Religiosos Pentecostais usam a Igreja para a política teocrática
O que a propaganda imperialista
insiste em fazer, criar uma temeridade ao islã e denominar a reação violenta
dos povos oprimidos do oriente, utilizando o velho maniqueísmo Bem X Mal, como
se estes povos e não a invasão estrangeira aos territórios já habitados a mais
de dez mil anos por Eles fosse o estopim de ações violentas no ocidente, por
organizações como o Estado Islâmico e Al Qaeda.
Assim, a lógica do golpe
jurídico-parlamentar une ingredientes do
que há mais atrasado no Brasil, inclusive setores religiosos com relações com a
CIA e uma perspectiva neopentecostal que declaradamente defendem um Estado
Teocrático.
A relação deste setor com a política e
a instrumentalização de seitas neopentecostais com o objetivo de fortalecer o
golpe dado no Brasil foi a eleição para a presidência da Câmara de Rodrigo Maia
(DEM/RJ).
Sendo de origem judaíca, o deputado federal
Rodrigo Maia (DEM/RJ) teve apoio dos pastores Silas Malafaia, R.R. Soares e
Valdemiro Santiago para sua eleição à presidência da Câmara no último dia 14,
com um total de 285 votos.
O caso veio a baila no sábado (16/07), quando o ex-prefeito
Cesar Maia, pai do deputado, agradeceu aos três pastores. Ao falar sobre o
papel do filho, que na prática tornou-se vice-presidente da República,
enfatizou que “lideranças como R.R. Soares, Malafaia e Valdemiro são o próprio
partido na base da sociedade, na própria política”.
O papai Cesar (Vereador do DEM/RJ) fez mimos ao filhote Rodrigo,
comemorou o fato deleter “lastro, tinha base social”. Explicou ainda: “Nós do
DEM, um partido conservador, temos valores cristãos. Esses valores facilitaram
a proximidade deles”.
Ao receber o microfone, o novo presidente da Câmara, que também
é presidente nacional do DEM, agradeceu “a torcida e as orações” de seus
aliados. “Minhas votações têm sido na linha do voto conservador. Tenho essa
convicção. Mas sou presidente de todos e pretendo chegar ao consenso”, sublinhou.
À imprensa, Rodrigo Maia tem afirmado que a prioridade de seu
mandato será a agenda econômica. Questionado sobre as questões conservadoras,
explicou que elas ficarão “em segundo plano”. “Vou deixar os temas que geram
mais divisão e mais problemas para um segundo momento”, afirmou em entrevista.
Essa pode ser uma maneira dele marcar um distanciamento da gestão de Eduardo
Cunha (PMDB/RJ), mas também uma maneira de acalmar os paridos de esquerda que o
apoiaram.
No encontro no Rio dois deputados evangélicos que se filiaram ao
DEM neste ano. Sóstenes Cavalcante, ligado ao ministério de Silas Malafaia, e
Francisco Floriano, apadrinhado pelo apóstolo Valdemiro eram só abraços e
elogios ao novo presidente da Câmara, mostrando como as igrejas evangélicas são
utilizadas para arrebanhar incautos e ingênuos trabalhadores que não percebem a
exploração que estes líderes de proposta teocrática, apoiam por parte dos
burgueses.
O líder teocrático Cavalcante ainda afirmou: “Não fugiremos na hora que a bancada entender que há clima para pautar temas como o Estatuto da Família. A prioridade agora é a pauta econômica”, enfatizou.
O líder teocrático Cavalcante ainda afirmou: “Não fugiremos na hora que a bancada entender que há clima para pautar temas como o Estatuto da Família. A prioridade agora é a pauta econômica”, enfatizou.
Ao assumir a presidência da Câmara, Maia admitiu saber que parte
da bancada evangélica o preteriu pois no passado ele votou a favor do projeto
que criminaliza a homofobia. Ele se justifica: “O projeto precisa ser melhorado
no Senado, porque tem alguns excessos. Mas o tema da homofobia preocupa a
todos, inclusive os evangélicos”. Ao tratar do peso da Frente Parlamentar
Evangélica, explica que há consonância de pensamento: “meus votos foram
majoritariamente conservadores nos últimos anos. Eu caminhei do centro para a direita”. Ou seja, assumiu a marca do
golpe.
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