Esparta foi uma das principais cidades-estados da Grécia Antiga, rivalizando juntamente com a cidade de Atenas.
Geograficamente, estava situada na parte sudeste da Península do Peloponeso.
Na questão militar Esparta construiu um dos exércitos mais temidos e respeitados da Antiguidade, o que historicamente se explica por ter sido originada pelos dórios, um povo militarmente forte.
Os dórios adentraram Esparta em busca de terras férteis, a cidade se desenvolveu bem e o aumento da população fez com que os espartanos tivessem a necessidade de conquistar territórios realizando guerras, tendo em meados do século VIII a.C. já conquistado a planície da Lacônia.
1 EDUCAÇÃO DOS ESPARTANOS
A educação em Esparta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as mulheres.
O treinamento consistia em atividades física e psicológica, de cunho militarista, para transformar os homens em obedientes e poderosos guerreiros.
Com 30 anos o guerreiro espartano se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A mulher espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército.
As mulheres espartanas, além de treinadas para o combate, recebiam educação para conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos.
Podiam frequentar as assembleias e as competições desportivas.
Não obstante, os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os que descendiam diretamente dos dórios; eles eram servidos pelos periecos (descendentes dos aqueus conquistados e que praticavam o comércio e artesanato) e hilotas (escravos capturados durante as guerras).
Na questão política, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que governavam respeitando as decisões da Gerúsia, conselho composto por 28 anciãos com mais de 60 anos, e a Apela que era o conselho formado por espartanos acima de 30 anos.
2 ESPARTA FOI UMA DAS PRINCIPAIS REGIÕES
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas, as quais ela estava combatendo os persas e chegou a se unir a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum.
O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre durante as batalhas, como na mundialmente famosa e exemplar Batalha das Termópilas.
Após as Guerras Médicas, a luta pela soberania territorial grega colocou Atenas e Esparta em posições contrárias.
De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
3 SOCIEDADE ESPARTANA: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
Em Esparta a sociedade era estamental, por assim dizer. Existia pouca mobilidade social.
Esparta estava dividida da seguinte forma:
Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a tradicional educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.
Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.
Hilotas: levavam uma vida miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta, combatidas com extrema violência pelo exército.
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POLÍTICA ESPARTANA
Reis: a cidade de Esparta era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.
Assembleia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apela (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis.
Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembleia.
Éforos: formado por cinco cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de governo.
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RELIGIÃO ESPARTANA
Religião politeísta, sendo a Deusa Atena (deusa da sabedoria) a mais reverenciada
REFERÊNCIA(S):
BRAICK,
Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História:
das cavernas ao terceiro milênio.
3ª ed. reform. e atual. São Paulo: Moderna, 2007.
GILBERT,
Adrian. Enciclopédia
das Guerras: Conflitos Mundiais Através do Tempo.
trad. Roger dos Santos. São Paulo: M. Books, 2005.
GIORDANI,
Mário Curtis. História
da Grécia.
2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1972.
VINCENTINO, Cláudio; DORIGO,
Gianpaolo. História
Geral e do Brasil.
São Paulo: Scipione, 2002.
IMAGEM(NS):
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encontrado. Caso saiba, por gentileza, entrar em
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Autor: Eudes Bezerra - 33 anos, pernambucano arretado, bacharel em Direito e graduando em História. Diligencia pesquisas especialmente sobre História Militar, Crime Organizado e Sistema Penitenciário. Gosta de ler, escrever, planejar e principalmente executar o que planeja. Na Internet, atua de despachante a patrão, enfatizando a criação de conteúdo.
TEXTO I A EDUCAÇÃO ESPARTANA
Na Antiguidade, a cidade-estado grega de Esparta era muito voltada para as atividades militares. Desta forma, a educação recebeu forte influência nesta área. Por volta dos sete anos de idade, os meninos espartanos eram levados por suas mães para uma espécie de escola, onde as atividades físicas seriam trabalhadas. Já na adolescência, entravam em contado com a utilização de armas de guerra. Extremamente rigorosa, a educação espartana tinha como objetivo principal formar soldados fortes, valentes e capazes para a guerra.
TEXTO I I EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Não
podemos generalizar, mas me parece que boa parte dos adolescentes
perdeu completamente o respeito para com o professor. Não existe o
entendimento de que o mestre, na sala de aula, é uma autoridade. É
preciso deixar claro que não se trata de um autoritário, mas de
alguém que tem autoridade, sim, na condução do ensino. Sabemos que
esta autoridade não é nem deve ser dada, mas cultivada e construída
na escuta e no diálogo, na percepção de ambos — alunos e
professores — de que há deveres e direitos. Porém, quem disse que
os alunos estão interessados nesta conversa?
Por Marcus
Tavares
Jornalista e professor.
A
partir dos textos I e II marque a alternativa correta abaixo.
A
( )O texto um refere-se a educação espartana e a violência que um
soldado deveria adquirir para usar na guerra. Isso condiz com o texto
dois que apresenta a mesma violência.
B(
)O texto 2 apresenta características profundas do trabalho de um
professor, esta relacionado com o texto 1 que aborda também o
trabalho da educação espartana com rigor.
C(
)Ambos os textos abordam questões disciplinares tanto na forma
educacional espartana quanto nos dias atuais este é um fator
fundamental para uma boa educação
.
D(
)O texto 1 nos remete a uma viagem ao passado a qual esta
demonstrando o contexto educacional primitivo de Esparta que era
completamente fora dos padrões da época. Porém o texto 2 aborda
uma educação muito mais inovadora voltada aos valores modernos.
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