Que o golpe militar de 1964, além de manter os interesses norte-americanos no Brasil e sufocar uma geração inteira intelectualmente, destruiu a educação brasileira e a escola pública a dividiu em três tipos de Escola Pública, a padrão Pedro II. CEFET, CAP Universitários que são padrão FIFA e as públicas estaduais e municipais que conforme orçamentos fingem que ensinam e que serão possibilidades de mobilidade social.
Tudo isto escrevo a partir da militância que trago como profissional da educação.
Cid Gomes - Futuro Ministro da Educação
O Futuro Ministro da Educação do governo Dilma Rousseff é formado em Engenharia Civil e não consta em seu curriculum experiência na área educacional. Já criou polêmica, antes da posse, ao afirmar que irá reformar o ensino médio, propondo que os alunos escolham as disciplinas que tenham mais aptidão para estudar e que deixem de lado as demais. Como neo-educador em função estratégica para o tema, o indicado produz algo que seu Estado é grande celeiro, humor.
Os profissionais da área de educação, sabem que no Brasil de hoje, se produz números e estatísticas que maquiam a dura realidade dos filhos pobres do país.
Fingem os governos que se ensina e fingem os estudantes que estudam. Reprovação virou problema psico-social e, assim, mesmo sem saber os conteúdos mínimos exigidos as escolas devem fazer a promoção automática. Obviamente, os filhos e parentes diretos de Cid Gomes, Dilma Rousseff, Lula, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e membros da pior elite planetária, não viverão esta fórmula e métodos educacionais, pois, frequentam as mais caras escolas da rede privada onde o mérito, o acúmulo de saberes e o cumprimento de regras deverão ser cumpridos para se obter sucesso escolar.
Voltando a afirmativa de meu parente, do início deste texto, sobre suas expectativas em relação a educação em tempos de governo de esquerda e possível massificação ideológica, a receita de quem nos governa é menos trabalhosa e dá mais resultado. Destrói-se a possibilidade de apoderamento de saberes por parte da população pobre, as condena a eterna ignorância, os vicia em sub-empregos com péssimos salários e os faz acreditar que possuem diplomas com qualidade. Assim, prosperam o clientelismo, a corrupção, a compra de votos e o famoso jeitinho brasileiro, mesmo que o preço seja de um país de PIBão e um IDHzinho. E o futuro Ministro poderá fazer piada com suas viagens milionárias, regadas com buffet de reis.
* Samuel Maia - Professor da Rede Pública
Mestre em História Social
