DANIEL MAZOLA -
Perto de iniciar a oitava fase da Operação Lava Jato, na qual os alvos são mais de 300 políticos citados em várias delações premiadas, Judiciário e Polícia Federal seguem na maior ação policial já VISTA na República desde a sua fundação, há 125 anos.
Perto de iniciar a oitava fase da Operação Lava Jato, na qual os alvos são mais de 300 políticos citados em várias delações premiadas, Judiciário e Polícia Federal seguem na maior ação policial já VISTA na República desde a sua fundação, há 125 anos.
Além dos já conhecidos empresários, funcionários da Petrobras, grandes empreiteiros, lobistas e parlamentares que aparecem no inquérito, outros 250 parlamentares e cerca de 50 líderes partidários teriam sido citados pelos delatores, segundo vazamentos publicados nos jornais da chamada “GRANDE mídia”. À medida que avançam as investigações e a divulgação de trechos dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, mais nomes são apresentados à opinião pública.
O juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações, ressaltou no despacho que determinou a prisão preventiva do lobista Fernando Baiano, e que ainda não é possível partidarizar os envolvidos na operação, pois ainda não são conhecidos o alcance e a duração do esquema: “Aqui não se faz crítica partidária, pois se desconhece ainda o alcance e a duração da prática criminosa”, diz ele.
O fato é que já passou da hora de se quebrar a blindagem dos corruptos e corruptores da “república brasileira dos banqueiros-empreiteiros”. Os partidos também precisam ser responsabilizados.
Os investigadores da Operação Lava Jato tentam obter provas concretas de que parte da propina que seria paga por empreiteiras, em negociatas com contratos superfaturados na Petrobras, pode ter se revertido para uma sutil compra de votos na recente eleição presidencial. Alguns dos depoentes teriam revelado que as construtoras fizeram pagamentos de "premiações" a seus empregados, principalmente em grandes obras nas regiões Norte-Nordeste, COMO incentivo indireto para um descarrego de votos em Dilma Rousseff.
Essa suspeita de emprego do dinheiro de propina para "investimento" indireto, disfarçado e ilegal na campanha eleitoral é um dos pontos MAISdelicados em fase de apuração pela força tarefa que cuida da lava Jato. O temor de que tal assunto vaze (configurando crime eleitoral capaz de gerar um pedido de impugnação da chapa presidencial Dilma-Michel Temer) já chegou à cúpula do governo. A ordem de cima é para abafar tal suspeita, custe o que custar.
O medo, ou melhor, o cagaço é tanto que alguns ASSESSORES próximos à Presidente Dilma Rousseff têm feito, nos bastidores, falsos elogios à atuação do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba. A tática é não provocar a ira do Homem de Gelo que tem muitas frentes abertas até agora em mais de 10 processos conduzidos sob a eficiente lógica da "transação penal", com colaborações premiadas que geram provas concretas para condenação. As caixas pretas desse país precisam ser abertas, sem exceções!
Fonte: Tribuna da Imprensa