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sexta-feira, dezembro 17, 2021

WASHINGTON REIS ATÉ QUANDO? ATÉ QUANDO A NECROPOLÍTICA NA BAIXADA FLUMINENSE?

 QUANDO A NECROPOLÍTICA NA BAIXADA FLUMINESE?




A escolha do personagem deste texto, foi nos critérios: Importância Geopolítica do Município, Produto Interno Bruto (PIB) da cidade, Força Eleitoral Local, Regional e Nacional, somada a marca de cidade com maior volume de notícias ligadas à destruição do tecido social, da urbanidade e dos marcos civilizatórios, ou seja, a necropolítica em sua expressão mais cruel.

Assim, ao fazer o Raio X, preliminar, o autor busca provocar nos setores liberais, socialistas e progressistas, uma reflexão sobre a importância de darmos um salto para uma evolução estrutural e infraestrutural das cidades brasileiras.

A Baixada Fluminense tem sido palco de horrorosas administrações públicas, frutos de uma construção histórica baseada na exploração da mão-de-obra, exploração da fé, violência e clientelismo.

Com 4,5 milhões de habitantes e 2 milhões de eleitores, se há um lugar no Brasil que não tem como demonizar progressistas e políticos de esquerda, esta é a região, pois, sempre foi dirigida por oligarquias da direita.

O personagem que dá título a este artigo, podemos considerar o protótipo bem acabado do exemplo desta oligarquia da direita fluminense.

Começou como vereador na região de Xerém, onde pelo menos 65% são pessoas frequentadoras de Igrejas neopentecostais, talvez o lugar com o maior número de Igrejas por metro quadrado, o que não impede o território de todos os tipos de violência.

Washington Reis fez sua trajetória com frases do tipo “Gosto mais de sua mãe que da minha!” ou “É melhor puxar-saco que puxar carroça!”.

Nesta tática, colou primeiro com Zito, ex-prefeito de Duque de Caxias/RJ, hoje seu arqui-inimigo, sendo depois deputado estadual e vice-prefeito do “Rei da Baixada”, depois do rompimento colou com Jorge Picciani, o Capo do Grupo, operado por Sérgio Cabral, hoje presidiário, como o foi Picciani.

Ao galgar no grupo, postos de confiança, conseguiu o financiamento necessário, para se tornar Prefeito de Duque de Caxias.

Com a vitória para seu primeiro mandato, teve Sérgio Cabral e Lula, jogando ambos, dinheiro e obras na cidade.

Contudo, não contava, na tentativa de reeleição, com o recall positivo de Zito que ao vencê-lo, trouxe o ódio do grupo de Sérgio Cabral e associados ao MDB que o desconstruiu no Golpe do Lixo de 2012, o que possibilitou a eleição de Alexandre Cardoso, também aliado de Sérgio Cabral, tendo Washington Reis, ficado em segundo na disputa de 2012, e derrotando, com o plano B do grupo Cabral (Alexandre Cardoso) no Golpe do Lixo, o outrora “Rei da Baixada”.

O governo de Alexandre Cardoso, hoje, aliado de Washington Reis, foi um desastre, tendo ele nem disputado a reeleição, fazendo Washington Reis voltar à Prefeitura para um segundo mandato, quando ocupava o cargo de 2° Vice-Presidente Nacional do MDB. Washington, naquele mesmo ano de 2016, como deputado federal, foi o primeiro a votar no Golpe na Presidente Dilma Roussef, porque ganhara de Cunha a poderosa Comissão de Transportes da Câmara, área que já atuava, desde os tempos de Picciani, na ALERJ, como Presidente da Comissão da FETRANSPOR, poderoso cartel do oligopólio de transportes que atua no Estado do Rio de Janeiro.

Em sua trajetória, com uma Prefeitura Bilionária, renda per capta de 540 reais, baixa participação cidadã, nenhuma imprensa local com permanente influência, muito ópio religioso e cultura da violência, usa a estrutura desta cidade para formar alianças que vão de Renan Calheiros, Temer, Bolsonaro a Lula.

O resultado é o caos nos serviços públicos, folhas de Boletim de Ocorrência e Ações dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, bem como da Defensoria Pública.

Sentenças julgadas e transitadas até mesmo no STF, estão há 6 anos engavetadas, algo que nenhum outro político do Brasil graça este privilegio na mais alta corte.

Enfim, a cidade de Duque de Caxias/RJ, com um PIB de Inglaterra e condições do país africano Gana, vive o INGANA, arrecadação de Inglaterra e vida de país africano paupérrimo.

A formalização da necropolítica, legitimada pelas instituições que deveriam parar seu agente principal, o atual prefeito, pelos atos inventados de postergação de sentenças transitados e julgados, beirando a desmoralização das instituições, gera um vale-tudo na disputa, manutenção do poder; uma corrupção endêmica, assassinatos políticos e perseguição de adversários da oposição.

Além destas mazelas, o nepotismo, o patrimonialismo, a eleição de familiares para mandatos legislativos, demonstra cabalmente o atraso em uma cidade que pela sua proximidade com a capital, a cidade do Rio de Janeiro, deveria ter uma estrutura de primeiro mundo, mas, decadente, se aproxima a um Haiti.

Assim, personagens como o deste artigo, ficam navegando nestas águas poluídas entre o Rio Merití até a APA de Petrópolis.

Enquanto o arranjo político deste mosaico de interesses escusos permanecer nas instituições, representações destas, sem o eleitor despertar, e colocar pessoas com espírito republicano, visão vanguardista, olhar cosmopolita e não provinciana, nada mudará nas cidades da Baixada Fluminense, nem nas demais províncias espalhadas pelo Brasil.

Fonte: https://www.portalb.com.br/washington-reis-ate-quando-ate-quando-a-necropolitica-na-baixada-fluminense/   , 05/11/2021

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