança que vai se construir na criação de um programa em torno do qual possamos trabalhar. Marina vai ser cabeça de chapa? Não sei. Isso ainda não está definido e vai depender do desenrolar do quadro sucessório no primeiro semestre do ano que vem. Como vai ser essa discussão de programa entre o grupo de Marina e o PSB? É a construção de um programa unificado. Não sei qual é a proposta e o programa do PSB na área econômica. Como entra a questão socialista nesse debate? Parece muito distante do que o sr. está falando? Gostaria de entender melhor o lado semântico dessa palavra. Feudalismo, capitalismo, socialismo, comunismo --essas palavras perderam a utilidade. Quais são as maiores dificuldades dessa fusão PSB-Rede? Vai ser muito trabalhoso construir um programa e ter a garantia de que ele reflita de fato um compromisso de governo. Não tem nenhuma garantia prévia de que esse processo resulte num entendimento enraizado e profundo dos valores que justificam a colocação de uma alternativa para o país. Não sei qual é a proposta e o programa do PSB na área econômica. Nesse processo, grupos de classe média mais ligados à ecologia ficaram frustrados? Imagino que sim. Eu mesmo ainda não metabolizei totalmente isso. Estou esperando a poeira sentar. Se puder colaborar com uma alternativa que me encanta, farei isso. Se sentir que não posso fazer isso porque não há confiabilidade e a discussão entrar num processo escorregadio e desgastante, com visões muito diferentes, estou fora. Como o sr. avalia ter como aliados personagens como Ronaldo Caiado, Heráclito Fortes, Bornhausen? O PSB, liderado pelo Eduardo Campos estava fazendo o jogo tradicional da velha política brasileira. Ao se aliar com a Rede, ele está indicando que não vai continuar fazendo isso. Como o sr. encara questões como aborto, criacionismo, uso de células tronco? Quando me aproximei de Marina, em 2009, tinha nesse ponto a minha principal restrição. Porque eu tenho ideias até libertárias em relação a aborto, drogas, relações homoafetivas. Sou a favor da legalização das drogas leves. Creio que o aborto é um direito da mulher dentro de certos limites. Não vejo como negar aos homossexuais o direto de constituírem uma união estável. E o criacionismo? É uma doutrina religiosa, não tem nada a ver com biologia e em nenhuma hipótese deve ser ensinada. Mas Marina... Não. Numa escola religiosa, que já ensinava o criacionismo, ela disse que deveriam ensinar os dois. Marina me surpreendeu muito. Observei de perto como ela separa a fé a as convicções pessoais dela do debate público e dos caminhos que a sociedade brasileira escolhe.

sábado, outubro 19, 2013

Professor da Fiocruz preso na terça-feira é solto com outros 18 manifestantes

O professor da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, Paulo Roberto de Araújo Bruno, preso arbitrariamente durante a manifestação do dia 15 de outubro, quando trabalhava em sua pesquisa sobre movimentos sociais no centro do Rio, foi solto nesta sexta-feira (18/10) após uma longa batalha de seus advogados. A mobilização para libertar o professor contou ainda com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, o deputado Miro Teixeira, a presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Leila Maria Mariano, e o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Segundo a Fiocruz, Paulo Roberto tem como um dos principais objetos de estudo a pesquisa de movimentos populares urbanos. Desde junho, vem recolhendo material de campo e fazendo registro fotográfico das manifestações no Rio de Janeiro. O professor atua também no campo da saúde coletiva e ambiental tanto em comunidades indígenas amazônicas como em favelas. Sua prisão foi feita junto com vários outros manifestantes de forma arbitrária, sem que ele tivesse envolvido em qualquer crime. Paulo Roberto, no entanto, vai responder a processo por diversos delitos, entre eles, o de fazer parte de organização criminosa, nos termos Lei nº 12.850/2013, aprovada recentemente pela Assembleia Legislativa do Rio e considerada inconstitucional por vários juristas. "Essa não é mais uma luta de um pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, é uma luta de todos nós. Não podemos deixar que a polícia transforme em crime o direito do cidadão de se manifestar", afirmou o diretor da ENSP, Hermano Castro. O professor foi liberado às 20h da prisão em Bangu, junto com outros 18 manifestantes, que haviam sido detidos na 37a. DP da Ilha do Governador na última terça-feira. No momento da saída da prisão, conhecidos e familiares de outros manifestantes tentaram impedir que a imprensa fotografasse os libertados, gerando um conflito e até agressão a fotógrafos. "Nenhuma mãe quer ver a foto do seu filho preso na capa do jornal como 'vândalo' que foi preso", ressaltava um dos que se manifestavam contra a cobertura da imprensa, que preferiu não se identificar. O processo para libertação teve início ainda na terça-feira. Eles conseguiram um alvará quinta-feira à noite, mas no documento constava a soltura da Casa de Custódia Patrícia Acioli, em São Gonçalo. Às 3h da madrugada desta sexta, no entanto, eles foram transferidos para o Pavilhão Bandeira Estampa, em Bangu. Os advogados dos presos iniciaram a corrida contra o tempo para conseguir um alvará no qual constasse a soltura de Bangu. Às 15h, o alvará foi obtido e os esforços intensificados para que os presos fossem libertados ainda sexta-feira. Para advogados e representantes dos acusados, a prisão dos manifestantes descumpriu uma série de formalidades legais. A informação de que os presos estavam em Bangu só chegou até eles no início da tarde e preocupou os envolvidos. A mãe de um dos presos, que preferiu não se identificar, chegou a passar mal durante a espera e ser encaminhada para um hospital. Isabel Lucena, mãe de Diego Lucena, ressaltou que seu filho havia ido à manifestação pela primeira vez. Diego cursa Propaganda e Marketing na ESPM e participou ao lado de sua mãe da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento para o qual ela trabalhou como médica voluntária. Segundo seu advogado, que visitou Diego em Bangu pouco antes dele ser libertado, o mesmo não sofreu maus tratos enquanto esteve preso. Outros 30 presos, que foram detidos na 25a. DP, devem ser libertados sábado. De acordo com André Mendes, do Instituto de Desenvolvimento e Direitos Humanos (IDDH), eles foram acusados com base na nova lei de organizações criminosas. "Foram prisões arbitrárias. Analisando o inquérito, não há materialidade dos fatos. Essas pessoas foram pegas a esmo e acusadas de dano ao patrimônio e uma série de outras coisas", comentou. O grupo de presos incluía pessoas como moradores de rua, professores, pesquisadores, cineastas e doutores. Eles foram acusados de participar de quadrilha armada, dano ao patrimônio, roubo, incêndio e corrupção de menores.

domingo, setembro 15, 2013

Independências na América

Por Antonio Gasparetto Junior


As Independências na América ocorreram de maneiras diferenciadas. A influência dos países colonizadores acrescentou características específicas às colônias da Espanha, de Portugal e da Inglaterra.
O movimento de independência começou na América no século XVIII. Nesta ocasião, as Treze Colônias, que eram de propriedade da Inglaterra, se manifestaram contra as cobranças cada vez mais intensas feitas por sua metrópole. A coroa inglesa implementou uma série de impostos que exigia muito dos colonos. Revoltados, estes organizaram manifestações e assumiram posturas radicais, tendo como resultado uma guerra entre colônia e metrópole. A primeira recebeu o apoio da França, histórica rival da Inglaterra, e acabou conquistando sua independência na década de 1770.
Mais tarde, na última década do mesmo século, aconteceu um caso emblemático e raro de independência no continente Americano. O Haiti  vivenciou uma revolta dos escravos contra as classes dominantes. A Revolução Haitiana, que começou em 1789, uniu os negros que viviam no local exercendo trabalho compulsório em combate contra a escravidão e os abusos dos soberanos. O evento acabou se tornando a única independência na América movida por escravos. A conseqüência foi o descontentamento das metrópoles em relação ao Haiti, passando a boicotar o novo país ou tratá-lo de maneira diferenciada. Até hoje é possível notar os efeitos que o descaso de outros países deixaram e deixam em um país que uniu escravos para acabar com tal forma de exploração no trabalho.
Já as colônias espanholas na América receberam a influência de uma série de fatores em seus processos de independência. A Espanha era detentora do maior território colonial no continente americano, suas posses iam do atual México até o extremo sul do continente. Nestas terras se fortificou uma elite local conhecida como criollos, que eram os filhos dos espanhóis nascidos no Novo Mundo. Os criollos desenvolveram suas atividades e seus interesses na América, contestando, várias vezes, atitudes metropolitanas. Internamente, o fortalecimento dos criollos e a insatisfação com as exigências da metrópole influenciaram nos movimentos de emancipação. Os criollos manifestaram-se em favor de maior liberdade política e econômica. Já no cenário internacional, o exemplo da independência dos Estados Unidos, que povoava o imaginário dos separatistas, e a situação política na metrópole, que passava por momentos de grande instabilidade, davam suas contribuições para o processo. O resultado foi uma série de independências no território americano que antes pertencia à Espanha, fragmentando toda a imensa colônia em vários países durante o século XIX.
Já o Brasil, colônia de Portugal, não passou por uma guerra contra à metrópole, caso dos Estados Unidos, ou por uma grande fragmentação do território, como aconteceu com a América Espanhola. No início do século XIX, em 1808, o rei português Dom João VI transferiu toda sua corte para o Brasil em meio a fuga dos exércitos de Napoleão Bonaparte que conquistavam os territórios na Europa. A mudança da corte alterou toda a lógica do Império Português no mundo, que passou a ter o Brasil como centro. No final da década de 1810 apenas que o rei Dom João VI resolveu retornar à Portugal como tentativa de controlar as manifestações dos burgueses de tal localidade que se viam prejudicados em função do distanciamento da coroa. Porém no Brasil ficou o príncipe regente Dom Pedro I, o qual foi convencido pela nova elite local a tornar o Brasil independente e ainda ser o primeiro imperador do mesmo. Dom Pedro I interessou-se pela proposta e declarou a independência brasileira em 1822. No Brasil não houve guerra contra Portugal, mas sim guerras internas para afirmar toda a extensão do território pertencente ao novo imperador
01. (UFAL) Entre as causas políticas imediatas da eclosão das  lutas pela independência das colônias espanholas da América, pode-se apontar:

a) a derrota de Napoleão  Bonaparte na Batalha de Waterloo;
b) a formação da Santa Aliança;
c) a imposição de José Bonaparte no trono espanhol;
d) as decisões do Congresso de Viena;
e) a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal e a coroação de D. João VI no Brasil.
                                
                               
02. A independência do Brasil e das colônias espanholas na América tiveram como elemento comum:
                                
a) as propostas de eliminação do regime escravista imposto pela metrópole;
b) o caráter pacífico, uma vez que não ocorreu a fragmentação política do antigo bloco colonial ibérico;
c) os efeitos do expansionismo napoleônico, responsável direto pelo rompimento dos laços coloniais;
d) o objetivo de manter o livre-comércio, como um primeiro passo para desenvolver a industrialização na América;
e) a efetiva participação popular, uma vez que as lideranças políticas coloniais defendiam a criação de Estados democráticos na América.


03. (MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:

a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios;
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência;
c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma;
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas;
e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição de 1824.



04. A maior razão brasileira para romper os laços com Portugal era:

a) evitar a fragmentação do país, abalado por revoluções anteriores;
b) garantir a liberdade de comércio, ameaçada pela política de recolonização das Cortes de Lisboa;
c) substituir a estrutura colonial de produção e desenvolver o mercado interno;
d) aproximar o país das repúblicas platinas e combater a Santa Aliança;
e) integrar as camadas populares ao processo político e econômico.


05. A respeito da independência do Brasil, pode-se afirmar que:

a) consubstanciou os ideais propostos na Confederação do Equador;
b) instituiu a monarquia como forma de governo, a partir de um amplo movimento popular;
c) propôs, a partir das idéias liberais das elites políticas, a extinção do tráfico de escravos, contrariando os interesses da Inglaterra;
d) provocou, a partir da Constituição de 1824, profundas transformações nas estruturas econômicas e sociais do País;
e) implicou na adoção da forma monárquica de governo e preservou os interesses básicos dos proprietários de terras e de escravos.


06. (UCSAL)

I. Aparecimento do capitalismo industrial em substituição ao antigo e decadente capitalismo comercial.

II. Tradução em dois planos do processo capitalista: abertura das áreas coloniais à troca internacional e eliminação do trabalho escravo.

III. Transferência da família real para o Brasil e abertura dos portos.

Os itens acima sintetizam algumas razões que respondem, no Brasil,  pela:

a) eliminação da importação
b) decadência da mineração
c) colonização portuguesa
d) independência política
e) expansão territorial



07. A respeito da Independência do Brasil, é válido afirmar que:

a) foi um arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo e também os privilégios da classe proprietária;
b) as camadas senhoriais, defensoras do liberalismo político, pretendiam não apenas a emancipação política, mas a alteração das estruturas econômicas;
c) foi um processo revolucionário, pois contou com intensa participação popular;
d) o liberalismo defendido pela aristocracia rural apoiava a emancipação dos escravos;
e) resultou do receio de D. Pedro I de perder o poder, aliado ao seu nacionalismo.


08. A Independência do Brasil:

a) rompeu o processo histórico;
b) adaptou a estrutura política do país às conveniências da aristocracia rural;
c) acelerou o processo de modernização econômica;
d) representou um sério golpe na economia escravista;
e) representou um retrocesso político, devido à forma monárquica de governo adotada.


09. O príncipe D. Pedro, na Independência do Brasil, foi:

a) essencial, pois sem ele não ocorreria a independência;
b) figura de fachada, totalmente submisso aos desejos de José Bonifácio;
c) mediador, minimizando os antagonismos entre Brasil e Portugal;
d) manipulado pela aristocracia rural, objetivando realizar a independência com a manutenção da unidade popular;
e) totalmente independente, tomando para si liderança do processo, dando à independência um caráter revolucionário.


10. O processo de emancipação política brasileiro:

a) tendeu a seguir o exemplo da América Espanhola, quer dizer, da Independência da Bolívia, Venezuela e Peru;
b) contou com grande participação popular, principalmente de negros e mulatos do Nordeste, que viviam maior opressão;
c) marginalizou os elementos populares, e manteve as estruturas sociais e econômicas do período colonial;
d) foi completado com o grito do Ipiranga, em 7 de setembro, com a decisiva participação de D. Pedro;
e) somente foi consolidado após um ano de guerra contra Portugal, uma vez que a Metrópole não aceitou a ruptura.
 

terça-feira, setembro 10, 2013

Como o avô de Bush ajudou a ascensão de Hitler ao poder

Fonte: www.theguardian.com

 Prescott Bush e seus negócios com o nazismo revelados

O avô de George Bush, o falecido senador dos EUA Prescott Bush, foi um diretor e acionista de empresas que lucraram com o seu envolvimento com os financiadores da Alemanha nazista.
The Guardian obteve a confirmação de arquivos recém-descobertos no Arquivo Nacional dos EUA que uma empresa da qual Prescott Bush era diretor estava envolvido com os arquitetos financeiros do nazismo.
Seus negócios, que continuou até os ativos de sua empresa foram apreendidos em 1942 sob o Trading with the Enemy, levou mais de 60 anos mais tarde, a uma ação civil por danos sendo trazidas na Alemanha contra a família Bush por dois ex-trabalhadores escravos em Auschwitz e um zumbido de controvérsia pré-eleitoral.
A prova também levou um ex-EUA de guerra nazista crimes promotor de argumentar que a ação do falecido senador deveria ter sido motivo para a acusação para dar ajuda e conforto ao inimigo.
O debate sobre o comportamento de Prescott Bush foi borbulhando sob a superfície por algum tempo. Houve uma internet conversa constante sobre a conexão "Bush / nazista", em grande parte imprecisas e injustas.Mas os novos documentos, muitos dos quais eram apenas desclassificado no ano passado, mostram que, mesmo depois de os Estados Unidos haviam entrado na guerra e quando já havia informações importantes sobre planos e políticas dos nazistas, ele trabalhou e lucrou com empresas intimamente envolvidos com o muito empresas alemãs que financiaram a ascensão de Hitler ao poder.Também tem sido sugerido que o dinheiro que ele fez a partir dessas relações ajudou a estabelecer a fortuna da família Bush e estabeleceu sua dinastia política.
Surpreendentemente, pouco das relações de Bush com a Alemanha recebeu escrutínio público, em parte por causa do status de segredo da documentação envolvendo ele. Mas, agora, o dólar ação judicial multimilionária por perdas e danos por dois sobreviventes do Holocausto contra a família Bush, ea iminente publicação de três livros sobre o assunto estão ameaçando fazer história empresarial de Prescott Bush uma questão desconfortável para o seu neto, George W, como ele procura re -eleitoral.
Enquanto não há nenhuma sugestão de que Prescott Bush era simpático à causa nazista, os documentos revelam que a empresa que ele trabalhava, Brown Brothers Harriman (BBH), atuou como uma base dos EUA para o industrial alemão Fritz Thyssen, que ajudou a financiar Hitler em 1930 antes de cair com ele no final da década. The Guardian viu evidência que mostra Bush era o diretor da Union Banking Corporation de Nova York (UBC), que representava os interesses dos Estados Unidos da Thyssen e ele continuou a trabalhar para o banco depois que os Estados Unidos entraram na guerra.
Negócios Vultosos com Hitler

Tantalising

Bush também estava na mesa de pelo menos uma das empresas que faziam parte de uma rede multinacional de empresas de fachada para permitir Thyssen para movimentar ativos ao redor do mundo.
Thyssen dono da maior empresa de aço e carvão na Alemanha e enriqueceu a partir de esforços de Hitler para re-braço entre as duas guerras mundiais. Um dos pilares da web corporativa internacional da Thyssen, UBC, trabalhou exclusivamente para, e era de propriedade de um banco Thyssen-controlado, na Holanda. Mais tentadora são links de Bush para o Consolidado Aço Silésia (CSSC), com base em minerais ricos Silésia, na fronteira germano-polaca. Durante a guerra, a empresa fez uso de trabalho escravo nazista dos campos de concentração, incluindo Auschwitz. A posse de CSSC mudou de mãos várias vezes na década de 1930, mas os documentos do Arquivo Nacional dos EUA desclassificou ano passado ligação Bush CSSC, embora não seja claro se ele e UBC ainda estavam envolvidos na empresa quando os ativos americanos da Thyssen foram apreendidos em 1942 .
Três conjuntos de arquivos soletrar o envolvimento de Prescott Bush.Todos os três são facilmente disponíveis, graças ao eficiente sistema de arquivo EUA e uma equipe atenciosa e dedicada, tanto a Biblioteca do Congresso em Washington e os Arquivos Nacionais da Universidade de Maryland.
O primeiro conjunto de arquivos, os documentos Harriman na Biblioteca do Congresso, mostram que Prescott Bush era diretor e acionista de um número de empresas envolvidas com a Thyssen.
O segundo conjunto de trabalhos, que estão no Arquivo Nacional, estão contidos na aquisição ordem do número 248, que registra a apreensão dos bens da empresa. O que esses arquivos mostram é que, em 20 de outubro de 1942, o imóvel custodiante alienígena apreendidos os bens da UBC, da qual Prescott Bush era diretor. Depois de ter passado através dos livros do banco, mais ataques foram feitos contra duas filiais, a Holland-americano Trading Corporation ea Seamless Steel Equipment Corporation. Em novembro, a Companhia da Silésia-americano, outro dos empreendimentos de Prescott Bush, também foram apreendidos.
O terceiro conjunto de documentos, também no Arquivo Nacional, estão contidas nos arquivos do IG Farben, que foi processado por crimes de guerra.
Um relatório divulgado pelo Escritório de Custódia de Bens Estrangeiros em 1942 declarada das empresas que "desde 1939, essas propriedades (siderurgia e mineração) se encontrava na posse de e operados pelo governo alemão e, sem dúvida, foi de uma ajuda considerável para que esforço de guerra do país ".
Prescott Bush, um sedutor 6 pés 4 polegadas com uma voz rica, foi o fundador da dinastia política Bush e já foi considerado um potencial candidato presidencial próprio. Como seu filho, George, e seu neto, George W, ele foi para Yale onde ele estava, mais uma vez como seus descendentes, um membro da Caveira secreto e influente e sociedade estudante Bones. Ele era um capitão de artilharia na primeira guerra mundial e se casou com Dorothy Walker, filha de George Herbert Walker, em 1921.
Em 1924, o pai-de-lei, um conhecido banqueiro de investimento St Louis, ajudou a colocá-lo no mundo dos negócios em Nova York com Averill Harriman, filho de rico magnata das ferrovias EH Harriman, em Nova York, que tinha ido à banca.
Um dos primeiros trabalhos de Walker deu a Bush foi para gerenciar UBC. Bush era um membro fundador do banco e os documentos de incorporação, o que listar como um dos sete diretores, mostram que ele possuía uma participação na UBC valor de US $ 125.
O banco foi criado pela Harriman e Bush pai-de-lei para fornecer um banco dos EUA para a Thyssen, a mais poderosa família industrial da Alemanha.
August Thyssen, o fundador da dinastia tinha sido um dos principais contribuintes para o primeiro esforço da Primeira Guerra Mundial na Alemanha e na década de 1920, ele e seus filhos Fritz e Heinrich estabeleceu uma rede de bancos e empresas no exterior para que seus bens e dinheiro poderia ser levada para alto mar se ameaçado novamente.
No momento em que Fritz Thyssen herdou o império de negócios em 1926, a recuperação econômica da Alemanha foi vacilante. Após ouvir Adolf Hitler fala, Thyssen tornou-se fascinada pelas jovens tição. Ele se filiou ao partido nazista, em dezembro de 1931 e admite apoiar Hitler em sua autobiografia, I Paid Hitler, quando os nacional-socialistas ainda eram uma festa franja radical. Ele entrou em várias vezes para salvar o partido luta: em 1928, Thyssen tinha comprado o Palácio Barlow em Briennerstrasse, em Munique, que Hitler convertida na Casa Brown, a sede do partido nazista. O dinheiro veio de outra instituição no exterior Thyssen, o Banco voor Handel en Scheepvarrt em Roterdão.
No final dos anos década de 1930, Brown Brothers Harriman, que afirmava ser o maior banco de investimento privado do mundo, e UBC tinha comprado e enviado milhões de dólares em ouro, combustível, aço, carvão e títulos do Tesouro dos EUA para a Alemanha, tanto a alimentação e financiamento de construção de Hitler -se para a guerra.
Entre 1931 e 1933 UBC comprou mais de US $ 8 milhões no valor do ouro, dos quais US $ 3 milhões foi enviado para o exterior. De acordo com documentos vistos pelo Guardian, após UBC foi criada transferiu US $ 2 milhões em contas BBH e entre 1924 e 1940, os ativos da UBC girava em torno de US $ 3 milhões, caindo para US $ 1 milhão apenas em algumas ocasiões.
Em 1941, Thyssen fugiu da Alemanha depois de cair com Hitler, mas foi capturado e detido na França para o resto da guerra.
Não havia nada de ilegal em fazer negócios com os Thyssens ao longo dos anos 1930 e muitos dos nomes comerciais mais conhecidos dos Estados Unidos investiram pesadamente na recuperação da economia alemã. No entanto, tudo mudou depois que a Alemanha invadiu a Polônia em 1939. Mesmo assim, pode-se argumentar que a BBH estava dentro de seus direitos relações comerciais contínuas com os Thyssens até o final de 1941, como os EUA ainda era tecnicamente neutro até o ataque a Pearl Harbor. O problema começou em 30 de julho de 1942, quando o New York Herald-Tribune publicou um artigo intitulado "anjo de Hitler tem US $ 3 milhões no Banco dos EUA". Grandes compras de ouro da UBC tinham levantado suspeitas de que o banco era na verdade um "ninho de ovos segredo" escondido em Nova York para Thyssen e outros figurões nazistas. A Comissão de Propriedade Alien (APC) iniciou uma investigação.
Não há controvérsia sobre o fato de que o governo dos EUA tomou uma série de ativos controlados pelo BBH - incluindo UBC e SAC - no outono de 1942 sob o Trading with the Enemy. O que está em disputa é se Harriman, Walker e Bush fez mais do que próprio dessas empresas no papel.
Erwin maio, um adido tesouraria e diretor do departamento de investigação da APC, foi designado para investigar negócios da UBC. O primeiro fato a surgir foi a de que Roland Harriman, Prescott Bush e os outros diretores não possui realmente suas ações na UBC, mas apenas mantinha em nome do Bank voor Handel. Estranhamente, ninguém parecia saber que era dono do banco com sede em Rotterdam, incluindo o presidente da UBC.
May escreveu em seu relatório de 16 de agosto, 1941: "Union Banking Corporation, incorporou 04 de agosto de 1924, é integralmente detida pelo Banco voor Handel en Scheepvarrt NV de Roterdã, na Holanda Minha investigação não produziu qualquer prova quanto à propriedade dos holandeses. banco. Cornelis [sic] Lievense, presidente da UBC, não reivindica nenhum conhecimento quanto à propriedade do Banco voor Handel, mas acredita que é possível que Barão Heinrich Thyssen, irmão de Fritz Thyssen, pode possuir um interesse substancial. "
Maio abriu o banco de realizar um ninho de ovos de ouro para os líderes nazistas, mas passou a descrever uma rede de empresas que espalham para fora da UBC em toda a Europa, Estados Unidos e Canadá, e como o dinheiro do voor Handel viajou para essas empresas através UBC.
Em setembro de maio havia traçado as origens dos membros da diretoria não-americanos e descobriu que o holandês HJ Kouwenhoven - que se reuniu com Harriman em 1924 para configurar UBC - teve vários outros trabalhos: além de ser o diretor da voor Handel era também o diretor do August Thyssen banco em Berlim e diretor da União Steel Works de Fritz Thyssen, a holding que o aço é controlado Thyssen e do império mina de carvão na Alemanha.
Dentro de algumas semanas, Homer Jones, chefe da investigação da APC e divisão de pesquisa enviou um memorando para o comitê executivo da APC recomendando os EUA governo colete UBC e seus ativos. Jones nomeou os diretores do banco no memorando, incluindo o nome de Prescott Bush, e escreveu: "Disse estoque é mantido pelos indivíduos acima citados, no entanto, apenas como os indicados para o Banco voor Handel, Rotterdam, na Holanda, que é de propriedade de um ou mais da família Thyssen, os nacionais da Alemanha e da Hungria. Os 4.000 partes anteriormente estabelecidas são, portanto, detinham e ajuda para os interesses dos cidadãos inimigos, e são vestíbulo pela APC, "de acordo com o memorando nos Arquivos Nacionais visto por The Guardian.

Herdeiros do Império Econômico e da Guerra para consegui-los

Em flagrante
Jones recomendou que os ativos sejam liquidados para o benefício do governo, mas em vez UBC foi mantida intacta e acabou retornando aos acionistas americanos depois da guerra. Alguns afirmam que Bush vendeu a sua participação na UBC depois da guerra, para US $ 1,5 milhões - uma quantia enorme de dinheiro na época - mas não há nenhuma prova documental para apoiar esta reivindicação. Nenhuma outra ação foi tomada, nem foi a investigação continuou, apesar do fato UBC foi pego em flagrante operar uma empresa de fachada americana para a família Thyssen oito meses após os Estados Unidos haviam entrado na guerra e que este era o banco que tinha financiado em parte a ascensão de Hitler ao poder.
A parte mais tentadora da história permanece envolta em mistério: a conexão, se houver, entre Prescott Bush, Thyssen, consolidado Silésia Steel Company (CSSC) e Auschwitz.
Parceiro da Thyssen no United Steel Works, que tinha minas de carvão e usinas de aço em toda a região, foi Friedrich Flick, outro magnata do aço que também possuía parte da IG Farben, a poderosa empresa química alemã.
Plantas de Flick na Polônia fizeram uso pesado de trabalho escravo dos campos de concentração na Polônia. De acordo com um artigo do New York Times publicada em 18 de março de 1934 Flick possuía dois terços do CSSC enquanto "interesses americanos", realizada o resto.
Os documentos do Arquivo Nacional dos EUA mostram que o envolvimento da BBH com CSSC era mais do que simplesmente segurando as partes em meados dos anos 1930. Amigo de Bush e companheiro "Bonesman" Cavaleiro Woolley, outro sócio da BBH, escreveu a Averill Harriman em janeiro de 1933 aviso de problemas com CSSC após os poloneses começaram a sua unidade para nacionalizar a planta. "A situação Steel Company Silésia consolidado tornou-se cada vez mais complicado, e eu, portanto, interposto Sullivan e Cromwell, a fim de ter certeza de que os nossos interesses sejam protegidos", escreveu Knight. "Depois de estudar a situação Foster Dulles está insistindo que o seu homem em Berlim entrar na imagem e obter a informação que os diretores aqui deve ter. Você deve se lembrar que Foster é um diretor e ele é particularmente ansioso para ter certeza de que não há responsabilidade anexando aos diretores americanos ".
Mas a propriedade do CSSC entre 1939, quando os alemães invadiram a Polônia e 1942, quando o governo dos EUA investido UBC e SAC não está clara.
"SAC realizada minas de carvão e, definitivamente, de propriedade CSSC entre 1934 e 1935, mas quando SAC foi investido não havia nenhum vestígio de CSSC. Toda a evidência concreta de sua propriedade desaparece depois de 1935 e há apenas alguns vestígios, em 1938 e 1939", diz Eva Schweitzer, o jornalista e escritor cujo livro, da América e do Holocausto, está publicado no próximo mês.
Silésia foi rapidamente fez parte do Reich alemão após a invasão, mas enquanto as fábricas polonesas foram apreendidas pelos nazistas, aqueles pertencentes aos americanos ainda neutras (e alguns outros nacionais) foram tratados com mais cuidado como Hitler ainda estava esperando para persuadir os EUA a pelo menos sentar-se à guerra como um país neutro. Schweitzer diz que os interesses americanos foram tratados numa base caso-a-caso. Os nazistas comprei alguns, mas não para outros.
Os dois sobreviventes do Holocausto processando o governo dos EUA e da família Bush, para um total de US $ 40 bilhões em compensação reclamar tanto material beneficiado do trabalho escravo Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial.
Kurt Julius Goldstein, 87, e Peter Gingold, 85, começou uma ação de classe nos Estados Unidos em 2001, mas o caso foi expulso pelo juiz Rosemary Collier, alegando que o governo não pode ser responsabilizada sob o princípio de "soberania do Estado".
Jan Lissmann, um dos advogados dos sobreviventes, disse: "O presidente Bush retirou a assinatura do presidente Bill Clinton, do tratado [que fundou o tribunal] não só para proteger os americanos, mas também para proteger a si mesmo e sua família."
Lissmann argumenta que os casos de genocídio estão abrangidas pelo direito internacional, que não responsabilizar os governos por suas ações. Ele afirma que a decisão foi inválido quanto a audiência não ocorreu.
Em suas alegações, o Sr. Goldstein eo Sr. Gingold, presidente honorário da Liga Anti-fascistas, sugerem que os americanos estavam cientes do que estava acontecendo em Auschwitz e deveria ter bombardeado o acampamento.
Os advogados também apresentou uma moção em Haia, pedindo um parecer sobre se a soberania do Estado é uma razão válida para recusar-se a ouvir o seu caso. Uma decisão é esperada dentro de um mês.
A petição de Haia afirma: "A partir de abril 1944, a Força Aérea americana poderia ter destruído o acampamento com ataques aéreos, bem como as pontes ferroviárias e linhas ferroviárias da Hungria a Auschwitz O assassinato de cerca de 400 mil vítimas do Holocausto húngaro poderia ter. sido evitada. "
O caso é construído em torno de um 22 de janeiro de 1944 a ordem executiva assinada pelo presidente Franklin Roosevelt pedindo ao governo para tomar todas as medidas para salvar os judeus europeus.Os advogados alegam que a ordem foi ignorada por causa da pressão exercida por um grupo de grandes empresas norte-americanas, incluindo BBH, onde Prescott Bush era diretor.
Lissmann afirmou: "Se tivermos uma decisão positiva do tribunal fará com que [o Presidente] de Bush enormes problemas e torná-lo pessoalmente responsável a pagar uma indemnização".
O governo dos EUA e da família Bush negar todas as reivindicações contra eles.
Além do livro de Eva Schweitzer, dois outros livros estão prestes a ser publicado que levantar o assunto da história empresarial de Prescott Bush. O autor do segundo livro, que será publicado no próximo ano, John Loftus, é um ex-procurador dos EUA que processou criminosos de guerra nazistas na década de 70. Agora vivendo em St Petersburg, Florida e ganhar a vida como comentarista de segurança para Fox News e rádio ABC, Loftus está trabalhando em um romance que usa algum do material que ele descobriu sobre Bush. Loftus salientou que o que Prescott Bush foi envolvido foi exatamente o que muitos outros empresários norte-americanos e britânicos estavam fazendo no momento.
"Você não pode culpar Bush por que seu avô fez mais do que você pode culpar Jack Kennedy para o que seu pai fez - compraram ações nazistas - mas o que é importante é a cover-up, como poderia ter ido tão bem para metade de um século, e que isso tem implicações para nós hoje? "disse ele.
"Este foi o mecanismo pelo qual Hitler foi financiado para chegar ao poder, este foi o mecanismo pelo qual a indústria Terceiro Reich defesa foi rearmado, este foi o mecanismo pelo qual os lucros nazistas foram repatriados para os proprietários norte-americanos, esta foi a mecanismo pelo qual as investigações sobre a lavagem financeira do Terceiro Reich foram embotado ", disse Loftus, que é vice-presidente do Museu do Holocausto, em São Petersburgo.
"The Union Banking Corporation é uma companhia holding para os nazistas, por Fritz Thyssen", disse Loftus. "Por várias vezes, a família Bush tentou girá-lo, dizendo que eles eram de propriedade de um banco holandês e não foi até os nazistas tomaram a Holanda que eles perceberam que agora os nazistas controlavam a empresa aparente e é por isso que Bush defensores afirmam que a guerra tinha acabado eles têm o seu dinheiro de volta. Ambas as investigações Tesouro norte-americano e as investigações de inteligência na Europa completamente bely isso, é besteira absoluta. Eles sempre soube quem eram os beneficiários finais. "
"Não há ninguém vivo que poderia ser processado, mas se fugir com ele", disse Loftus. "Como um ex-promotor federal, eu iria fazer um caso de Prescott Bush, o pai-de-lei (George Walker) e Averill Harriman [para ser julgado] para dar ajuda e conforto ao inimigo. Eles permaneceram nas placas desses empresas, sabendo que eles eram de benefício financeiro para a nação da Alemanha ".
Loftus disse Prescott Bush deve ter tido conhecimento do que estava acontecendo na Alemanha na época. "Minha opinião sobre ele é que ele era um não muito bem sucedida de-lei que fez o Herbert Walker disse para ele. Walker e Harriman foram os dois gênios do mal, eles não se preocupam com os nazistas mais do que se preocupava com os seus investimentos com os bolcheviques. "
O que também está em questão é quanto dinheiro Bush fez de seu envolvimento. Seus partidários sugerem que ele tinha uma partes token.Loftus contesta esta, citando fontes "da banca e das comunidades de inteligência" e sugerindo que a família Bush, através de George Herbert Walker e Prescott, recebeu US $ 1,5 milhões para fora do envolvimento.Não existe, contudo, nenhuma fuga de papel para essa soma.
A terceira pessoa entrar em impressão sobre o assunto é John Buchanan, de 54 anos, um jornalista da revista com sede em Miami, que começou a examinar os arquivos, enquanto trabalhava em um roteiro.No ano passado, Buchanan publicou suas descobertas na venerável, mas de pequena circulação New Hampshire Gazette sob o título "Documentos em Arquivo Nacional Prove avô de George W. Bush negociou com os nazistas - mesmo depois de Pearl Harbor" manchete.Ele se expande sobre isso em seu livro a ser publicado no próximo mês - Fixação América: Quebrando o Stranglehold de regra corporativa, a grande mídia ea direita religiosa.
No artigo, Buchanan, que trabalhou principalmente no comércio e na música de imprensa com um feitiço como repórter muckraking em Miami, afirmou que "os fatos essenciais têm aparecido na internet e em livros relativamente obscuros, mas foram demitidos pela mídia e Bush família como diatribes indocumentados ".
Buchanan sofre hypermania, uma forma de psicose maníaco-depressiva, e quando ele se viu rejeitado em seus esforços iniciais para interessar os meios de comunicação, ele respondeu com uma série de ameaças contra os jornalistas e meios de comunicação que lhe tinha desprezados. As ameaças, contidos em e-mails, sugeriu que ele iria expor os jornalistas como "traidores da verdade".
Sem surpresa, ele logo teve dificuldade em obter suas chamadas retornado. Mais a sério, ele enfrentou acusações agravadas perseguição em Miami, em conexão com um homem com quem tinha caído sobre a melhor maneira de divulgar suas descobertas. As acusações foram retiradas no mês passado.
Biografia
Buchanan disse que lamenta o seu comportamento tinha danificado sua credibilidade, mas seu principal objetivo era garantir a publicidade para a história. Ambos Loftus e Schweitzer dizer Buchanan veio com a documentação anteriormente não revelada.
A família Bush, em grande parte respondeu com nenhum comentário de qualquer referência ao Prescott Bush. Brown Brothers Harriman também se recusou a comentar.
A família Bush aprovou recentemente uma biografia lisonjeira de Prescott Bush, intitulado Dever, honra, país por Mickey Herskowitz. Os editores, Rutledge Hill Press, prometeu que o livro seria "lidar honestamente com relações comerciais alegados de Prescott Bush com industriais nazistas e outras acusações".
Na verdade, as alegações são tratados em menos de duas páginas. O livro refere-se à história Herald-Tribune, dizendo que "uma pessoa de ética estabelecidos menos teria entrado em pânico ... Bush e os seus parceiros a Brown Brothers Harriman informou os reguladores do governo de que a conta, aberta no final de 1930, era" um cortesia não paga por um cliente ... Prescott Bush agiu rapidamente e abertamente em nome da empresa, bem servida por uma reputação que nunca tinha sido comprometida. Ele disponibilizados todos os registros e documentos. Visto seis décadas mais tarde, na era da série escândalos corporativos e carreiras destruídas, ele recebeu o que pode ser visto como o atestado final ".
A história Prescott Bush foi condenado por ambos os conservadores e alguns liberais como não tendo nada a ver com o atual presidente.Também tem sido sugerido que Prescott Bush teve pouco a ver com Averill Harriman, e que os dois homens oposição uns aos outros politicamente.
No entanto, documentos dos papéis Harriman incluir um perfil guerra lisonjeiro de Harriman em Nova York American Journal e ao lado dele nos arquivos é uma carta para o editor financeiro do que o papel de Prescott Bush felicitando o papel para executar o perfil. Ele acrescentou que o Harriman "performance e toda a sua atitude tem sido uma fonte de inspiração e orgulho para seus parceiros e seus amigos".
A Liga Anti-Difamação em os EUA é de suporte de Prescott Bush ea família Bush. Em uma declaração no ano passado, disseram que "os rumores sobre os supostos laços nazistas '' do final do Prescott Bush ... têm circulado amplamente pela internet nos últimos anos. Estes encargos são insustentável e politicamente motivada ... Prescott Bush era nem um nazista nem um simpatizante nazista. "
No entanto, uma das mais antigas publicações judaicas do país, o advogado judeu, foi ao ar a polêmica em detalhe.
Mais de 60 anos depois de Prescott Bush veio brevemente sob escrutínio no momento de uma guerra distante, seu neto está enfrentando um tipo diferente de análise, mas uma sustentada pela mesma percepção de que, para algumas pessoas, a guerra pode ser um negócio rentável.

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