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quinta-feira, junho 23, 2016

Golpe já prende até jornalistas

Batizada de “Custo Brasil”, a 31ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada após reunião do Ministro da Justiça do governo golpista de Temer com Moro, envolveu o diretor do site Brasil 247, Leonardo Attuch.
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O diretor do site Brasil 247, Leonardo Attuch. Na manhã desta quinta-feira, 23, o jornalista foi levado para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo.
Attuch chegou a divulgar nota em que nega participação em esquemas fraudulentos. Em relação aos valores mencionados que teria recebido por supostos envolvidos na lava-jato, ele garantiu que foram decorrência de pagamento feito pelo irmão do lobista, o empresário José Adolfo, para “produção de conteúdo sobre o setor de engenharia”. Ao comentar a postura editorial adotada pelo 247, o jornalista afirmou que o site sob sua direção seguiria “pautando-se sempre pela independência, pela pluralidade e pela defesa das empresas brasileiras e dos interesses nacionais”.
A delação de Pascowitch, porém, não foi a primeira vez em que Attuch teve seu nome relacionado à Polícia Federal. Em outubro de 2014, a coluna de Augusto Nunes na Veja.com publicou que o diretor do 247 surgia como possível personagem de dinheiro a ser distribuído pelo doleiro Alberto Yousseff. À época, em ação de mandado de busca e apreensão na casa de Yousseff, a PF encontrou pedaço de papel com a mensagem “Leonardo Attuch – 6x 40.000”. O jornalista do Brasil 247 definiu a situação de dois anos atrás como calúnia e chegou a divulgar que iria processar o colunista da Veja.
Estranhamente nenhum editorial da imprensa que recebe bilhões de reais do governo federal, como o grupo Globo, grupo Bandeirantes, SBT, Record, Veja e outros favoráveis ao golpe jurídico-parlamentar, se calaram com o tratamento intimidatório dado ao jornalista. A pergunta que fica é: Se fosse um jornalista figurão da Rede Globo levado para a polícia federal para esclarecer os bilhões que a Vênus Platinada recebe dos governos estaduais e federal, bem como do BNDES, e a presidente fosse a golpeada Dilma Roussef, estariam agora dizendo que era ditadura bolivariana?

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