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quarta-feira, dezembro 28, 2022

13 medidas emergenciais para educação que Lula deve adotar no início do mandato



Merenda escolar, recuperação da aprendizagem pós-pandemia, novo Enem e retomada da inclusão nas universidades estão entre as prioridades do novo governo, segundo membros da equipe de transição. "Desde o início do governo Bolsonaro, a política de educação foi negligenciada, tratada como instrumento para a guerra cultural e com aparelhamento ideológico. Trocas de ministros, denúncias de corrupção, crises na oferta dos serviços públicos foram a tônica."

Assim começa o capítulo sobre educação do relatório final produzido pela equipe de transição do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "De 2019 a 2022, o Ministério da Educação (MEC) e suas autarquias sofreram retrocessos institucionais, orçamentários e normativos, observando-se falta de planejamento; descontinuidade de políticas relevantes; desarticulação com os sistemas de ensino estaduais e municipais e da rede federal de ensino; incapacidade de execução orçamentária; e omissões perante os desafios educacionais", segue o documento. Entre essas prioridades, segundo membros da equipe de transição, estão a alimentação escolar, recuperação da aprendizagem pós-pandemia, implementação do novo Ensino Médio e do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) — que deverá passar por mudanças em 2024.

A compra de livros didáticos — atrasada pelo atual governo —, retomada dos espaços de participação social na definição das políticas de educação, e retomada de políticas para a primeira infância, alfabetização e valorização dos professores também estão entre as medidas urgentes a serem adotadas, segundo os especialistas.No Ensino Superior, a retomada da inclusão de grupos historicamente desfavorecidos nas universidades e a revisão dos valores das bolsas de pesquisa estão na ordem do dia. "Desde a creche, até a pós-graduação, o governo Lula vai ter problemas a resolver", diz Heleno Araújo, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e membro da equipe de transição. 

01) Alimentação escolar; Em 15 de dezembro, o Congresso derrubou veto de Bolsonaro que impedia aumento de repasse à merenda, abrindo caminho para que o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) receba ao menos R$ 1,5 bilhão a mais em 2023, totalizando R$ 5,5 bilhões. 

02) Recuperação do aprendizado pós-pandemia Segundo o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), os alunos em etapa de alfabetização foram os mais prejudicados pela pandemia.

Conforme informação  publicada em setembro deste ano, a parcela de crianças que ainda não sabem ler e escrever ao fim do segundo ano do fundamental mais do que dobrou entre 2019 e 2021, de 15% para 34%. 

03) Novo Ensino Médio e novo Enem. Ou revoga, ou volta com os núcleos comuns das disciplinas, ou faz o ENEM sem as disciplinas do núcleo comum. O que não dá é para ampliar a desigualdade entre escola pública e privada, para enriquecer os proprietários de escola privada. 

04) Compra de livros didáticos. Outro problema que precisará ser resolvido ainda no início de mandato é que o governo Jair Bolsonaro deixou de comprar parte do material que integra o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2023.  

5) Primeira infância, uma abordagem intersetorial. Outra ação prioritária do novo governo, segundo Costin, será tratar da primeira infância, faixa etária historicamente deficitária em vagas na educação pública.

O Instituto Rui Barbosa, organização ligada aos Tribunais de Contas dos Estados, estima que o Brasil precisaria criar pelo menos 3,4 milhões de vagas na educação infantil para cumprir as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE).

Por essas metas, todas as crianças de 4 e 5 anos deveriam estar na pré-escola até 2016 e 50% dos pequenos de 0 a 3 anos deveriam ter acesso à creche até 2024. 

6) Alfabetização .  Ouvir casos exitosos de alfabetização devem ser estudados. O chão da Escola conhece a realidade. 

7) Valorização do professor 10 salários mínimos do piso nacional, com Plano de Cargos e Salários em carga horária de 40 horas semanais, com Dedicação exclusiva, deve ser o início desta valorização.

8) Participação social . Cumprir-se o artigo 206 da Constituição Federal e os Artigos 15 e 16 da LDB, com reuniões setoriais e permanentes da Comunidade Escola. Isto é uma gestão democrática com Controle e Transparência. 

09) Retomada da inclusão nas universidades

No Ensino Superior, além da recomposição do orçamento e fim da guerra ideológica entre MEC e universidades, outra prioridade do novo governo será a retomada das políticas de inclusão de grupos historicamente excluídos dessa etapa do ensino.

Um desafio para isso será recuperar o interesse dos jovens pelo Ensino Superior — desde 2016, o número de inscritos no Enem, principal porta de entrada para as universidades, tem caído ano após ano, recuando de 8,6 milhões naquele ano, para apenas 3,4 milhões em 2022.

A proporção de pretos e pardos entre os inscritos também tem diminuído, de 58% em 2019 para 51,8% em 2021, segundo o estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

10) Revisão de valores das bolsas de pesquisa

Outra prioridade nas políticas para o Ensino Superior, segundo Costin, será o reajuste das bolsas de pesquisa científica.

Segundo a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), as bolsas não são reajustadas desde 2013, e pagam atualmente R$ 1.500 (mestrado) e R$ 2.200 (doutorado), quando deveriam estar em R$ 2.600 e R$ 3.800, respectivamente, em valores atualizados. 

11) Implantação da Educação Integral . É fundamental colocar 100% dos alunos(as) em tempo integral nas Unidades Escolares. 

12) Escolas como Polos de Cultura e Esporte  Nos finais de semana, a Unidade Escolar ser o polo propagador de Culturas e Esportes. 

13) Concursos Públicos.   A carreira de profissional de educação, deve ser de Estado, no mesmo patamar dos Auditores Fiscais.

Einstein, Spinoza e Deus

 Você sabia que quando Einstein deu uma conferência em várias universidades dos EUA, a pergunta recorrente que os alunos fizeram foi:




- Você acredita em Deus?
E ele sempre respondia:
Eu acredito no Deus de Spinoza.
Quem não leu Spinoza não entendia a resposta.
Baruch De Spinoza foi um filósofo holandês considerado um dos três grandes racionalistas do século da filosofia, junto com o francês Descartes.
Este é o Deus ou a natureza de Spinoza:
Deus teria dito:
“Pare de ficar rezando e batendo no peito! O que quero que faça é que saia pelo mundo e desfrute a vida. Quero que goze, cante, divirta-se e aproveite tudo o que fiz pra você.
Pare de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que você mesmo construiu e acredita ser a minha casa! Minha casa são as montanhas, os bosques, os rios, os lagos, as praias, onde vivo e expresso Amor por você.
Pare de me culpar pela sua vida miserável! Eu nunca disse que há algo mau em você, que é um pecador ou que sua sexualidade seja algo ruim. O sexo é um presente que lhe dei e com o qual você pode expressar amor, êxtase, alegria. Assim, não me culpe por tudo o que o fizeram crer.
Pare de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo! Se não pode me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de seus amigos, nos olhos de seu filhinho, não me encontrará em nenhum livro.
Confie em mim e deixe de me dirigir pedidos! Você vai me dizer como fazer meu trabalho?
Pare de ter medo de mim! Eu não o julgo, nem o critico, nem me irrito, nem o incomodo, nem o castigo. Eu sou puro Amor.
Pare de me pedir perdão! Não há nada a perdoar. Se eu o fiz, eu é que o enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpá-lo se responde a algo que eu pus em você? Como posso castigá-lo por ser como é, se eu o fiz?
Crê que eu poderia criar um lugar para queimar todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que Deus faria isso? Esqueça qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei, que são artimanhas para manipulá-lo, para controlá-lo, que só geram culpa em você!
Respeite seu próximo e não faça ao outro o que não queira para você! Preste atenção na sua vida, que seu estado de alerta seja seu guia!
Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é só o que há aqui e agora, e só de que você precisa.
Eu o fiz absolutamente livre. Não há prêmios, nem castigos. Não há pecados, nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Você é absolutamente livre para fazer da sua vida um céu ou um inferno.
Não lhe poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso lhe dar um conselho: Viva como se não o houvesse, como se esta fosse sua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não houver nada, você terá usufruído da oportunidade que lhe dei.
E, se houver, tenha certeza de que não vou perguntar se você foi comportado ou não. Vou perguntar se você gostou, se se divertiu, do que mais gostou, o que aprendeu.
Pare de crer em mim! Crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que você acredite em mim, quero que me sinta em você. Quero que me sinta em você quando beija sua amada, quando agasalha sua filhinha, quando acaricia seu cachorro, quando toma banho de mar.
Pare de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra você acredita que eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Você se sente grato? Demonstre-o cuidando de você, da sua saúde, das suas relações, do mundo. Sente-se olhado, surpreendido? Expresse sua alegria! Esse é um jeito de me louvar.
Pare de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que o ensinaram sobre mim! A única certeza é que você está aqui, que está vivo e que este mundo está cheio de maravilhas.
Para que precisa de mais milagres? Para que tantas explicações? Não me procure fora. Não me achará. Procure-me dentro de você. É aí que estou, batendo em você.”

20 Livros de filosofia que você precisa conhecer

Talvez você tenha vindo parar aqui não por vontade própria. Filosofia costuma ser um tópico encarado de forma chata, entediante e complicada. E não é nada disso!

Se pensarmos na filosofia apenas como o ato de pensar, já fazemos isso diariamente sem perceber. O que tem aí fora no mundo, como eu fico sabendo das coisas e como eu ajo (ou deveria reagir) em relação a essas coisas: pronto, são esses três dos pilares filosóficos (metafísica, epistemologia e ética) que estão presentes na nossa rotina diária. 

E então, gostando você ou não de filosofia, esperamos que esta lista de 20 livros sobre o assunto possa gerar algum interesse. Ou, se já gosta, que termine esse artigo gostando ainda mais (e indicando para amigas e amigos). 

Livros de filosofia para iniciantes

Você já sabe que gosta de filosofia, só não sabe por onde começar. Não tem problema: a gente te indica livros que são perfeitos para quem está ainda tateando esse assunto tão fascinante.

1. Convite à filosofia, de Marilena Chaui

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Perfeito para uma aproximação inicial com essa arte de saber. É uma leitura fácil, gostosa e com atividades didáticas ao final de cada capítulo que auxiliam muito no aprendizado. Uma ferramenta poderosa para aprender filosofia por si mesmo!

Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil, então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes que os seres humanos são capazes.

Marilena Chaui 

2. 50 ideias de filosofia que você precisa conhecer, de Ben Dupré

livros de filosofia

O título já denuncia o conteúdo: nada é aprofundado nesse livro, mas se você quer ter uma ideia sintetizada de conceitos sobre ética, ciência, arte, política, sociedade, e outros: é uma ótima escolha. Dá para ler um capítulo por dia (são apenas 4 páginas para cada) e aprender um pouco de cada coisa. Muito prático.  

livros de filosofia

Resistimos à invasão dos exércitos; não resistimos à invasão das ideias.

Ben Dupré

3. Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom

Irvin D. Yalom

Desespero, medos, conflitos interiores e traumas do passado são os sentimentos discutidos nesse livro que simula conversas entre o famoso filósofo alemão e grande psicanalista austríaco. Nietzsche vai parar no divã e nós, leitores, podemos nos deliciar com essa mistura de ficção e realidade que traz muito conhecimento filosófico.

- Não sei curar o desespero, doutor Breuer. Limito-me a estudá-lo. O desespero é o preço pago pela auto-consciência. Olhe profundamente para dentro da vida e vai sempre encontrar o desespero.

- Sei disso professor Nietzsche, e não espero uma cura, mas simplesmente um alívio. Quero que me aconselhe. Quero que me mostre como suportar uma vida de desespero.

Irvin D. Yalom

4. O Livro da Filosofia, vários autores

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Mais mastigadinho, impossível. Um livro editado de forma colorida, ilustrada, simples e funcional. Faz uma linha do tempo das principais linhagens filosóficas, autores, ideias e citações. É um desses livros que fica bem na estante, e não só: uma guia prático de consulta sobre filosofia para aqueles instantes de curiosidade.

5. Nietzsche para Estressados, de Allan Percy

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O autor aqui pega grandes frases de Nietzsche, conceitos relevantes da sua carreira, e explica de forma atual e prática, com exemplos do dia a dia de qualquer pessoa. Por vezes recorre a outros pensadores como Buda, Platão, Proust… E essa mistureba dá uma salada filosófica interessante e fácil de digerir.

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O problema do amor é que muitos o confundem com uma gastrite e, quando se curam da indisposição, percebem que estão casados.

Allan Percy

Livros para quem AMA filosofia

Certo, então você já é uma pessoa ligada em filosofia, já leu algo sobre, e está buscando novas indicações. Selecionamos algumas obras que estão em um patamar mais profundo dessa matéria, e que vão exigir todo o seu amor pela arte de pensar.

6. História da Filosofia Ocidental, de Bertrand Russell

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Um livro interessante, fácil, e que faz um balanço geral da filosofia, desde a época dos gregos até hoje. Ele tenta relacionar teorias filosóficas diversas com o nosso cotidiano. A linguagem não é super leve e divertida, mas se busca uma abordagem mais aprofundada, e ainda assim acessível, Russel fez um ótimo trabalho.

Assim, para recapitular a nossa discussão do valor da filosofia: a filosofia é de estudar não por causa de quaisquer respostas definitivas às suas questões, dado que nenhumas respostas definitivas podem, em regra, ser conhecidas como verdadeiras, mas antes por causa das próprias questões; porque estas questões alargam a nossa concepção do que é possível, enriquecem a nossa imaginação intelectual e diminuem a confiança dogmática que fecham a mente contra a especulação; mas acima de tudo porque, através da grandeza do universo que a filosofia contempla, a mente também se torna grandiosa, e torna-se capaz dessa união com o universo que constitui o seu bem maior.

Bertrand Russell

7. A sociedade do espetáculo, de Guy Debord

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Um dos livros mais importantes do último século para quem se interessa em pensar sobre como consumimos, vivemos, o papel da mídia, as aparências, etc. É desses livros que dão um tapa na cara da gente e impede que vejamos o mundo da mesma maneira que antes. Necessário!

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Toda a vida das sociedades em que dominam as condições modernas de produção aparece como uma imensa acumulação de espetáculos.

Guy Debord

8. Uma Breve História Da Filosofia, de Nigel Warburton

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Uma jornada histórica pelo mundo da filosofia que viaja mais de dois mil anos no tempo para trazer ao leitor as principais ideias dessa arte de pensar. É um livro curto, didático, divertido e descomplicado: perfeito para quem encara a filosofia como um prazer!

Sócrates adorava revelar os limites do que as pessoas entendiam genuinamente, bem como questionar as suposições que serviam de base para suas vidas. Para ele, era um sucesso quando uma conversa chegava ao fim e as pessoas percebiam o quão pouco sabiam. Algo muito melhor do que continuarmos acreditando que entendemos algo quando na verdade não entendemos.

Nigel Warburton

9. Memórias Do Subsolo, de Fiodor Dostoiévski

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Um livro curto que cabe muitas coisas! É quase um diário do narrador sobre como ele encara a vida e seus desabafos. Enquanto conversa consigo mesmo e relembra memórias, vamos aprendendo com Dostoiévski a complicada essência do ser humano.

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Todo homem decente de nossa época é e deve ser covarde e escravo. É a sua condição normal.

Fiodor Dostoiévski

10. Introdução Ao Pensamento Complexo, de Edgar Morin

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Trata do desenvolvimento do pensamento. O autor diz que não há como compreender o mundo de forma simples e, usando metáforas e outras abordagem, clama por abordagens (científicas, políticas, sociais, etc.) mais complexas. Não é o livro mais fácil do mundo, mas se você realmente ama filosofia, é um prato cheio.

O pensamento simplificador é incapaz de conceber a conjunção do uno e do múltiplo (unital multiplex). Ou ele unifica abstratamente ao anular a diversidade, ou, ao contrário, justapõe a diversidade sem conceber a unidade.

Edgar Morin

Os melhores e mais lidos livros de filosofia

Todo tipo de livro tem os seus destaques e clássicos. E eles não chegam nesse lugar à toa: nesta lista você vai encontrar títulos consagrados de filosofia que, se você não leu ainda, está na hora de colocar na lista de obrigatórios.

11. O Mundo De Sofia, De Jostein Gaarder

livro de filosofia

Gosta de romance? De aventura? De mistério? Então você vai se apaixonar pelo Mundo de Sofia. Um livro que todo mundo deveria ter na estante, pois conta a trajetória dos principais filósofos da humanidade de forma apaixonante.

A protagonista é uma adolescente que recebe cartas com perguntas filosóficas intrigante e, conforme busca as respostas, vai nos ensinando muito em contato com o seu misterioso correspondente. Simplesmente maravilhoso!

livros de filosofia

Tudo depende do tipo de lente que você utiliza para ver as coisas.

Jostein Gaarder

12. Assim Falou Zaratustra, de Friedrich Nietzsche

livros de filosofia

Se o título já apresenta um nome complicado, o conteúdo não é diferente. É um livro que merece ser lido, relido e estudado, pois talvez seja o livro mais ambicioso de Nietzsche. Mistura prosa e poesia e merece ser lido com calma e respiração profunda de um capítulo a outro. É mesmo para quem ama pensar.

O homem é uma corda esticada entre o animal e o super-homem: uma corda por cima do abismo; perigosa travessia. Perigoso caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso parar e tremer.  

Friedrich Nietzsche

13. Crítica da Razão Pura, de Immanuel Kant

livros de filosofia

A filosofia divide-se em antes e depois da crítica nesta que é a principal obra de Kant. O livro traz reflexões sobre os embates entre a experiência e a racionalidade, sobre “verdades absolutas” que na verdade não existem, e é mesmo para dar um nó no que a gente já ouviu falar sobre conhecimento. Cabe a você aceitar o desafio de desentrelaçar tudo.

Não é possível aprender qualquer filosofia [...] só é possível aprender a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão, fazendo-a seguir os seus princípios universais em certas tentativas filosóficas já existentes, mas sempre reservando à razão o direito de investigar aqueles princípios até mesmo em suas fontes, confirmando-os ou rejeitando-os.

Immanuel Kant

14. A Utopia, de Thomas More

livros de filosofia

Ideias platônicas rondam esse clássico da filosofia onde entramos na viagem de Rafael Hitlodeu por uma ilha que poderia ser uma nação contemporânea. Por ter muitos diálogos, mesclar fantasia e realidade e criar uma narrativa interessante, é um livro de séculos que pode ser lido com facilidade hoje em dia. É virar as páginas e mergulhar em um mundo de interpretações.

livros de filosofia

Os homens quando recebem um mal escrevem no mármore, mas um bem escrevem na poeira.

Thomas More

15. Ética a NiCômaco, de Aristóteles

livros de filosofia

Se você já ouviu falar em ética aristotélica, foi desse livro que saiu. Um clássico que confronta justiça e injustiça e traça uma trajetória pelo qual nós, como seres humanos, poderíamos ser éticos e alcançar a felicidade. Outro livro incontornável para quem ama pensar.

Quanto à vida consagrada ao ganho, é uma vida forçada, e a riqueza não é evidentemente o bem que procuramos: é algo de útil, nada mais, e ambicionado no interesse de outra coisa.

Aristóteles

Livros de filosofia que podem mudar a sua vida

Talvez você esteja procurando algo mais inspirador e motivacional. Algo que te faça pensar e, ao mesmo tempo, possa te dar um “insight” capaz de mudar o seu cotidiano e, quem sabe, até a sua vida. Os livros abaixo são a indicação para você que busca uma mudança significativa na forma de encarar o mundo.

16. Aprendendo a Viver, de Sêneca

livros de filosofia

Um homem que viveu há dois mil anos mas que dá dicas através de epístolas (cartas) que poderiam ter sido escritas hoje. Neste livro o filósofo romano fala sobre conduta moral e formas de buscar felicidade através do conhecimento. Curto, simples, prático e maravilhoso.

Não acredites que um homem possa ser feliz se a sua estabilidade depende de sua fortuna. Apoia-se em bases frágeis quem faz sua felicidade depender de elementos externos. Toda alegria que assim surge logo se vai; no entanto, aquela que vem do interior é firme e sólida. Ela cresce e nos acompanha até o final.

Sêneca

17. O Livro das Virtudes, de William J. Bennet

livros de filosofia

Trabalho, coragem, perseverança, honestidade, lealdade, fé, compaixão, disciplina, amizade e responsabilidade são trabalhadas nesse livro que junta de forma encantadora histórias, contos, fábulas, de várias épocas e autores. É para ler com calma, um pouco por vez, e aprender muito.

livros de filosofia

Na disciplina, o indivíduo se torna discípulo de si mesmo. É seu próprio professor, treinador, técnico e orientador.

William J. Bennet

18. Por que fazemos o que fazemos, de Mario Sergio Cortella

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Todos temos conflitos pessoais em relação ao que fazemos profissionalmente. Neste livro, um dos filósofos contemporâneos mais populares do Brasil desembaraça reflexões acerca dessas (des)motivações para tentar ajudar o leitor a encontrar o seu caminho como profissional e pessoa.

O perigo é quando a rotina deixa de ser algo que me prepara para melhor para aquilo que estou fazendo e passa a ser algo no qual eu não presto mais atenção. […] Isto é, quando a repetibilidade se torna automatismo. Há uma diferença entre a rotina, na qual eu faço uma atividade notando a sequência correta e a completo, e a monotonia, em que a faço sem perceber. Nessa hora, a motivação falece. Seja qual for a profissão.

Mario Sergio Cortella

19. O Dia Em Que Sócrates Vestiu Jeans, de Lucy Eyre

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Um romance original (a começar pelo título) que envolve ideias de Sócrates, o pai da filosofia ocidental, e leva o leitor por uma viagem através de um personagem adolescente que vai parar em um mundo paralelo e descobre como a filosofia é importante para sua vida. É para aprender se divertindo.

livros de filosofia

Era, com certeza, preferível uma pessoa ter consciência da sua falta de conhecimento e aprender, a viver ignorante até da dimensão da sua própria ignorância.

Lucy Eyre

20. A Condição Humana, de Hannah Arendt

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Uma das filósofas mais geniais da atualidade, Hannah reflete neste livro sobre o trabalho, sobre o efeito de vita activa, que para ela é responsável pelas atividades fundamentais da vida. Uma obra necessária para pensar a nossa condição como pessoas na era moderna e contemporânea.

Mas essa nova mundanidade, resultado e único final possíveis de um caso de amor, é, num certo sentido, o final de um amor, que deve superar novamente os padrões ou ser transformado em outro modo de estar juntos. O amor por sua natureza não é mundano, e é por isso — não por raridade — que é não apenas apolítico, mas antipolítico, talvez a mais poderosa de todas as forças antipolíticas humanas.

Hannah Arendt

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