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sexta-feira, março 24, 2017

Introdução ao Estudo do Currículo 1ª Parte

Multiculturalismo e Educação
                              Currículo, Interdisciplinaridade e Transversalidade.
•Enquanto projeção do projeto pedagógico, o currículo define o que ensinar, o para quê ensinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita colaboração com a didática;
•Etimologicamente, significa “o ato de correr, percurso” (do verbo latino currere = correr)
•No linguajar comum ainda predomina a idéia de currículo como o conjunto das disciplinas que o aluno deve percorrer, ou seja, o plano de estudos ou a grade curricular.
•Significados mais ampliados do termo surgem no inicio do séc. X, identificando quase sempre o conjunto de saberes e/ou experiências que conjunto de saberes e/ou experiências que alunos precisam saber adquirir/vivenciar em função de sua formação
•O currículo é a representação da cultura no cotidiano escolar(...), o modo pelo qual se selecionam, classificam, distribuem e avaliam conhecimentos no espaço das instituições conhecimentos no espaço das instituições escolares (...) um modo pelo qual a cultura é representada e reproduzida no cotidiano das instituições escolares. (Pedra,1999).
Níveis de currículo
•Currículo formal: refere-se ao currículo estabelecido pelos sistemas de ensino ou instituição educacional. É o currículo legal expresso em diretrizes, objetivos e conteúdos das expresso em diretrizes, objetivos e conteúdos das áreas ou disciplinas de estudo. O currículo formal ou oficial é aquele conjunto de diretrizes normativas prescritas institucionalmente como por exemplo, os PCNs. 
Currículo real: é o currículo que, de fato, acontece na sala em decorrência de um acontece na sala em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino. É a execução do plano, é a efetivação do que foi planejado, mesmo com as mudanças do percurso.
Currículo oculto: essa denominação refere-se àquelas influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores provenientes da dos professores provenientes da experiência cultural, dos valores e significados trazidos pelas pessoas de seu meio social e vivenciados na escola
A questão curricular na LDB
•Art.26°. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, cultura, da economia e clientela.
•§1°. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
•§2°. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos níveis de educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
•§3°.A educação física, integrada á proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se as faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.
§4°. O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígenas, africana e européia.
§5°. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente,a partir do sexto ano (quinta série) o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da instituição
Quanto as diretrizes curriculares
•I-a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
•I-consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; alunos em cada estabelecimento;
•I-orientação para o trabalho;
•IV-promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais.
•No que se refere à cultura afro-brasileira, mais recentemente a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de recentemente a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, modificou o texto da LDB para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira.

O parágrafo 1º do novo artigo 26-A define que a inclusão dessa temática visa resgatar “a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil”.O parágrafo seguinte história do Brasil”.O parágrafo seguinte explica que os conteúdos “serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras”.
Questões para a Reflexão
01) Qual o Currículo Atual?
02) Este Currículo Atende a realidade local?

História Regional e Local 1ª Parte

A afirmação da historiografia nacional

A historiografia brasileira está impregnada por narrativas que discursam sobre a nação, a pátria, a sociedade, o Estado brasileiro. Esta afirmação, longe de ser tautológica, designa o lugar que o recorte temático “nacional” assumiu entre os historiadores brasileiros. Os grandes textos, os clássicos da historiografia, aqueles que tomaram lugar no panteão consagrado pelo pensamento político e social, lidos como referências obrigatórias nas nossas universidades, escritos pelos que se tornaram nossos mestres historiadores, remetem-nos, inequivocamente, à uma História do Brasil.

Essas referências nos levam de volta ao século XIX, momento de constituição do Estado brasileiro. O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o atual Arquivo Nacional, ambos criados em 1838, encabeçaram, à época, o conjunto de forças institucionais no campo de produção de uma historiografia nacional. Os dois, em um esforço sistemático de recolhimento e catalogação de fontes documentais e de elaboração de narrativas sobre o Império, produziram memórias fundadoras da nacionalidade. Foram edificados sob os auspícios de um governo monárquico que, orientado pelo princípio da centralização e pelo temor da fragmentação territorial – vista como um dos males da América hispânica -, tornou-se um dos principais agentes interessados em apagar e soterrar memórias e referências de pertencimento marcadas por localismos e regionalismos.3 Nessa perspectiva surge a História Geral do Brasil, de Francisco Varnhagen, em 1854, e as suas “traduções escolares”, em especial aquelas escritas pelo romancista Joaquim Manuel de Macedo, em 1861 e 1863.4

No século XX, os esforços em tornar “brasileiros” todos os que viviam em “terras do Brasil” mobilizou tanto intelectuais como dirigentes estatais. A pesquisa empreendida pelos modernistas dos anos 20 em diante, visava aflorar os traços da nacionalidade brasileira escondida sob os ideais cosmopolitas predominantes nas elites intelectuais do início do século. Nas palavras de Gilberto Freire,em 1926, precisavam sentir o “grande Brasil” que crescia em oposição aos que teimavam ver as coisas “através do pince-nez de bacharéis afrancesados”.5

A nacionalização da escola, a partir da obrigatoriedade do ensino na língua portuguesa e a sedimentação de conhecimentos de História e Geografia do Brasil; as grandiosas comemorações de festas cívicas nacionais, como o Dia da Bandeira, Dia da Raça, Dia do Trabalho; e a criação de agências nacionais de fomento às artes nacionais foram algumas das políticas culturais do Estado Novo (1937-1945). Este foi o único período da República brasileira a impor constitucionalmente o unitarismo político, negando autonomia política-orçamentária-legislativa das localidades estaduais e municipais.

A democratização após a II Guerra Mundial levou à tematização nos meios políticos e intelectuais do caráter “subdesenvolvido” da economia e da sociedade brasileira. Os anos 50 ensejaram projetos nacional-desenvolvimentistas, que articulavam os meios para romper com o que se considerava o atraso econômico e cultural da nação. O Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), criado em 1955 e sediado no Rio de Janeiro, reuniu parcela da intelectualidade que, imbuída de convicções acerca da urgência das transformações, pari passu ao Plano de Metas JK (“Cinquenta anos em cinco” – 1956-60), divulgava através de cursos, palestras e textos impressos a “significação do nacionalismo”6 .

Durante os governos autoritário militares (1964-1985), os dirigentes impulsionaram políticas de integração nacional de largo espectro, desde a construção de estradas “integradoras” de várias regiões até a criação de um aparato tecnológico que desse conta da nacionalização dos meios de comunicação, isto é, da difusão de valores e bens simbólicos. A Rede Globo de Televisão, que veio a se tornar, da década de 70 aos dias atuais, a principal rede de televisão do país, em caráter quase monopolista, cresceu na esteira dessas transformações, construindo, a partir do Rio de Janeiro, uma imagem de um Brasil moderno, urbano e nacional. 7

Sintonizada com as transformações mundiais do ofício do historiador – desde a constituição de novos objetos e métodos, passando pela ampliação dos domínios e territórios da historiografia até a discussão dos estatutos e das fronteiras da disciplina –, a moderna historiografia brasileira, posterior à implantação da Pós-graduação nos anos 70, reiterou fortemente o foco na Nação e/ou no Estado nacional.8 Algumas vezes, entretanto, ao anunciar a tematização do nacional, algumas obras focalizavam especificamente algumas regiões, tomando a parte pelo todo, isto é, supostamente a região que foi objeto de estudo deveria ser paradigmáticas das experiências ocorridas em todo o Brasil. Lembro, apenas como exemplo, estudos sobre industrialização, movimento sindical e movimentos abolicionistas, onde os historiadores assumiam que os processos ocorridos ora na cidade de São Paulo, ora na do Rio de Janeiro, seriam exemplares, constituindo-se não em uma determinada experiência, mas na História do Brasil.

Questões para a reflexão:

01) Onde no campo da historiografia, se insere a História Regional e Local?

02) Quais os problemas que se colocam para este campo?

quarta-feira, março 08, 2017

Civilizações americanas


Importantes civilizações das Américas 
Machu Picchu, a cidade dos Incas
As civilizações pré-colombianas correspondem aos povos que habitavam desde o México até a Cordilheira dos Andes, que possuíam uma estrutura organizacional social muito bem instituída.

Dentre as principais civilizações estão os Astecas que ocupavam o território onde atualmente se encontra o México, além dos Maias que também habitavam a América Central e os Incas que viveram em áreas onde se encontram hoje países como Peru, Bolívia, sendo esses ocupados em suas totalidades, além de ocupar parcialmente territórios do Equador, Colômbia, Argentina e Chile.


Os Astecas são povos pré-colombianos que ocuparam no passado, no período dos séculos XIV a XVI, um vale onde é hoje o México. Os Astecas consistem em um conjunto de indivíduos compostos, sobretudo por agricultores, comerciantes e artesãos, esses executavam trabalhos públicos e também militares.

Essa civilização detinha técnicas de drenagem a partir da implantação de ilhas artificiais que serviam para expandir o cultivo de culturas como milho, feijão, tomate, pimenta e batata-doce. A moeda de troca era a semente de cacau, no artesanato destacava a produção de tecidos e cerâmicas.

Os Maias também inserem ente as civilizações pré-colombianas, esse povo viveu principalmente em áreas de florestas tropicais onde hoje encontra-se os territórios da Guatemala, Honduras e da Península de Yucatán, ocupou as respectivas áreas entre os séculos IV a.C e IX d.C.

Alcançaram técnicas de irrigação para o desenvolvimento da agricultura, além de deterem conhecimentos de engenharia e arquitetura, tinham como base de suas construções pedras para a instalação de templos, pirâmides e palácios.

Além de deter conhecimento na astronomia, e por isso criou um calendário, também realizavam cálculos matemáticos.

E por fim a civilização pré-colombiana que habitava a América do Sul, os Incas. Esse povo viveu em toda extensão da Cordilheira dos Andes. Essa civilização se destaca principalmente pelas construções como a cidade de Machu Picchu, além do artesanato de cerâmica entre outros conhecimentos. Machu Picchu é conhecida como a cidade do sol, isso devido à sua altitude, esse fantástico monumento foi descoberto somente nos primeiros anos do século XX, mais precisamente, em 1911

Roma e Grécia Antiga

O Mito da fundação de Roma

Diz a lenda que Roma foi fundada no ano 753 a.C. por Rômulo e Remo, filhos gêmeos do deus Marte e da mortal Rea Sílvia. Ao nascer, os dois irmãos foram abandonados junto ao rio Tibre e salvos por uma loba, que os amamentou e os protegeu. Por fim, um pastor os recolheu e lhes deu os nomes de Rômulo e Remo. Depois de matar Remo numa discussão, Rômulo deu seu nome à cidade. A história, por sua vez, nos diz que algumas tribos de origem sabina e latina estabeleceram um povoado no monte Capitolino, junto ao rio Tibre.

A monarquia 

Num período lendário, Roma foi governada por sete reis que tinham poder absoluto. O Senado, formado por chefes de família, os aconselhava. Por volta de 575 a.C., os reis etruscos dominaram Roma e influenciaram decisivamente o início da civilização romana. Ditaram leis prudentes em favor do artesanato e do comércio, com os quais Roma adquiriu grande importância. Aos poucos, porém, esses reis deram lugar a outros monarcas, violentos e tirânicos, que desprezavam as opiniões do Senado.

Patrícios e plebeus

Os cidadãos livres se dividiam em patrícios e plebeus. Os patrícios eram os descendentes das famílias dos antigos chefes tribais. No início da República, eles constituíam a classe dirigente. Já os plebeus não tinham linhagem aristocrática e não possuíam direitos políticos. No século III a.C., após as guerras, surgiram novas camadas sociais: cavaleiros ou homens novos (plebeus enriquecidos no comércio) e clientes (dependentes dos patrícios). A partir daí, a organização social já não se estabelecia em função do nascimento, mas sim da riqueza.

A república e seus magistrados

As famílias patrícias que formavam o Senado, temerosas de perder seu poder diante da tirania dos reis, os expulsaram e proclamaram a República. Esta se baseava em três órgãos: o Senado, os magistrados e as Assembléias, simbolizados pela conhecida sigla S.P.Q.R. (Senatus Populusque Romanus, ou seja, “Senado e povo romano”).
Roma Antiga

O trabalho dos escravos

Em conseqüência das guerras de expansão, os escravos em Roma eram muito numerosos. Não eram considerados seres humanos, mas sim propriedades e, portanto, eram explorados e vendidos como mercadorias. Seu trabalho, no artesanato e na agricultura, era decisivo para a produção de bens necessários para a sociedade. Podiam comprar a sua liberdade ou então serem libertados pelo proprietário. A partir do século II a.C., sucederam-se diversas rebeliões de escravos, como a comandada por Espártaco.

O exército romano

O Império Romano dependia de um exército forte e bem organizado, que realizava as campanhas de expansão e defendia as fronteiras. Os legionários eram a base do exército romano; a maioria deles eram voluntários. Para entrar no exército era imprescindível ser cidadão romano. O exército estruturava-se em legiões de seis mil soldados, cada uma dividida em dez cortes.

A religião romana

A religião romana foi formada combinando diversos cultos e várias influências. Crenças etruscas, gregas e orientais foram incorporadas aos costumes tradicionais para adaptá-los às novas necessidades do povo. O Estado romano propagava uma religião oficial que prestava culto aos grandes deuses de origem grega, porém com nomes latinos, como por exemplo, Júpiter, pai dos deuses; Marte, deus da guerra, ou Minerva, deusa da arte. Em honra desses deuses eram realizadas festas, jogos e outras cerimônias. Os cidadãos, por sua vez, buscavam proteção nos espíritos domésticos, chamados lares, a quem rendiam culto dentro de casa. O Edito de Milão de Constantino estabeleceu a liberdade de culto aos cristãos, encerrando as violentas perseguições. No século IV d.C., o cristianismo tornou-se a religião oficial, por determinação do imperador Teodósio.

A arte romana

Inspirada no modelo grego, a arte romana incorporou as formas e as técnicas de outras culturas do Mediterrâneo.
Roma destacou-se na arquitetura com grandes edifícios privados e públicos. Entre os privados, incluem-se as casas e as residências coletivas. Os públicos dividem-se em religiosos (templos), administrativos e comerciais (basílicas) e lúdicos (teatro, anfiteatro e circo). O espírito prático de Roma reflete-se no urbanismo e nas grandes obras de engenharia, como estradas e aquedutos.

A cidade de Roma no século I a.C.

No século I a.C., Roma passou por uma transformação espetacular, tornando-se uma cidade repleta de confortos, com casas comerciais, jardins e edifícios monumentais. Construíram-se numerosas residências e locais de diversão – como o Coliseu – e foram feitas grandes melhorias no sistema de esgotos e nos aquedutos da cidade.

A crise do Império Romano

A partir do século III, o Império Romano entrou em declínio. Com o fim das guerras de conquista, esgotou-se a principal fonte fornecedora de escravos. Teve início a crise do escravismo que abalou seriamente a economia, fez surgir o colonato e provocou o êxodo urbano. Além disso, houve disputas pelo poder e as legiões diminuíram. Enfraquecido, o Império Romano foi dividido em dois e a parte ocidental não resistiu às invasões dos
bárbaros germânicos no século V.

Grécia Antiga

História da Grécia

As comunidades gregas, ao longo de toda a Antigüidade, mantiveram duas características constantes: uma feroz autodeterminação e um constante estado de beligerância entre si…
Os antigos gregos nunca constituíram em qualquer período de sua história uma nação no sentido político moderno: suas comunidades independentes nunca se organizaram de forma unificada. Os gregos identificavam-se, no entanto uns com os outros culturalmente, pois falavam a mesma língua e adoravam os mesmos deuses, embora com variações locais em ambos os casos.
Arquitetura da Grécia Antiga

A Historiografia 

A historiagrafia grega começa na segunda metade do século -VI com os logógrafos, dos quais o mais ilustre foi Hecateus de Mileto (-550/-475), e muitos autores de “histórias locais”, gênero que perdurou durante toda a História Antiga.
Heródotos (-484/-425), tradicionalmente chamado de pai da história, escreveu sobre os antecedentes e acontecimentos das guerras greco-pérsicas e fez detalhado relato das regiões que visitou. Ele foi mais um “contador de histórias” que propriamente um historiador, e somente com o ateninense Tucídides (-455/-400) começa realmente a historiografia moderna.
Tucídides foi a rigor um “historiador local”, pois escreveu somente sobre a Guerra do Peloponeso (Atenas vs. Esparta), mas suas agudas análises dos fatores e acontecimentos relacionados com a guerra são respeitadas até hoje.
Sucederam-no historiadores de menor envergadura, como Xenofonte (-428/-354), Ctésias (séc. -IV), Éforos (séc. -IV), Teopompos (séc. -IV), Tímaios (-346/-250).
Políbios (-200/-118) foi o último dos grandes historiadores gregos, mas escreveu sobre a História de Roma; depois dele vieram Dionísios de Halicarnasso (séc. -I/I) Diodoros Siculo (séc. -I), que escreveu uma “História do Mundo” centrada em Roma, e Arrianos (95/175).
Muitos historiadores não-gregos escreveram Histórias de Roma e de outros povos em grego: Díon Cássios (150/235), Flávios Josefos (37/100), Apianos (séc. II), Herodianos (165/250) e o bispo cristão Eusébios (265/340), que também escreveu uma “história universal”.

A Biografia 

A biografia, aparentada à historiografia, não foi muito cultivada pelos gregos. Embora os historiadores Heródotos, Tucídides e Xenofonte apresentem em seus escritos algumas passagens de estilo correlato, somente com Plutarcos (46/120) e Diogenes Laertios (200/250) o gênero se estabeleceu.

A idade das trevas

Com a destruição dos últimos palácios micênicos em -1100 e a desagregação do sistema social controlado e mantido por eles, desapareceu a brilhante e sofisticada cultura grega da Idade do Bronze.
As comunidades diminuíram, empobreceram, isolaram-se, e as trocas comerciais reduziram-se a quase nada. Extinguiu-se, praticamente, o contato constante entre os gregos e as adiantadas culturas da Ásia Ocidental.
Tão rápido e intenso foi o declínio do mundo micênico que os gregos dos tempos posteriores não se lembravam do esplendor da Idade do Bronze a não ser de modo vago e impreciso, como um tempo de deuses, heróis e lendas.
Após quase duzentos anos de estagnação cultural, no entanto, as comunidades começaram novamente a desenvolver-se e a organizar-se em cidades. Os primeiros templos comunitários foram então construídos, o uso do ferro tornou-se cada vez mais comum, a produção de alimentos e a população do continente aumentaram tanto que iniciou-se um movimento contínuo de migração e fundação de novas cidades além-mar.
Há, surpreendentemente, alguns poucos padrões micênicos nas escassas obras de arte produzidas após -900, o que significa que nem todos os conhecimentos adquiridos pelos gregos durante a Idade do Bronze haviam sido perdidos. Como bem disse Finley, “A menos que a própria vida seja destruída numa região, sempre há algum tipo de continuidade”.
E a Idade das Trevas foi, seguramente, um período de transição. Pode-se dizer que praticamente todos os processos políticos, sociais e artísticos que se desenvolveram no Período Arcaico e atingiram o auge durante o Período Clássico começaram durante esses séculos não completamente obscuros…

Ciência Grega

A maioria dos povos antigos (egípcios, chineses, hindus, mesopotâmicos e mesmo os gregos) já possuíam, desde a Idade da Pedra, um enorme cabedal de conhecimentos práticos e eficazes, adquiridos empiricamente através de observações razoavelmente acuradas. Mas foi somente por volta de -600, na Grécia, que os filósofos pré-socráticos deram o primeiro impulso em direção ao pensamento científico.
Durante muito tempo os intelectuais gregos não distinguiram claramente a ciência da filosofia, e mesmo o filósofo Aristóteles (-384/-322), que exerceu enorme influência no pensamento filosófico-científico ocidental durante a Idade Média e Renascença, nunca recorreu à experimentação para consolidar suas minuciosas observações.
Somente duas disciplinas começaram o longo processo de separação da filosofia durante a Antigüidade, a Medicina e a Física. Nos séculos -IV e -V a Medicina consolidou os princípios essenciais que norteiam os médicos até hoje, e a Matemática e a Física Mecânica receberam grande impulso com os trabalhos do matemático, astrônomo e inventor Arquimedes (-287/-212), que além de grande teórico era um engenhoso inventor e em seus estudos recorreu algumas vezes a experimentos.
As demais ciências continuaram ligadas à filosofia em maior ou menor grau durante toda a Antigüidade, e além dela. A ciência, tal qual a conhecemos, começou há apenas 400 anos, em plena Renascença. E foi o físico e astrônomo italiano Galileu Galei (1564/1642) quem estabeleceu, a despeito das perseguições movidas pela Inquisição, o princípio da experimentação e enunciação matemática do resultado dos experimentos como os pilares fundamentais do conhecimento científico.

Outras Ciências

Biologia 

Os gregos preocuparam-se basicamente com a origem dos seres vivos e com a zoologia e botânica descritivas. Os mais importantes biólogos foram Anaximandros (-610/-547), Aristóteles(-384/-322) e seu discípulo Teofrastos (-371/287).

Matemática 

A geometria e o cálculo atraíram especialmente os gregos antigos. Os mais importantes matemáticos foram Pitágoras (séc. -VI), Hipócrates de Quios (séc. -V), Euclides (séc. -IV/-III), Arquimedes(-287/-212), Eratóstenes (-276/-195) e Apolônios de Perga (séc -II).

Física 

Com exceção das especulações sobre a origem do mundo, os gregos desenvolveram mais a física prática que a teórica. Arquimedes (-287/-212), Ctesíbios (séc. -III) e Heron (séc. I) ficaram famosos devido a suas invenções mecânicas, equipamentos e instrumentos científicos que construíam. Outros físicos notáveis foram o médico Empédocles(-492/-432) e Claudius Ptolomeus (100/170).

Química 

Na química, fora o uso de plantas para o tratamento de doenças, destacam-se apenas Demócritos (460 / séc. IV) e Leucipos (séc. V), com a teoria atômica, e os estudos de mineralogia de Teofrastos

Conceito de História e seu estudo

Conceito de História 

História é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um determinado período histórico, cultura oucivilização.

Objetivos 

Um dos principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento. Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.

Fontes 

O estudo da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).

Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).

Já o estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais, registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.

Ciências auxiliares da História 

A História conta com ciências que auxiliam seu estudo. Entre estas ciências auxiliares, podemos citar: Antropologia (estuda o fator humano e suas relações), Paleontologia(estudo dos fósseis), Heráldica (estudo de brasões e emblemas), Numismática (estudo das moedas e medalhas), Psicologia (estudo do comportamento humano), Arqueologia (estudo da cultura material de povos antigos), Paleografia (estudo das escritas antigas) entre outras.

Periodização da História

Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:

Pré-História: antes do surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
Idade Média (História Medieval): de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução Francesa).
- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.

Outras informações:

- O grego Heródoto, que viveu no século V a.C é considerado o “pai da História” e primeiro historiador, pois foi o pioneiro na investigação do passado para obter o conhecido histórico.

- A historiografia é o estudo do registro da História.

- O historiador é o profissional, com bacharelado em curso de História, que atua no estudo desta ciência, analisando e produzindo conhecimentos históricos.

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