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segunda-feira, outubro 16, 2023

Sionistas em grupo deWhatsApp ameaçam blogueiro Judeu

 Mensagens trocadas por integrantes do grupo sionista relatam possíveis atos de violência contra o jornalista e outras formas de retaliação a ele e outros alvos

Breno Altman

Um grupo de WhatsApp chamado "Jew Politics", formado por 299 integrantes de comunidades sionistas (Judeus da Extrema-Direita) no Brasil, tem trocado mensagens com ameaças de agressões ao jornalista Breno Altman, judeu e editor do Opera Mundi, que tem feito várias manifestações contra o "apartheid", o "estado colonial de Israel" e o "genocídio" que vem sendo promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Nas mensagens, obtidas pela redação do Brasil 247, constam ameaças de agressões e de retaliações de outra natureza, além de insultos ao jornalista.

Uma das mensagens mais agressivas foi postada por Patrick Peres. "Tem que dar um cala boca na porrada, precisa arrancar os dentes da boca desse fdp e cortar os dedos fora para parar de escrever e falar merda", afirma. 

Mensagem contra Breno Altman 1
Mensagem contra Breno Altman 1(Photo: Reprodução WhatsApp)

Em outra mensagem, um perfil que se identifica como Ariel Jew Krok compartilha um post do também jornalista Caio Blinder, em que Altman é comparado a um kapo. Os kapos foram judeus que serviram como agentes nazistas nos campos de concentração.

Mensagem Breno Altman 2
Mensagem Breno Altman 2(Photo: Reprodução WhatsApp)

No diálogo, Ricardo Kahn contesta a comparação com os kapos, porque, segundo ele, alguns colaboracionistas do passado, agiriam desta forma para salvar a própria pele, em circunstâncias adversas. Em seguida, Vivian afirma que "tem gente trabalhando para calar a boca dele". 

Mensagem Breno Altman 3
Mensagem Breno Altman 3(Photo: Reprodução WhatsApp)

Na sequência do diálogo, Fernando Plapler diz que "tinha que dar um pau nesse kapo". 

Mensagem Breno Altman 4
Mensagem Breno Altman 4(Photo: Reuters)

Nos diálogos, os integrantes do grupo também listam os nomes de outros potenciais judeus traidores da causa sionista, mencionando nomes como o jornalista Andrew Fishman, editor do Intercept, e o professor Michel Gherman, estudioso de questões judaicas. Eduardo Finger chega a propor uma campanha contra Gherman.


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