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terça-feira, novembro 26, 2019

A crise real da Educação



A crise real da educação é de natureza diversa, porém, a pedra angular é de natureza gestacional.
Sabemos que o projeto da elite econômica do Brasil, desde a Colônia, sempre foi não permitir o acesso e a permanência da ampla maioria da população na rede de educação e acesso aos saberes.
Como professor há mais de duas décadas, com experiência em todas as redes do Ensino Fundamental ao Universitário, passando pela formação profissional, posso afirmar que não faz parte dos que estão na execução das políticas públicas, resolver o problema educacional do país.
Uma sociedade que foi levada a querer diplomas, mesmo desconectado de sólida formação, sofre os impactos desta escolha.

Obviamente, há Oásis de excelência como as experiências exitosas do nordeste .

A tão almejada gestão democrática, mesmo onde há eleição de corpo diretivo, continua a ser uma quimera.

E os alunos que chegam as Unidades Educacionais? Uma ampla maioria não tem no seu núcleo familiar a base para desenvolver-se.

O salário é desestimulante e afugenta os talentos, apesar de vir do Maranhão o exemplo de que é possível priorizar no orçamento o investimento na infraestrutura e na força de trabalho.

Não é possível no Estado do Rio de Janeiro, segundo mais importante do país, o salário de um professor ser mil reais (salário minimo).

Assim, não será com governos que não transformem a educação em projeto de país e apontando para ciência e tecnologia que o país sairá da condição periférico.

Ouvir a nós profissionais do "Chão de Escola", irá dar as pistas para um pacto pela educação de qualidade.

A política faz parte do processo educacional, porém não partidarizar os espaços escolares com siglas e tendências político-partidárias é garantir a democracia e diversidade.

Um dos fatores de atraso é certos segmentos partidários quererem instrumentalizar o espaço escolar, isto fortalece as iniciativas conservadoras.

Recentemente, soubemos de um caso de uma equipe diretiva que colocou limites em um Grêmio Escolar, este dirigido por presidente de partido de esquerda, criou uma Fake News que um dos dirigentes fazia assédio sexual as estudantes.  Detalhe, o acusado tem histórico de ser conservador nos costumes e nenhum contado com os discentes que não seja em ambiente coletivo e mantendo distanciamento destes.

Como vemos os problemas da educação passam pelos campos econômico, social, cultural, ideológico, de costumes.....

O princípio das soluções é o projeto que queremos de país, os demais são construções anexas.

CONVITE AO DEBATE