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quarta-feira, agosto 11, 2021

Imperialismo - 30 Exercícios com gabarito

 01. (FGV) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte, 


a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central. 
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas. 
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente. 
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais. 
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.
02.  (UNITAU) A China, durante o seu império, sofrendo pressões de vários países, foi obrigada a ceder algumas partes do seu território a países europeus. Recentemente, um desses territórios, em poder do Reino Unido, foi devolvido ao governo chinês. Trata-se do território de:

a) Cingapura.
b) Macau.
c) Taiwan.
d) Hong-Kong.
e) Saigon.

03.  (FUVEST) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo reinado da rainha Vitória. Seu governo caracterizou-se:

a) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe concedia o regime monárquico absolutista vigente.
b) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do monopólio comercial e do tráfico de escravos.
c) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se a maior produtora de tecidos de seda.
d) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a estagnação econômica e o empobrecimento da população.
e) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em contraste com acentuada desigualdade social.

04. (FATEC) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a guerra era concebida como:

a) uma necessidade de ampliar o mercado interno substituindo as importações.
b) uma política econômica tendendo a desvalorizar a produção agrícola.
c) uma forma de criar condições para a importação de tecnologia estrangeira.
d) um recurso complementar e necessário à importação de produtos primários.
e) uma política econômica que necessitava do apoio de todas as classes sociais para ser implementada.

05. (CESGRANRIO) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a):

a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional.
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados.
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas.
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa.
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista.

06. (FEI) De 1815 a 1891, a Inglaterra viveu um período de grande estabilidade política interna, combinada com grande desenvolvimento econômico, que possibilitou aos ingleses o domínio dos mares e a expansão colonialista. As principais realizações desse período se deram durante:

a) a Era Vitoriana.
b) a Revolução Gloriosa.
c) o governo de Henrique VIII.
d) o governo de Elizabeth I.
e) a instalação do anglicanismo.

07. (PUCAMP) A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada essencialmente,

a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais em novos projetos, além da busca de matérias-primas.
b) pelo crescimento incontrolado da população européia, gerando a necessidade de migração para a África e Ásia.
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura européia pelo mundo.
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo.
e) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial.

08. (UDESC) A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes potências do próximo século. Todavia, até meados do século XIX, ela era um país em grande parte isolado do restante do mundo e que, apesar de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos interesses ocidentais. Naquela época os primeiros a quebrarem esse isolamento foram os ingleses.

Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados pelos ingleses para impor à China o comércio e outras influências ocidentais:

a) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias Ocidentais;
b) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas;
c) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês;
d) a Guerra dos Boers, levando ao extermínio os nativos da região;
e) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições ocidentais.

09. (FUVEST) A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX, pela principais potências imperialistas objetivava

a) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura de novos mercados para os manufaturados.
b) a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias africanas e asiáticas.
c) o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus para aqueles continentes.
d) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação de capitais nas respectivas Metrópoles.
e) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e a cooperação dos nativos.

10.  (FUVEST) Uma das frases a seguir, atribuída a um pensador de fins do século XIX, indica a prática política que prevalecia nas relações internacionais da Europa de então. Qual?

a) Uma paz injusta deve ser preferida a uma guerra justa.
b) O que faz o Estado é a força em primeiro lugar, a força em segundo lugar e ainda outra vez a força.
c) A convivência pacífica do concerto das nações pede uma França forte, amiga de uma Alemanha forte, diante da aliança anglo-russa.
d) Não impedir que alemães ocupem território alemão é a vitória do bom senso sobre o formalismo dos tratados.
e) A lei e a ordem mundiais dependem de um Ocidente civilizado unido frente à ameaça asiática: esta é a missão do homem branco.

11. (FUVEST) A expansão colonialista européia do século XIX foi um dos fatores que levaram:

a) à diminuição dos contingentes militares europeus.
b) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra.
c) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI.
d) à implantação do regime de monopólio.
e) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra Mundial.

12.  (MACKENZIE) Novas formas de organização das empresas surgiram no final do século XIX, cujas características são: 

a) concentração de várias unidades de produção em grandes Companhias, Trustes ou Cartéis e a formação de "Holding Companies." 
b) casas de créditos bancários, que realizaram operações de exploração de produtos tropicais através de companhias marítimas. 
c) a limitação do capitalismo monopolista através da transferência das matrizes das empresas para países pequenos. 
d) implementação de normas técnicas de predomínio da qualidade, ampliação da livre concorrência e instalação de filiais móveis. 
e) empresas em que os trabalhadores, através das "holdings", participavam obrigatoriamente da distribuição dos lucros.

13.  (CESGRANRIO) A "partilha do mundo" (1870 -1914) resultou do interesse das potências capitalistas européias em: 

a) investir seus capitais excedentes nas colônias, obter mercados fornecedores de matérias-primas e reservar mercados para seus produtos industrializados; 
b) desenvolver a produção de gêneros alimentícios nas colônias, visando suprir as deficiências de grãos existentes na Europa na virada do século; 
c) buscar "áreas novas" para a emigração, uma vez que a pressão demográfica na Europa exigia uma solução para o problema; 
d) promover o desenvolvimento das colônias através da aplicação de capitais excedentes em programas sociais e educacionais; 
e) favorecer a atuação dos missionários católicos junto aos pagãos e assegurar a livre concorrência comercial.

14. (CESGRANRIO) As opções a seguir contêm fatos que caracterizam a expansão européia na Ásia, com EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.

a) A política dos "tratados desiguais" imposta à China;
b) a dominação francesa na "Indochina" (Vietnã, Laos e Camboja);
c) A ocupação das Filipinas pelos norte-americanos em aliança com a Inglaterra;
d) O insucesso das ambições germânicas, limitadas em alguns portos chineses e ilhas do Pacífico;
e) O conflito russo-japonês pela posse da Coréia e da Mandchúria.

15. (CESGRANRIO) Um dos aspectos mais importantes do sistema capitalista, na sua passagem do conteúdo liberal ao monopolista, é a associação entre:

a) os interesses bancários e os capitais oriundos da produção agrícola na forma do capital financeiro.
b) o capital bancário e o capital industrial na forma do capital financeiro.
c) o capital financeiro e o capital fundiário como forma de conservação dos ideais fisiocratas.
d) o Estado e a economia garantindo a manutenção da posição não-intervencionista do Estado na produção industrial.
e) o Estado e a economia através da distribuição dos lucros da produção industrial aos pequenos agricultores.

16.  (UFMG) Em 1891, Premph I, rei dos Ashanti, na Costa do Ouro (atual Gana, África), respondeu da seguinte forma a uma consulta: "A proposta para o país Ashanti, na presente situação, colocar-se sob proteção de Sua Majestade a Rainha e Imperatriz da Índia foi objeto de exame aprofundado, mas me permitam dizer que chegamos à seguinte conclusão: meu reino, o Ashanti, jamais aderirá a tal política." A partir do texto anterior, pode-se afirmar que a conquista da África pelos países europeus a) baseou-se exclusivamente em operações militares.
b) contou com o apoio das populações militares.
c) encontrou resistência de chefes e reis africanos.
d) enfrentou a concorrência de impérios asiáticos.

17. (UFMG) Todas as alternativas apresentam conflitos ligados à expansão imperialista das potências européias na África e na Ásia, no século XIX, EXCETO

a) A disputa entre ingleses e boêres na África do Sul.
b) A disputa entre os interesses americanos e russos no Oriente.
c) Os conflitos para abrir o mercado chinês aos interesses ingleses.
d) Os movimentos de resistência africana contra a dominação estrangeira.

18.  (UFMG) Em relação à expansão imperialista na Ásia, na segunda metade do século XIX, pode-se afirmar que o Império Chinês foi

a) anexado ao Japão anulando a ameaça imperialista.
b) desmembrado em colônias pelas potências européias.
c) dividido em zonas de influência pelos países ocidentais.
d) incorporado ao Império Britânico compondo a Commonwealth.

19.  (PUCCAMP) "... a 'missão civilizadora' dos povos brancos utilizou-se das ciências da época para provar sua superioridade. (...) teorias proclamavam a desigualdade dos homens e das raças como lei irrevogável, destacando-se a biologia e a etnografia..." O texto contém elementos que, servindo de respaldo ideológico, foram utilizados pelos europeus, no século XIX, para justificar a

a) reação dos americanos à política colonialista da Inglaterra.
b) ação colonizadora das missões jesuíticas nas colônias.
c) dominação e a aniquilação de povos pré-colombianos.
d) exploração e a subjugação de africanos e asiáticos.
e) expulsão dos povos árabes do mar Mediterrâneo.

20. (UFMG) A expansão neocolonial do final do século XIX pode ser associada a

a) busca de novas oportunidades de investimentos lucrativos para o capital excedente nos países industriais.
b) atração pelo entesouramento permitido pela conquista de regiões com jazidas de metais preciosos.
c) necessidade de expansão da influência da Igreja Católica frente ao aumento dos seguidores da Reforma.
d) divisão internacional do trabalho entre produtores de matérias primas e consumidores de produtos industrializados.

21. (PUCCAM) O desenvolvimento capitalista desencadeado pela Segunda Revolução Industrial provocou movimentos de ampliação de mercados consumidores e de aplicação de capitais. Como resultado da expansão do capitalismo no século XIX pode-se destacar

a) o neocolonialismo europeu na África e na Ásia.
b) a influência dos capitais norte-americanos na economia européia.
c) a disputa entre as potências ibéricas pelos mercados latino-americanos.
d) o fortalecimento econômico da Alemanha com o Tratado de Versalhes.
e) a elaboração de leis anti-trustes, com o objetivo de consolidar o poder dos cartéis.

22.  (MACKENZIE) "Assumi o fardo do homem branco, Enviai os melhores dos vossos filhos, Condenai vossos filhos ao exílio para que sejam os servidores de seus cativos"
Rudyard Kipling 

A ideologia expressa por esse poeta, que recebeu em 1907 o prêmio Nobel de literatura, serviu para justificar o:

a) socialismo.
b) anarquismo.
c) imperialismo.
d) iluminismo.
e) mercantilismo.

23. (UFF) A expansão imperialista sobre os territórios asiáticos e africanos no decorrer do século XIX foi, antes de tudo, um ato de conquista. A partir desta afirmativa, identifique a opção que indica a nação européia expansionista, a região colonizada e o movimento de resistência possíveis de inter-relacionar-se corretamente.

a) França/ Argélia/ Guerra do Boxers
b) Inglaterra/ Índia/ Revolta dos Cipaios
c) Inglaterra/ Sudão/ Revolta dos Boers
d) Portugal/ Angola/ MPLA
e) Alemanha/China/ Movimento Taiping

24. (UEL) Sobre Hong Kong, que foi devolvida ao governo da China Continental no dia 1Ž de Julho de 1997, depois de 155 anos de domínio britânico, pode-se afirmar que
a) o retorno de Hong Kong ao governo chinês resultou de um forte sentimento de nacionalismo de seus habitantes.
b) a reincorporação de Hong Kong à China decorreu da adesão deste país ao sistema capitalista.
c) a devolução de Hong Kong à China foi conseqüência do processo de globalização da economia.
d) a presença dos ingleses em Hong Kong pode ser entendida como uma prerrogativa da Igreja Anglicana.
e) o domínio britânico em Hong Kong decorreu da expansão do imperialismo inglês.

25. (FUVEST)  Na segunda metade do século XIX, em face do avanço do Ocidente na Ásia, a China

a) tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única diferença de ser dominada por várias potências e não apenas pela Inglaterra.
b) reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um processo de restauração imperial e de modernização econômica.
c) manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial, mas ao preço de enormes perdas e concessões às potências ocidentais.
d) conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião Taiping, depois de derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio.
e) resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente até Pequim ser saqueada durante a Guerra dos Boxers.

26. (UERJ) O Império é o comércio.

Com esta frase, Joseph Chamberlain, estadista inglês, definia o imperialismo no final do século XIX. Um dos fatores que contribui para a compreensão do imperialismo é:

a) constituição de impérios coloniais em bases autônomas
b) busca de mercados consumidores para as matérias primas europeias
c) procura de terras férteis nas colônias pelos grandes produtores europeus
d) necessidade de exportação de capitais excedentes para regiões extra-europeias

27. (UNESP)  Com a publicação do livro do economista inglês Hobson, "Imperialismo, um estudo", em 1902, difundiu-se o significado moderno da expressão "imperialismo", que passou a ser entendido como

a) um esforço despendido pelas economias centrais, no sentido de promover as economias periféricas.
b) a condição prévia e necessária ao incremento do desenvolvimento industrial nos países capitalistas.
c) um acordo entre as potências capitalistas, visando dividir, de forma pacífica, os mercados mundiais.
d) a expansão econômica e política em escala mundial das economias capitalistas na fase monopolista.
e) o "fardo do homem branco", um empreendimento europeu, procurando expandir a civilização na África.

28. (UFRS)  Sobre o imperialismo do século XIX são feitas as afirmações abaixo.

I- Constituiu uma marca do capitalismo em sua etapa monopolista financeira.
II- Esteve associado à disputa entre as nações industriais por mercados consumidores.
III- Estimulou a política econômica mercantilista dos estados absolutistas.
IV- Manteve acesa a crença da superioridade européia em relação aos povos colonizados.
V- Contribuiu decisivamente nas rivalidades que geraram a Primeira Guerra Mundial.

Quais estão corretas?

a) Apenas I, II, III e IV.
b) Apenas I, II, IV e V.
c) Apenas I, II, III e V.
d) Apenas I, III, IV e V.
e) Apenas II, III, IV e V

29. (UFRJ) O Imperialismo é o capitalismo chegado a uma fase de desenvolvimento onde se afirma a dominação dos monopólios e do capital financeiro, onde a exportação dos capitais adquiriu uma importância de primeiro plano, onde começou a partilha do mundo entre os trustes internacionais e onde se pôs a termo a partilha de todo o território do globo, entre as maiores potências capitalistas.
LENIN, V. I. "O Imperialismo: fase superior do Capitalismo". São Paulo, Global Editora, 1979. p. 88.

A partir da definição acima, pode-se atribuir a seguinte característica ao Imperialismo:

a) a distribuição igualitária de produção e de capital, dando origem aos monopólios, cujo papel é decisivo na vida econômica.
b) o desenvolvimento de pequenas empresas de capital nacional em grande parte dos países.
c) a divisão entre o capital bancário e o capital industrial formando o capital financeiro.
d) as maiores potências capitalistas, formando rede de apoio financeiro aos países mais pobres.
e) a exportação de mercadorias, assim como a exportação de capitais, assumindo grande importância.

30.  (MACKENZIE) (...) ajudei a transformar o México (...) num lugar seguro para os interesses petrolíferos. Arrebentei em Cuba e no Haiti para fazer deles um lugar decente para que a rapaziada do National CityBank pudesse recolher seus lucros. Botei a Nicarágua nas mãos do pessoal do banco dos irmãos Brown. (...) Limpei a área na República Dominicana, abrindo espaço para o pessoal das empresas de açúcar. Liberei geral Honduras para a rapaziada das companhias exportadoras de frutas. Na China, fiz uma limpeza para que ninguém atrapalhasse o movimento da Standard Oil.
Adaptação por Mario Schmidt de Huberman, Leo & Sweezy, Paul 

Os fatos acima, que demonstram o uso de forças militares norte-americanas invadindo países para garantir interesses das grandes empresas, foram comuns na fase do desenvolvimento do sistema capitalista.

Essa fase denominou-se:

a) Imperialismo.
b) Mercantilismo.
c) Globalização.
d) Guerra Civil.
e) Colonialismo.

 GABARITO 

01 - D /02 - D /03 - E /04 - A /05 - B /06 - A /07 - A /08 - B /09 - A /10 - B /11 - E /12 - A / 13 - A /14 - C /15 - B /16 - C /17 - B /18 - C /19 - D / 20 - A / 21 - A / 22 - C /23 - B / 24 - E /25 - C /26 - D /27 - D / 28 - B / 29 - E / 30 - A

Anarquismo, Socialismo e outras ideias sociais e políticas do século XIX: Questões de Vestibulares

 1. (Uel 2016)  A ópera-balé Os Sete Pecados Capitais da Pequena Burguesia, de Kurt Weill e Bertold Brecht, composta em 1933, retrata as condições dessa classe social na derrocada da ordem democrática com a ascensão do nazismo na Alemanha, por meio da personagem Anna, que em sete anos vê todos os seus sonhos de ascensão social ruírem. A obra expressa a visão marxista na chamada doutrina das classes.


Em relação à doutrina social marxista, assinale a alternativa correta.
a) A alta burguesia é uma classe considerada revolucionária, pois foi capaz de resistir à ideologia totalitária através do controle dos meios de comunicação.   
b) A classe média, integrante da camada burguesa, foi identificada com os ideais do nacional-socialismo por defender a socialização dos meios de produção.   
c) A pequena burguesia ou camada lúmpen é revolucionária, identificando a alta burguesia como sua inimiga natural a ser destruída pela revolução.   
d) A pequena burguesia ou classe média é uma classe antirrevolucionária, pois, embora esteja mais próxima das condições materiais do proletariado, apoia a alta burguesia.   
e) O proletariado e a classe média formam as classes revolucionárias, cuja missão é a derrubada da aristocracia e a instauração do comunismo.    
  
2. (Espcex (Aman) 2016)  Observe as ideias de três pensadores da Idade Moderna.

Adam Smith (escocês), em sua obra A riqueza das nações, afirmava que a única fonte de riqueza era o trabalho, e não a terra.
- A ideia central da doutrina de Karl Marx (alemão) é que a “história das sociedades humanas é a história da luta de classes”.
Thomas Malthus (inglês), em sua obra Ensaio sobre o princípio da população, escreveu que a natureza impõe limites ao progresso material, já que a população cresce em progressão geométrica, enquanto a produção de alimentos aumenta em progressão aritmética.

Pode-se afirmar que
a) os três pensadores defendem o liberalismo clássico.   
b) as três ideias propõem a ditadura do proletariado.   
c) Adam Smith propõe o liberalismo clássico, Thomas Malthus e Karl Marx, o socialismo utópico.    
d) Thomas Malthus e Adam Smith defendem o pensamento liberal clássico e Karl Marx foi um dos autores do socialismo científico.   
e) Karl Marx e Adam Smith são considerados anarquistas, e Thomas Malthus, socialista utópico.   
  
3. (Fgv 2016)  “(...) os homens que naquele momento estavam encarregados de pôr termo à Revolução de 1848 eram precisamente os mesmos que fizeram a de 30. (...)
O que a distinguia ainda, entre todos os acontecimentos que se sucederam nos últimos sessenta anos na França, foi que ela não teve por objetivo mudar a forma, mas alterar a ordem da sociedade. Não foi, para dizer a verdade, uma luta política (...), mas um embate de classe (...).
Havia se assegurado às pessoas pobres que o bem dos ricos era de alguma maneira o produto de um roubo cujas vítimas eram elas (...).
É preciso assinalar ainda que essa insurreição terrível não foi fruto da ação de certo número de conspiradores, mas a sublevação de toda uma população contra outra (...).” 
(Alexis de Tocqueville, Lembranças de 1848. 1991)

A partir do texto, é correto afirmar que
a) a revolução limitou-se, em 1848, a apelos políticos, no sentido de a classe burguesa, líder do movimento, atrair as classes populares para a luta, contra o absolutismo de Carlos X, usando as ideias liberais como combustível para a implantação do Estado liberal.   
b) a revolução de 1848, liderada pelos homens de 1830, isto é, a classe burguesa, tinha como maiores objetivos a queda de Luís Bonaparte e a vitória das ideias socialistas, pregadas nos banquetes e nas barricadas contra o rei e contra a nobreza.   
c) a revolução de 1848, influenciada pelo socialismo utópico, significou a luta entre a classe burguesa, líder da revolução de 1830, e as classes populares que, cada vez mais organizadas na campanha dos banquetes e nas barricadas, forçaram a queda do rei Luís Felipe.   
d) os líderes revolucionários de 1848, os mesmos da revolução de 1830, sob forte propaganda das ideias liberais e influenciados pela luta política, convocaram e obtiveram o apoio das classes populares, no Parlamento, contra o rei Luís Felipe.   
e) o rei Luís Felipe, no trono francês entre 1830 e 1848, foi derrubado por uma bem orquestrada luta política no Parlamento, que uniu liberais e socialistas, vitoriosa para essa aliança, que formou o governo provisório e elegeu o presidente Luís Bonaparte.   
  
4. (Fmp 2016) 

Nos dias atuais, muitos eleitores brasileiros têm opinião similar à do telespectador representado na charge. Mas nem sempre foi assim. Ao contrário: em meados do século XIX, na Inglaterra, ganhava força um movimento social de trabalhadores cujas demandas partiam de premissa frontalmente oposta àquela que está associada à opinião do “eleitor” da charge.
O nome desse movimento social e uma demanda que expunha quanto à remuneração do trabalho de representação parlamentar estão apresentados, respectivamente, em:
a) anarquismo; aumento dos vencimentos de parlamentares   
b) comunismo; diminuição dos salários de congressistas   
c) liberalismo; diminuição da quantidade de deputados   
d) cartismo; pagamento aos membros do Parlamento   
e) ludismo; proibição da remuneração de donos de fábricas   

5. (Uece 2014) O século XIX foi marcado pelo surgimento de correntes de pensamento que contestavam o modelo capitalista de produção e propunham novas formas de organizar os meios de produção e a distribuição de bens e riquezas, buscando uma sociedade que se caracterizasse pela igualdade de oportunidades. No que diz respeito a essas correntes, assinale a afirmação verdadeira.
a) O socialismo cristão buscava aplicar os ensinamentos de Cristo sobre amor e respeito ao próximo aos problemas sociais gerados pela industrialização, mas apesar de vários teóricos importantes o defenderem, a Igreja o rejeitou através da Encíclica Rerum Novarum, lançada pelo Papa Leão XIII.
b) No socialismo utópico, a doutrina defendida por Robert Owen e Charles Fourrier, prevaleciam as ideias de transformar a realidade por meio da luta de classes, da superação da mais valia e da revolução socialista.
c) O socialismo científico proposto por Karl Marx e Friedrich Engels, através do manifesto Comunista de 1848, defendia uma interpretação socioeconômica da história dos povos, denominada materialismo histórico.
d) O anarquismo do russo Mikhail Bakunin defendia a formação de cooperativas, mas não negava a importância e a necessidade do Estado para a eliminação das desigualdades.

6. (Uel 2007) O quadro a seguir, criado pelo italiano Giuseppe Pellizza, é uma expressiva representação da emergência dos movimentos sociais no final do século XIX, ao mostrar uma multidão de trabalhadores que, determinadamente, avança para reivindicar seus direitos. Esse fenômeno de desenvolvimento das organizações coletivas, como o movimento sindical e os partidos políticos, teve início na Europa e Estados Unidos do século XIX, espalhando-se por todo o mundo ocidental.
Qual das afirmativas a seguir corresponde às condições sociais daquele período?
a) A rígida estratificação social impedia que os camponeses procurassem trabalho fora dos limites feudais. 
b) A estagnação do setor econômico-produtivo, centralizado num mundo agrário incapaz de atender às necessidades humanas de subsistência. 
c) Leis trabalhistas que reconheciam os direitos dos homens, mulheres e crianças. 
d) As péssimas condições de vida dos mais pobres, com longas jornadas de trabalho e precárias condições de habitação. 
e) A expansão dos governos democráticos, abertos à participação popular e à inclusão dos mais pobres na política. 

7. (Unicamp 2011) A história de todas as sociedades tem sido a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo despotismo feudal, a burguesia conquistou a soberania política no Estado moderno, no qual uma exploração aberta e direta substituiu a exploração velada por ilusões religiosas.
A estrutura econômica da sociedade condiciona as suas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, ao contrário, são as relações de produção que ele contrai que determinam a sua consciência.
(Adaptado de K. Marx e F. Engels, Obras escolhidas. São Paulo: AlfaÔmega, s./d., vol 1, p. 21-23, 301-302.)

As proposições dos enunciados acima podem ser associadas ao pensamento conhecido como
a) materialismo histórico, que compreende as sociedades humanas a partir de ideias universais independentes da realidade histórica e social. 
b) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção. 
c) socialismo utópico, que propõe a destruição do capitalismo por meio de uma revolução e a implantação de uma ditadura do proletariado. 
d) socialismo utópico, que defende a reforma do capitalismo, com o fim da exploração econômica e a abolição do Estado por meio da ação direta. 

8. (Enem 2010-cancelada) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.

No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego. 
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários. 
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários. 
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais. 
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas. 

9. (Ufg 2010) Leia o texto a seguir.
Viva o Esporte Proletário!
A necessidade de esporte para a juventude é um fato incontestável.A burguesia se aproveita desse fato para canalizar todos os jovens das fábricas para seus clubes.
Que fazem os jovens nos clubes burgueses?
Defendem as cores desses clubes. Se o clube é de uma fábrica, é o nome e a cor da fábrica que defendem; a burguesia cultiva neles a paixão e a luta contra a juventude de outras empresas […]
Todo operário footballer deve ingressar nos clubes proletários.
O trabalhador gráfico. 25 jun. 1928. Apud DECCA, Maria Auxiliadora Guzzo de. Indústria, trabalho e cotidiano. Brasil – 1889 a 1930. São Paulo: Atual, 1991. p. 71. (Adaptado).

O fragmento do jornal conclama a uma prática organizativa própria do movimento anarquista brasileiro, segundo a qual
a) o exercício físico seria o meio para o fortalecimento do espírito dos militantes. 
b) a militância política deveria ser exercida em todas as dimensões da vida do trabalhador. 
c) a participação dos cidadãos nos clubes de futebol das fábricas reforçaria a harmonia social. 
d) a aliança proletário-burguesa deveria ser buscada por intermédio das práticas desportivas. 
e) os militantes deveriam conscientizar os operários de que o futebol é um esporte alienante. 

10. (Ufrrj) 
"A criação de um proletariado despossuído, (...) cultivadores vítimas de expropriações violentas repetidas, foi necessariamente mais rápida que sua absorção pela nascentes manufaturas. (...) Forma-se uma massa de mendigos, ladrões e vagabundos. Desde o final do século XV e durante todo o século XVI na Europa Ocidental foi criada uma legislação sanguinária contra o ócio. Os pais da atual classe operária foram castigados por terem sido reduzidos à situação de vagabundos e pobres. A legislação os tratava como criminosos voluntários; ela pressupunha que dependia de seu livre arbítrio continuar a trabalhar como antes."
(MARX, Karl. "O Capital". Paris, Garnier-Flamarion, 1969.)

As transformações econômicas e sociais costumam gerar profundas alterações no chamado "mundo do trabalho". A situação apontada por Marx refere-se ao processo histórico
a) das revoluções anticapitalistas, ocorridas na Europa, contra as quais a burguesia determinou severa repressão.
b) das revoltas operárias, como o ludismo, voltadas à destruição das máquinas e à exploração por elas causada.
c) da Revolução Francesa, na qual os trabalhadores foram transformados em massa de manobra dos interesses burgueses.
d) de cercamento dos campos, com o deslocamento de um grande contingente de despossuídos da sua área rural de origem.
e) da Revolução Industrial, quando os criminosos eram expulsos das fábricas e proibidos de trabalhar em outra ocupação, pela legislação vigente.

11. (Fatec)

"Os sofrimentos dos combatentes e da retaguarda levaram-nos a associar espontaneamente o regime capitalista e a guerra, a considerar que esta guerra não era a 'sua guerra'; o prestígio das classes dirigentes, que não souberam evitar o conflito, nem abreviá-lo ou poupar as vidas humanas, debilitou-se tanto mais quanto o enriquecimento rápido e espetacular de toda uma parte dessas classes contrastava com o luto e a aflição das massas. Por um momento submergidos, no início das hostilidades, pela vaga nacionalista, os conflitos de classe reaparecem, mais vigorosos e exacerbados por quatro anos de miséria. As classes dirigentes têm consciência do fato, e o medo do contágio revolucionário cria em seu meio um intenso terror que se manifesta na vontade de destruir este novo Estado, onde, pela primeira vez, o socialismo transporta-se do terreno da teoria para o das realidades. A união do mundo branco está rompida; doravante não haverá mais neutros; conscientemente ou não, é em relação à Revolução Russa - objeto de receios e repulsa para uns, de esperança para outros - que se classificarão governos, partidos e simples particulares."
(CROUZET, M. - História Geral das civilizações - A época contemporânea)

A partir da descrição do autor, é correto afirmar que:
a) o socialismo seria a única solução para evitar uma luta de classes.
b) o medo do socialismo levaria o empresariado a apoiar ações contrárias, e isso provocou, mais tarde, o estabelecimento do fascismo e do nazismo.
c) a passagem das ideias do socialismo à prática levou toda a Europa a se conscientizar do perigo comum.
d) a união do mundo branco rompeu-se e, após a Revolução Russa, provocou reflexos imediatos na libertação dos povos coloniais.
e) a Europa saiu da guerra mais nivelada politicamente, pois a guerra acabou com as grandes fortunas, dando chances para uma estabilização socioeconômica.

12. (Fatec) "A queda da burguesia e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis (...). Os proletários nada têm a perder com ela, a não ser as próprias cadeias. E têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos".
Esse trecho, extraído do Manifesto Comunista de Marx e Engels, foi escrito no contexto histórico marcado
a) pelo acirramento das contradições políticas, econômicas e sociais decorrentes do processo conhecido como Revolução Industrial.
b) pelos conflitos entre trabalhadores e patrões que começaram a pontuar os países capitalistas a partir da ocorrência da Revolução Russa.
c) pela afirmação dos Estados Unidos como potência imperialista com interesses econômicos e políticos em várias regiões do planeta.
d) pelo confronto entre vassalos e suseranos, no momento de ápice da crise do modo de produção feudal e de enfraquecimento da autoridade religiosa.
e) pelo incremento das contestações populares às diretrizes políticas implantadas pelos regimes autoritários que floresceram na Europa, na primeira metade do século XX.

13. (Fgv 2014) O “socialismo real” agora enfrentava não apenas seus próprios problemas sistêmicos insolúveis mas também os de uma economia mundial mutante e problemática, na qual se achava cada vez mais integrado.

Com o colapso da URSS, a experiência do “socialismo realmente existente” chegou ao fim. Pois, mesmo onde os regimes comunistas sobreviveram e tiveram êxito, como na China, abandonaram a ideia original de uma economia única, centralmente controlada e estatalmente planejada, baseada num Estado completamente coletivizado.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos. p. 458 e 481. Adaptado)

A partir do texto, é correto afirmar que: 
a) os países do socialismo real, como a União Soviética, acompanharam em parte as mudanças da década de 1970 e sobreviveram sem reformas, pois, mesmo sem o grande avanço técnico-científico, conseguiram neutralizar os graves efeitos da burocratização, da economia planificada, da proletarização da classe média e do obsoleto parque industrial e, ainda, mantiveram a unidade do bloco socialista.
b) nos anos 1980, as reformas econômicas e políticas – a perestroika – colocaram os países do socialismo real no rumo do capitalismo, substituindo a ação estatal pelo mercado, com ênfase nas privatizações e na abertura para o capital estrangeiro, medidas que obtiveram pleno êxito e fizeram a economia perder suas características estatizantes, impedindo, ainda, o fim do bloco socialista.
c) a unidade do bloco do socialismo real foi motivada pelo equilíbrio da estrutura política dos Estados em se adaptar às necessidades da economia de mercado, pois a planificação pelo Estado burocratizado é incompatível com a economia de mercado, apoiada no desenvolvimento técnico-científico, nas crescentes privatizações, no apoio do capital externo e nas diferenciações salariais.
d) nos países do socialismo real, os problemas externos, isto é, da economia mundial, a partir dos anos 1970, responsáveis pelas oscilações do comércio internacional, prevaleceram sobre os problemas internos, como a burocratização do Estado e o atraso técnico-científico, que sofreram reformas estatais nos anos 1980 e minimizaram as graves tensões sociais, mantendo a união do bloco socialista.
e) além dos problemas internos da própria estrutura política endurecida pela burocracia e pelo autoritarismo, os países do socialismo real, a partir dos anos 1970, já inseridos no mercado mundial, enfrentaram o baixo desenvolvimento técnico-científico e as tensões sociais e ensaiaram, sem êxito, nos anos 1980, reformas políticas e econômicas para manter a unidade do bloco socialista.   

14. (Mackenzie) Os primeiros socialistas, ao formularem profundas críticas ao progresso industrial, estavam ainda impregnados de valores liberais. Atacando os grandes proprietários, mas tendo, em geral, muita estima pelos pequenos, esses teóricos acreditavam que pudesse haver um acordo entre as classes.
Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo
Os historiadores acima estão se referindo aos:
a) socialistas científicos.
b) socialistas utópicos.
c) anarquistas.
d) marxistas.
e) socialistas liberais.

15. (Pucmg) O chamado socialismo científico, formulado por Marx e Engels no século XIX, propunha:
a) a superação do capitalismo pela ação revolucionária dos trabalhadores, aglutinados em torno da Internacional Socialista.
b) a redução do papel do Estado na economia para efetivar o controle direto pelo proletariado sobre os meios de produção.
c) a supressão de toda legislação trabalhista e social, tida como mecanismo de alienação e cooptação do proletariado.
d) a realização de sucessivas reformas na estrutura capitalista, possibilitando a gradativa implantação do comunismo avançado.

16. (Pucmg) No início do século XIX, um grupo de operários ingleses liderados por Ned Ludlam organizou um movimento de protesto contra as precárias condições de vida e trabalho do proletariado. O ludismo caracterizou-se:
a) pela tomada do poder e instalação de um governo revolucionário que suprimiu a propriedade particular e estimulou a criação de cooperativas.
b) pela elaboração da chamada Carta do Povo exigindo do Parlamento britânico a realização de uma série de reformas sociais e políticas.
c) pela destruição de máquinas e equipamentos industriais considerados responsáveis pelo crescente desemprego e depauperação dos trabalhadores.
d) pela constituição de uma poderosa estrutura sindical e partidária, que permitiu a organização do proletariado e o aumento de sua força política.

17. (Uerj) Os anarquistas, senhores, são cidadãos que, em um século em que se prega por toda a parte a liberdade das opiniões, acreditam ser seu dever recomendar a liberdade ilimitada. (...)
Os anarquistas propõem-se, pois, a ensinar ao povo a viver sem governo, da mesma forma como ele começa a aprender a viver sem Deus.
Declaração dos Anarquistas, 1883.
(VOILLIARD, Odette et alii. Documents d'Histoire Contemporaine (1851-1971). Paris: Armand Colin, 1964.)

No texto acima, está apresentado o seguinte princípio do anarquismo:
a) rejeição do poder instituído, negando a necessidade do Estado
b) recusa das eleições, substituindo-as pelo sindicalismo revolucionário
c) fim do Estado e da Igreja, pregando sua substituição por ações de um cooperativismo associacionista
d) superioridade da ação profissional sobre a da política, buscando a independência dos partidos políticos

18. (Ufmg) Em 1891, o Papa Leão XIII editou um documento - a encíclica "Rerum Novarum" - que deixou marcas profundas na Igreja Católica. A importância desse documento transcende os muros da Igreja, haja vista que ele redefiniu o pensamento católico e o modo como essa Instituição se relacionava com as sociedades em que atuava.
Considerando-se a influência da "Rerum Novarum", é CORRETO afirmar que essa encíclica
a) significou uma condenação vigorosa da guerra e do colonialismo, pela manifestação do pacifismo e do humanismo inerentes aos valores cristãos.
b) deu origem ao pensamento social católico, a partir do impacto da expansão do capitalismo e do crescimento do ideário socialista.
c) transformou a Igreja em aliada do movimento fascista, abrindo caminho para a Concordata entre o Papa e o Estado italiano.
d) representou uma tomada de posição do Vaticano contra a religião muçulmana, que crescia em ritmo acelerado e ameaçava a posição hegemônica do catolicismo.

19. (Ufpr) No filme "Matrix" (1999), dos irmãos Andy e Larry Wachowski, a vida humana não passa de uma ilusão, pois os seres humanos vivem ligados às máquinas como baterias de um amplo sistema de controle tecnológico. Esse filme suscitou inúmeras reflexões e debates de natureza filosófica e religiosa, mas um aspecto que merece ser destacado é o político, pois é um filme que apresenta uma visão pessimista e antiutópica do futuro humano. Contudo, muito antes dos filmes de ficção científica, as esperanças e os desejos de uma sociedade ideal já inspiravam pensadores e escritores, que deixaram em suas obras modelos de transformação social. Sobre a imaginação utópica e seus fundamentos, é correto afirmar:
a) As obras caracterizadas como utópicas são assim chamadas devido à sua natureza ficcional, sem nenhuma relação com a realidade.
b) "A República", obra utópica escrita por Platão, previa um mundo controlado pelos sacerdotes.
c) Em seu livro "A Utopia", o humanista inglês Thomas More, ao defender a propriedade privada e o enriquecimento, tinha como modelo ideal a seguir a sociedade inglesa de sua época.
d) Durante o século XIX, multiplicaram-se as utopias de caráter socialista-comunista, como as de Owen, Saint-Simon e Fourier, enfatizando a transformação das condições materiais da sociedade.
e) O livro "1984", de George Orwell, é uma utopia socialista inspirada na Revolução Russa e na admiração do autor pelo sistema político soviético.

20. (Uespi 2012) A modernidade não se fez sem a multiplicidade de saberes e o confronto de concepções de mundo. Por exemplo, no século XIX, o movimento romântico:
a) incentivou ideais nacionalistas e construiu críticas ao Iluminismo. 
b) negou as principais teorias de Rousseau e dos filósofos idealistas. 
c) foi contra as tradições populares, o que favoreceu a escolha de caminhos elitistas. 
d) aceitou muitas regras do classicismo, desprezando o individualismo burguês. 
e) anulou a importância da memória histórica e do apego às tradições.


Gabarito: 
1. d) A pequena burguesia ou classe média é uma classe antirrevolucionária, pois, embora esteja mais próxima das condições materiais do proletariado, apoia a alta burguesia. 

2. d) Thomas Malthus e Adam Smith defendem o pensamento liberal clássico e Karl Marx foi um dos autores do socialismo científico. 

3. c) a revolução de 1848, influenciada pelo socialismo utópico, significou a luta entre a classe burguesa, líder da revolução de 1830, e as classes populares que, cada vez mais organizadas na campanha dos banquetes e nas barricadas, forçaram a queda do rei Luís Felipe. 

4. d) cartismo; pagamento aos membros do Parlamento 

5. c) O socialismo científico proposto por Karl Marx e Friedrich Engels, através do manifesto Comunista de 1848, defendia uma interpretação socioeconômica da história dos povos, denominada materialismo histórico. 

6. d) As péssimas condições de vida dos mais pobres, com longas jornadas de trabalho e precárias condições de habitação. 

7. b) materialismo histórico, que concebe a história a partir da luta de classes e da determinação das formas ideológicas pelas relações de produção. 

8. b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários. 

9. b) a militância política deveria ser exercida em todas as dimensões da vida do trabalhador. 

10. d) de cercamento dos campos, com o deslocamento de um grande contingente de despossuídos da sua área rural de origem.

11. b) o medo do socialismo levaria o empresariado a apoiar ações contrárias, e isso provocou, mais tarde, o estabelecimento do fascismo e do nazismo.

12. a) pelo acirramento das contradições políticas, econômicas e sociais decorrentes do processo conhecido como Revolução Industrial.

13. e) além dos problemas internos da própria estrutura política endurecida pela burocracia e pelo autoritarismo, os países do socialismo real, a partir dos anos 1970, já inseridos no mercado mundial, enfrentaram o baixo desenvolvimento técnico-científico e as tensões sociais e ensaiaram, sem êxito, nos anos 1980, reformas políticas e econômicas para manter a unidade do bloco socialista. 

14. b) socialistas utópicos.

15. a) a superação do capitalismo pela ação revolucionária dos trabalhadores, aglutinados em torno da Internacional Socialista.

16. c) pela destruição de máquinas e equipamentos industriais considerados responsáveis pelo crescente desemprego e depauperação dos trabalhadores.

17. a) rejeição do poder instituído, negando a necessidade do Estado

18. b) deu origem ao pensamento social católico, a partir do impacto da expansão do capitalismo e do crescimento do ideário socialista.

19. d) Durante o século XIX, multiplicaram-se as utopias de caráter socialista-comunista, como as de Owen, Saint-Simon e Fourier, enfatizando a transformação das condições materiais da sociedade.

20. a) incentivou ideais nacionalistas e construiu críticas ao Iluminismo.

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