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domingo, agosto 09, 2020

BAIXADA FLUMINENSE É A COLÔNIA DA METRÓPOLE CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Uma das características da péssima qualidade de governança no Estado do Rio de Janeiro, foi a péssima fusão do antigo Estado do Rio de Janeiro com o Estado da Guanabara.
O fato é que a ditadura empresarial-militar em 1975, juntou um Estado Rural (Fluminense) com uma cidade cosmopolitana(Carioca),sem planejamento e construção de aparelhos de governança eficientes.
O fruto desta fusão a fórceps, mostra-se em todas as áreas e acabou depauperando o próprio município da cidade do Rio de Janeiro.
Esvaziamento econômico, decadência moral, política, crescimento do fundamentalismo religioso, fenômeno do narcoevangelismo.
No campo da política, a relação é desproporcional entre o antigo Estado do Rio e a capital.
Vemos uma relação Metrópole e Colônia entre os atores da cidade maravilhosa e demais cidades do Estado.
Colonização mercantilista: a ocupação efetiva das terras ...
Contudo, nada é mais escancarado do que no campo político esta relação.
Não há lideranças com autoridade política, por exemplo, na Baixada Fluminense, são associados todos em organizações políticas comandadas por líderes da capital.
A relação de vassalagem, puxa-saquismo e o uso de mandatários da Baixada Fluminense é escancarado.
Recentemente o corrupto senador Flávio Bolsonaro, foi recepcionado pelos seus pares corruptos de Duque de Caxias, Japeri e Belford Roxo. Isto mostra, a relação conservadora entre Metrópole X Colônia.
E no campo democrático-popular?
A relação é a mesma, porém, mais atrasada, os partidos do campo democrático-popular, ou cedem suas legendas como barriga de aluguel das oligarquias da Baixada Fluminense, ou tratam seus militantes como lumpesinato. Os poucos dirigentes que se destacam em partidos do campo democrático-popular que vão para suas direções regionais ou nacionais, sucumbem a esta cultura de Metrópole X Colônia.
Ter consciência de classe e de território é fundamental para o desenvolvimento da Baixada Fluminense.
Seja no campo democrático-popular, seja na pequena-burguesia local.
Ter identidade, amor a ela e relação com seu território, gera investimento neste território.
Se não assumir-se como morador da Baixada Fluminense, cortar seu cordão umbilical e serviçal aos interesses que venham da capital, a região permanecerá no atraso secular.

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