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quarta-feira, novembro 22, 2023

DRAMATIZAÇÃO DA TURMA CN 3003/2023 - PEÇA "O AUTO DA COMPADECIDA"

 As aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de golpes para sobreviver. Eles estão sempre enganando o povo de um pequeno vilarejo, inclusive o temido cangaceiro Severino de Aracaju, que os persegue pela região.

Vemos ao longo da história como Chicó e João Grilo sofrem em meio a um cotidiano duro, marcado pela seca, pela fome e pela exploração do povo.

Diante desse contexto de penúria, o que resta para os personagens é usarem o único recurso que tem em mãos: a inteligência. 

Peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas.



O Compositor pesquisado pela turma foi Belchior 

Belchior: uma voz lúcida, mas pouco compreendida, que driblava estereótipos

Pesquisa questiona antigas visões da crítica sobre a obra do cantor e compositor cearense, como a de que seria porta-voz de uma contracultura tardia ou uma versão nacional de Bob Dylan. Artista construiu uma identidade híbrida que fugia de definições prontas.


Renato Coelho

“Delírios Por Coisas Reais: Uma Introdução sobre Belchior”. Este é o título do trabalho  de doutorado de Thiago Vieira, pesquisador e membro do Grupo de Estudos Culturais da Unesp em Franca, sob a orientação do professor José Adriano Fenerick.

Reconhecido como um dos grandes nomes da MPB, Belchior gravou em 1976 aquele que foi possivelmente seu álbum de maior sucesso, “Alucinação”. Na época, críticos como Nelson Motta e Renato Moraes saudaram as novidades apresentadas pelo disco e pelo repertório, que carregavam  inovações sonoras e poéticas. Era possível identificar até influências do movimento concretista sobre as letras do artista cearense, além da inevitável comparação de seu trabalho com o de Bob Dylan.

Mas houve críticas ruins também. Sérgio Cabral, por exemplo, enxergava no espírito anarquista e contraditório das canções de Belchior algo já ultrapassado, requentado. Para o jornalista, a visão de mundo impressa nas canções estava apenas travestida de novidade, e não passava de uma rememoração do Maio de 1968 e dos movimentos de contracultura. Em plena segunda metade da década de 1970, ele achava que essa perspectiva já estava envelhecida

Partindo desse ponto de análise, Vieira, que já tem graduação e mestrado pela Unesp, optou por se debruçar sobre alguns trabalhos de Belchior e buscar entender a relação do artista com a contracultura e o papel do músico dentro do universo da música feita no país, em especial nos anos 1970.

“É certo que havia um arrefecimento dos valores da contracultura. Mas “Alucinação”, em sua disposição de canções, parece notar o mesmo que Sérgio Cabral. O trabalho tentava ao menos dar começo meio e fim ao estado de coisas que afetava a sociedade brasileira e propunha saídas”, diz o pesquisador. Vieira destaca o caráter denso do álbum: suas canções apresentam a estagnação da juventude diante dos entraves políticos brasileiros. Isso lhe permite analisar, de forma contundente, os conflitos geracionais, e também aborda “temas ligados à sociologia urbana quando discute, por exemplo, o flagelo do migrante em centros urbanos”, diz.

Vieira analisou todos os álbuns que Belchior gravou na década de 1970. “Esses temas e características são interpretados por Belchior durante seu período de maior ascensão no mercado musical brasileiro, que por questões comerciais se estabeleceu fundamentalmente na segunda metade da década de 1970.”

Para emplacar suas narrativas, Belchior se apropriou de um estilo de artista engajado que se diferenciava daquele tradicionalmente associado aos Festivais de Música Popular na década de 1960. Isto não quer dizer que ele refutasse aquele estilo; pelo contrário, assimilou alguns elementos que se tornaram parte do sujeito híbrido que construiu artisticamente.

Esse sujeito se recusava a se deixar rotular por sua origem, nem se queria demasiadamente cosmopolita. E, diferentemente do que a crítica enxergava à época, não era um correlato tupiniquim/cearense de Bob Dylan. Belchior estava impregnado de tempo histórico, como qualquer cidadão comum está, mas suas experiências e sua sagacidade para ler o mundo lhe permitiram dar voz a suas aflições diante da questão social, da paralisia no enfrentamento da Ditadura Civil-Militar e abriram espaço para que falasse sobre o Brasil  de um outro lugar social.

De acordo com a pesquisa, embora não dispusesse de um cabedal tão primoroso de palavras e rimas, Belchior foi dando singularidade às suas canções também usando recursos como sua voz anasalada e o canto que forçava tônicas em certas sílabas. Ele também  dialogava com a literatura nacional e estrangeira do século 20, e lutou fortemente para fugir dos rótulos, sobretudo daqueles que insistiam demasiadamente em reduzi-lo a sua região e ao seu estado natal.

Se no tempo e no espaço, a obra de Belchior adquiriu contornos passíveis de serem estudados, o doutorando propõe que interpretar Belchior por chaves que prezam pela construção de identidades não é uma alternativa. Nem, tampouco, reduzi-lo às engrenagens do mercado musical. O caminho para compreendê-lo reside em suas canções e em tudo que delas deriva – tematizações, harmonias, estilística e arranjos Além, é claro, do material jornalístico produzido a partir de suas canções. Entre estes, até os que parecem não ir muito além da elucubração se revelaram precisos para que o autor exprimisse a forma como enxergava as vicissitudes de seu tempo.

“Pesquisei essas questões com muita atenção. Não é tarefa fácil pensar o lugar de onde fala o autor, pois trata-se de alguém com formação difusa e pouco panfletário. Na verdade, eu entendi que Belchior não foi uma expressão da contracultura. Ele estava vivendo um momento e sendo afetado por uma série de experiências do final do anos 1960 e início dos 1970. Estava se construindo artisticamente como alguém que ainda lida como uma canção critica, herdada da década anterior, e as aberturas proporcionadas pelo tropicalismo para que lidasse com suas experimentações, sonoridades e temas. Entendi que, se existe contracultura em sua obra, ela está no plano de fundo”, diz.

Para Vieira, se há algo duradouro na trajetória de Belchior é esse lugar de se fazer canção. Essa postura permitiu que ele acontece como fenômeno na segunda metade dos anos 1970, gerando desconforto por sua acidez em refutar o desbunde, por vezes não desfrutando do reconhecido da crítica ou mesmo dos seus pares. Belchior não era benquisto por quem historicamente fez defesas do nacional popular e nem encontrou alguém semelhante nas fileiras que deram continuidade ao tropicalismo.

O pesquisador diz que há quem conteste a existência de alguma originalidade expressiva na obra do cantor. A historiografia tende a enxergar a MPB como um amálgama das tendências musicais dos anos 1960, cujo surgimento se deu por meio dos festivais de música popular e que, por sua incontestável qualidade, ganhou espaço e relevância na indústria musical. Nessa perspectiva, Belchior não seria nada além de mais um típico artista de MPB. “No entanto, sustentar esta opinião seria aprisionar demais a capacidade do alcance de determinado artista, subtraindo-o às caracterizações inerentes de uma sigla, de modo que a MPB serve muito mais a identificação das canções no nível de seu relacionamento com o mercado musical do que efetivamente para o estudo da sua obra”, diz Vieira.

Fonte: Revista UNESPE





DRAMATIZAÇÃO DA TURMA CN 3002/2023 - DO LIVRO "A REVOLUÇÃO DOS BICHOS"

A Revolução dos Bichos (Animal Farm, em inglês) é um romance que foi escrito em 1945 por George Orwell. Trata-se de uma das obras mais emblemáticas do escritor e ensaísta indiano. Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século XX, A revolução dos bichos é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.

O Compositor pesquisado pela turma foi Gonzaguinha 

Gonzaguinha

Cantor e compositor brasileiro

Biografia de Gonzaguinha

Gonzaguinha (1945) foi um cantor e compositor brasileiro. Autor de grandes sucessos como, Sangrando, Eu Apenas Queria Que Você Soubesse, Começaria Tudo Outra Vez e Não Dá Mais Para Segurar - Explode Coração.

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior (1945), conhecido por Gonzaguinha, nasceu no morro de São Carlos, no Estácio, Rio de Janeiro, no dia 22 de setembro de 1945.

Infância e juventude

Filho de Luiz Gonzaga e da cantora e dançarina Odaléia Guedes dos Santos, ficou órfão de mãe com dois anos de idade. Foi criado pelo padrinho Henrique Xavier e pela madrinha Dina.

Gonzaguinha aprendeu cedo a fazer música no convívio com Pafúncio, membro da ala de compositores da Unidos de São Carlos. Os primeiros acordes de violão ele aprendeu com o padrinho.

Do pai, recebia algum dinheiro para pagar os estudos e umas visitas esporádicas. O jovem ia crescendo e aprendendo as durezas da vida.

Com 16 anos, Gonzaguinha decidiu morar com o pai, para continuar os estudos. Na época, Helena, a esposa do Rei do Baião, não aceitou o garoto, a quem chamava “bastardo”.

Sem muita opção, o menino aceitou completar os estudos como interno em um colégio. Em 1967, ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.

Carreira musical

Suas primeiras composições surgiram quando passou a frequentar as rodas de violão na casa do psiquiatra Aluísio Porto Carreiro, pai de Ângela, com quem se casou e teve dois filhos, Daniel e Fernanda.

Nessa época, ele ficou amigo de Ivan Lins, César Costa Filho, Aldir Blanc e Dominguinhos, com quem fundou o Movimento Artístico Universitário o (MAU).

Logo começou a participar de Festivais Universitários de Música, e em 1968 foi o finalista com a música “Pobreza por Pobreza”. Em 1969 ganhou o primeiro lugar com a música “Trem”.

Gonzaguinha transformava as dificuldades de sua vida em uma aguda consciência política e social, que se tornaria matéria prima fundamental de suas composições.

Década de 70

A grande mudança em sua carreira veio em fevereiro de 1973, quando se apresentou no programa de Flávio Cavalcanti, quando cantou a música “Comportamento Geral”.

Acusado de terrorista pelos jurados do programa, recebeu uma advertência da censura no dia seguinte, mas a polêmica causada levaria sua música a ocupar as paradas de sucesso e seu compacto logo esgotou.

Nessa época, vivia-se um tempo de perseguições e de censura pelo regime militar e a música “Comportamento Geral” foi proibida em todo o país. Gonzaguinha foi levado ao DOPS para prestar esclarecimentos. Mesmo com a perseguição e várias músicas censuradas, Gonzaguinha gravou os discos: Gonzaguinha (1974), Plano de Voo (1975) e Começaria Tudo Outra Vez (1976).

Esse último disco representou uma virada em sua carreira. A música título foi um grande sucesso, e a partir daí suas músicas se tornaram mais românticas, mesmo sem abandonar as preocupações sociais.

Em 1979, na voz de Maria Betânia, o compositor estourava no mercado musical com “Não Dá Mais Para Segurar”, que ficou conhecida como “Explode Coração”.

Década de 80

Durante a década de 80, com suas canções belíssimas, Gonzaguinha foi um dos compositores mais requisitados do mercado brasileiro. Teve suas músicas gravadas por Elis Regina (Eu Apenas Queria Que Você Soubesse), Simone (Começaria Tudo Outra Vez) 

Entre suas próprias gravações, destacam-se: “Nada Será Como Antes” (1981) e “Lindo Lago do Amor” (1984).

Em 1981, Gonzaguinha iniciou uma turnê pelo país ao lado de Luiz Gonzaga, com o show “Vida de Viajante”, o que selou o reencontro dos dois. No mesmo ano, foi lançado o CD duplo - "Gonzagão & Gonzaguinha - A Vida do Viajante" gravado ao vivo.

gonzaguinha

Gonzaguinha é também pai de Amora, fruto de sua relação com Sandra Pera, do grupo As Frenéticas.

Os últimos 12 anos de sua vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte, com sua terceira esposa, Louise Margarete, com quem teve a filha Mariana.

Gonzaguinha faleceu em Renascença, Paraná, no dia 29 de abril de 1991, após sofrer um acidente de carro na estrada.

DRAMATIZAÇÃO DA TURMA CN 3001/2023 - DO LIVRO "O DITADOR

Livro de Sidney Sheldon O DITADOR - 1ªED.(1995) Livro de suspense e ação em que o ator Eddie Davis, endividado e sem emprego, aceita um papel secundário na peça "My Fair Lady" que vai ser encenada num pequeno país da América do Sul. Ao chegar no lugar é reconhecido como sósia do ditador Ramón Bolívar que o convida para representá-lo por algumas semanas. Eddie Davis é um ator que não arruma papeis, sua esposa está no estágio terminal da gravidez e ele devem muito, até que o seu 'empresário' dá pra ele um papel em uma peça que entrará em tour pela América do Sul, ele então parte deixando Mary, sua esposa, e vai para Amador. Amador é um país fictício que fica entre a Colômbia e a Bolívia, que tem como líder um ditador carrasco que só pensa em ficar mais rico e a população mais pobre, ele é Ramón Bolívar, que descobre ter que fazer uma cirurgia e não pode deixar o posto se não a população o tira do poder. A salvação está com Eddie que se parece muito com o ditador. O livro é super cômico, e super leve. Quem lê os outros romances do Sidney pode leva um choque com a temática do livro, mas logo gosta. Adorei todos os personagens e achei muito bom o final. O livro tem cerca de 158 páginas e dá pra ler em menos de 1 hora. E vocês já leram o livro?



 

A TURMA ESTUDOU A OBRA DE GERALDO VANDRÉ
Geraldo Vandré, o retrato de uma geração Nascido na Paraíba e radicado no Rio, Geraldo Vandré foi um dos mais enigmáticos personagens da música brasileira. Colaborador do Centro Popular de Cultura da UNE (CPC) desde 1961, conheceu ali o também compositor Carlos Lyra, que se afastava da bossa nova em direção a uma música mais engajada. Logo fizeram juntos as primeiras canções, como “Aruanda“. Mas foi em 1966 que Vandré ganhou repercussão nacional. Naquele ano, inscreveu no Festival da TV Record a música “Disparada“, composta com Théo de Barros e defendida por Jair Rodrigues. Dividiu o primeiro lugar com Chico Buarque, que concorria com “A Banda“, na voz de Nara Leão. A consagração veio dois anos depois, quando “Para Não Dizer Que Não Falei das Flores“, também conhecida como “Caminhando”, ficou em segundo lugar no 3º Festival Internacional da Canção, atrás de “Sabiá”, de Tom Jobim e Chico Buarque, o mesmo adversário de 1966. A derrota enfureceu a plateia. “Caminhando”, afinal, era um tapa na cara da ditadura como ninguém jamais tinha ouvido. E Vandré, àquela altura, era ovacionado como o mais valente dos compositores. Especula-se que a euforia causada pela canção tenha apressado o Ato Institucional Nº 5 (AI-5), dali a um mês e meio. Vandré se exilou no Chile e de lá viajou para Alemanha e França. Quando voltou, em 1973, já não era o mesmo. Decidiu que só faria “canções de amor” e, para espanto de seus fãs, compôs “Fabiana“, em homenagem à FAB, a Força Aérea Brasileira.

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