Na “Carta ao Povo de Deus”, os religiosos disseram que o governo se baseia numa “economia que mata”
Depois da divulgação da “Carta ao Povo de Deus”, os 152 bispos brasileiros se unirão a representantes de várias religiões no domingo (9) em ato virtual pela democracia e contra a gestão de Bolsonaro na pandemia do coronavírus. No manifesto, eles disseram que o governo se baseia numa “economia que mata”. O evento é organizado pelo Projeto Brasil Nação.
Os bispos dizem que “interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo”.
De acordo com o documento, “é dever de quem se coloca na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário”. “As escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência frente aos desmandos do governo federal, não justificam a inércia e a omissão no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro.”
O projeto está colhendo assinaturas em apoio à carta dos bispos. “A carta mostra a situação dramática que o Brasil vive e o fato de que nós não temos um governo que esteja defendendo a vida das pessoas, os direitos humanos”, afirmou o ex-ministro Bresser-Pereira, que participa do projeto.
“Está morrendo muito mais gente do que devia porque o governo está adotando uma política absolutamente irresponsável de não fazer o que é recomendado pelos cientistas.”
De acordo com o manifesto de apoio do projeto, Bolsonaro “age para destruir o Brasil e subordiná-lo aos interesses estrangeiros, colocando a nação como vassala dos Estados Unidos”. “Roendo as instituições, desprezando a população e aniquilando pequenas empresas, o governo se transforma em inimigo da vida”,
Até a noite desta quarta-feira (5), o apoio já reunia mais de 1.100 assinaturas, entre elas as dos cantores Chico Buarque e Caetano Veloso e do ator e diretor Wagner Moura. Desde maio, pipocam nas redes sociais movimentos pró-democracia críticos ao governo Bolsonaro. Estamos Juntos, Somos 70%, Basta! e Mulheres Derrubam Bolsonaro são alguns deles.
Com informações da Folha
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