SOCIOLOGIA
ANTES DE RESPONDER PESQUISE SOBRE TEMAS E OS AUTORES CITADOS.
-
O surgimento da sociologia no Brasil procurou:
-
Compreender os problemas sociais brasileiros em virtude da industrialização verificada na pós-revolução de 1930.
-
Compreender os problemas sociais á partir da “herança colonial”.
-
Compreender os problemas sociais à partir da “república dos coronéis”.
-
Compreender os problemas sociais brasileiros à partir da implantação de medidas neo-liberais pelo presidente Collor.
-
É considerado o marco inicial da sociologia no Brasil a obra:
-
Casa Grande e senzala de Gilberto Freyre.
-
Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda.
-
O povo Brasileiro de Darcy Ribeiro.
-
Os Sertões de Euclides da Cunha.
-
Na obra Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda, é traçado um perfil do brasileiro que:
-
mostra sua cordialidade e sua solidariedade frente aos outros indivíduos em sociedade.
-
mostra a religiosidade brasileira, que faz com que o indivíduo se mostre cordial e solidário.
-
Mostra o desapego do brasileiro com as questões públicas mostrando sua total isonomia.
-
mostra o caráter dissimulado de sua cordialidade, mostrando que a idéia do brasileiro cordial não passa de mera ficção.
-
Sobre democracia racial sustentada por Gilberto Freyre, pode-se compreender como sendo:
-
virtude da grande miscigenação verificada no Brasil, o que existiria aqui não seria propriamente preconceito de raça e sim, preconceito de classe.
-
virtude da grande miscigenação verificada no Brasil, o que existiria aqui não seria propriamente preconceito de classe e sim, preconceito de raça.
-
a democracia racial no Brasil seria exatamente a idéia de que todos os brasileiros possuem acesso a todos os serviços públicos independente da cor e classe social.
-
refere-se que no Brasil não existiria preconceito em relação a estrangeiros principalmente aos japoneses e aos alemães que mesmo tendo possuído em deus países regimes totalitários receberam no Brasil a cordialidade a simpatia.
- Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos:
“Falo
somente com o que falo: a
linguagem enxuta, contato denso; falo
somente do que falo:
a vida seca, áspera e clara do sertão; falo
somente por quem falo:
o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo
somente para quem falo: para
os que precisam ser alertados para a situação da miséria no
Nordeste.”
A
sociologia brasileira surgiu no nordeste como forma de analisar os
principais problemas que afligiam brasileiros a partir da chamada
Herança colonial
Para
João Cabral de Melo Neto, no texto literário entrando no campo da
sociologia,
-
a linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores.
-
a linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido.
-
o escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor.
-
a linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores.
-
a linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor.
-
Celso Furtado foi um dos sociólogos mais importantes do Brasil por fazer uma pesquisa profunda da História brasileira procurando estabelecer as causas para o subdesenvolvimento brasileiro. Para ele, são causas do subdesenvolvimento brasileiro EXCETO:
-
A imposição de regras comerciais desiguais aos países periféricos.
-
A posição independente do Brasil em relação às potências centrais em especial os EUA
-
Para ele o subdesenvolvimento não é um processo autônomo, sendo imposto pelos países ricos.
-
Para pertencer ao seleto grupo dos países capitalistas independentes o Brasil teve que se submeter as “regas do jogo”, nem sempre vantajosas ao Brasil
-
Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.
I
- “Mais
uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento
que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até
fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas
e o Brasil não pode suportar esse ônus.(...) É preciso congelar
essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e
também genocidas.(...) Nós, índios, queremos falar, mas queremos
ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”
Marcos
Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos
Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas,
Folha
de S. Paulo,
31 de agosto de 1994.
II
- “O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por
que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio
brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que
existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um
processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou
por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do
neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio
Jaguaribe, cientista político, Folha
de S. Paulo,
2 de setembro de 1994.
Pode-se
afirmar, segundo os textos, que
-
tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos.
-
Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios.
-
Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil.
-
Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira.
-
Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas.
-
Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica .A alegria de ser brasileiro., do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada naquele ano pelo jornal Última Hora.
Agora,
com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. Convenhamos que
a seleção as merece. Merece por tudo: não só pelo futebol, que
foi o mais belo que os olhos mortais já contemplaram, como também
pelo seu maravilhoso índice disciplinar. Até este Campeonato, o
brasileiro julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava o
inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino,
mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia inenarráveis. E,
súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil.
Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam
botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente dentro
dos limites rígidos da esportividade. Então, se verificou o
seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não existe. O único
inglês que apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos motivos,
vamos perder a vergonha (...), vamos sentar no meio-fio e chorar.
Porque é uma alegria ser brasileiro, amigos.
Além
de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues quis
dizer que o comportamento dos jogadores dentro do campo
-
foi prejudicial para a equipe e quase pôs a perder a conquista da copa do mundo.
-
mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualidades que admiravam nos europeus, principalmente nos ingleses.
-
ressaltou o sentimento de inferioridade dos jogadores brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu de revidar as agressões sofridas.
-
mostrou que o choro poderia aliviar o sentimento de que os europeus eram superiores aos brasileiros.
-
mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus, podendo comportar-se como eles, que não respeitavam os limites da esportividade.
-
Leia
Brasil
O
Zé Pereira chegou de caravela
E
preguntou pro guarani da mata virgem
― Sois
cristão?
― Não.
Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
Teterê
tetê Quizá Quizá Quecê!
Lá
longe a onça resmungava Uu! ua! uu!
O
negro zonzo saído da fornalha
Tomou
a palavra e respondeu
― Sim
pela graça de Deus
Canhem
Babá Canhem Babá Cum Cum!
E
fizeram o Carnaval
(Oswald
de Andrade)
Este
texto apresenta uma versão humorística da formação do Brasil,
mostrando-a como uma junção de elementos diferentes.
Considerando-se esse aspecto, é CORRETO
afirmar que a visão apresentada pelo texto é
-
ambígua, pois tanto aponta o caráter desconjuntado da formação nacional, quanto parece sugerir que esse processo, apesar de tudo, acaba bem.
-
inovadora, pois mostra que as três raças formadoras – portugueses, negros e índios – pouco contribuíram para a formação da identidade brasileira.
-
moralizante, na medida em que aponta a precariedade da formação cristã do Brasil como causa da predominância de elementos primitivos e pagãos.
-
preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o elemento europeu, vindo com as caravelas.
-
negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e falta de seriedade.
-
A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:
-
Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.
-
Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias.
Também
sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre
nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de
produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade
de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor,
acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco
pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na
formação do Brasil, adoçando-o.
(Gilberto
Freire. O mundo
que o português criou.)
[Porém]
o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um
processo de integração das “raças” em condições de igualdade
social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os
segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar,
efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan
Fernandes. O negro
no mundo dos
brancos.)
Considerando
as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é
CORRETO
aproximar
-
a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes.
-
a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II.
-
a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II.
-
somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.
-
somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes.