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sábado, fevereiro 29, 2020

15 FAKE NEWS MAIS COMPARTILHADAS SOBRE O CORONAVÍRUS

Passageiro usa máscara para evitar contágio com vírus no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde um caso foi confirmado
O Ministério da Saúde criou um número de WhatsApp, (61) 99289-4640, para receber “informações virais” sobre coronavírus, que serão analisadas pelos técnicos do governo federal. Desde o início da divulgação dos casos da doença pelo mundo, foram recebidas 6.500 mensagens, das quais 90% eram relacionadas à nova doença. Dessas, 85% eram falsas. No site do ministério, as informações ganham um selo de fake news ou notícia verdadeira.
Na próxima semana, será lançado o aplicativo “Coronavírus SUS”, com dicas, telefones e a possibilidade de encontrar a unidade de saúde mais próxima. Também contará com um pequeno questionário, perguntando, por exemplo, se a pessoa tem febre ou veio de um país com transmissão do vírus. Isso servirá para dizer se a pessoa se enquadra como caso suspeito ou não.
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Já a Polícia Civil do Rio anunciou ontem que a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) investigará autores de fake news que disseminam mensagens no estado.
— Infelizmente, em períodos de crise, algumas pessoas se aproveitam para difundir notícias falsas, provocando pânico ou tumulto na população — afirmou Delmir Gouvea, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada. — Esse fato é tipificado criminalmente, é contravenção penal. A Polícia Civil já está atuando neste momento, fazendo pesquisa em redes abertas, e se precisar até em outras, com mandado judicial, para impedir que pessoas venham a praticar atos criminosos num momento tão delicado como esse.
Ministério da Saúde criou WhatsApp para receber mensagens e conferir selo
Ministério da Saúde criou WhatsApp para receber mensagens e conferir selo Foto: Reprodução / Ministério da Saúde
Muitas das notícias falsas, algumas propagadas em forma de vídeo de supostos cientistas e pesquisadores, se referem a formas equivocadas de prevenção e cura da doença. O Ministério da Saúde adverte que não há vitaminas, medicamentos específicos, óleos essenciais ou vacinas que curem o coronavírus.
O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, informou ontem que a suspeita de coronavírus foi descartada em dois turistas franceses que foram internados em Paraty, na Costa Verde. Segundo o secretário, 17 casos ainda estão sob suspeita no estado — 19 informados pelo Ministério da Saúde menos as duas suspeitas envolvendo os franceses.
Na abertura da entrevista coletiva na tarde desta sexta, o secretário da Casa Civil, André Moura, alertou para a importância de a população se informar com cautela sobre o vírus:
— Estamos vivendo uma onda de verdadeiras fake news sobre o coronavírus — observou.
O Brasil tem 182 casos suspeitos de coronavírus, de acordo com o boletim sobre o Covid-19 divulgado ontem pelo Ministério da Saúde. O levantamento aponta ainda que 71 suspeitas foram descartadas. Até agora há apenas um caso confirmado, de um brasileiro de 61 anos que esteve na Itália e está em quarentena dentro da própria casa.
Igreja Católica suspende aperto de mão
A Diocese de Nova Iguaçu, na Baixada, recomendou que, nas missas, sejam suspensos os apertos de mão e os abraços na entrada dos fiéis. A lista de orientações inclui a higienização das mãos dos celebrantes da comunhão, evitar o gesto de dar as mãos durante a oração do Pai Nosso; a supressão do abraço de paz, e que a hóstia seja recebida nas mãos pelos fiéis, e não diretamente na boca.
A inteção das medidas, propagadas por diversas arquidioceses e dioceses da Igreja Católica no país, visam evitar contágio do coronavírus durante as celebrações.
A Arquidiocese do Rio recomenda também que as paróquias disponibilizem recipientes de álcool gel para que os celebrantes higienizem bem suas mãos.

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