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sábado, fevereiro 06, 2016

À PROCURA DE LEFF


* Rafael Cariello
Como o Economista Americano ofereceu uma explicação inovadora para o Brasil e depois desapareceu
Em seus textos, Leff argumenta que a chave para entender por que o Brasil se tornou um país relativamente pobre, com renda per capita muito abaixo dos níveis alcançados pela Europa e pelos Estados Unidos, era para ser encontrada no século 19 - não antes, não depois.
Até a Revolução Industrial no final do século 18, as taxas de desenvolvimento econômico não eram muito diferentes em todo o globo, tem sido estimado que a renda per capita dos Estados Unidos foi semelhante ao do Brasil por volta da virada do século 18. Já em 1890 a renda per capita nos Estados Unidos era mais do que quatro vezes a do Brasil.
Todos os sinais parecem indicar que Leff estava certo, e uma das principais razões para o "atraso" do Brasil no século 19 foi a falta de integração econômica causada pelos elevados custos de transporte.
Como as redes ferroviárias espalhados por todo o país, passando de cerca de 1.000 km de pista no início da década de 1870 para 26.000 em 1914, e com a consequente queda nos custos de transporte, que "reduziu os preços que os consumidores pagavam pelas mercadorias, aumentou os preços que os produtores receberam , melhorou a mobilidade do trabalho, impulsionou a produção ea renda, e lançou as bases para mudanças estruturais fundamentais que surgiram na primeira metade do século XX "
Além de tudo isso, depois de 1850 novas barreiras foram erguidas ao acesso à terra no Brasil. Naquele ano, cada pedaço de terra que não foi registado ou ainda em uso tornou-se propriedade do Estado. E isso só poderia ser transferida para novos proprietários se eles compraram a terra diretamente do governo, com o dinheiro na frente - um obstáculo sério para a maioria da, população pobre gratuito, bem como para os imigrantes que chegam ao país. Aqueles que vêm em - e havia muitos deles - tinham poucas opções. Eles podem tentar ocupar terras com pouco valor, longe de grandes mercados, com elevados custos de transporte e baixas margens de lucro. Ou eles poderiam vender seu trabalho mais barato para aqueles que já tinham terra.
Estranho que um economista neoclássico - usando modelos e métodos quantitativos, que parte da esquerda no Brasil ainda considera intrinsecamente conservadora, voltou seu olhar para as raízes históricas da baixa renda per capita e desigualdade brasileira. Esse problema, aliás, não tinha estado no centro do debate sobre a formação econômica do Brasil - o foco tinha permanecido mais sobre as relações entre o Brasil como um todo e na Europa.
A análise de Leff era completamente diferente da abordagem encontrado nas obras clássicas sobre a "formação econômica" do Brasil de Caio Prado Jr., Celso Furtado, e Fernando Novais. Em vez de olhar para as fontes de "atraso" do país, em sua relação com a Europa - nas trocas comerciais que supostamente beneficiaram da metrópole em detrimento dos fazendeiros locais - o autor americano chamou a atenção para os problemas dentro economia e as decisões do Brasil pela elite política que manteve renda per capita baixa e elevada desigualdade.
Leff mencionou alguns "documento da ONU" que recomenda prestar atenção para o Brasil, uma vez que o país já teve uma importante indústria de bens de capital. Houve também alguma coisa sobre "Argentina não ser um país multicultural," se eu entendi corretamente. Olhei para a Sra Leff, que não parecem ter entendido mal. Finalmente, ela disse: "É como eu disse. Meu marido estava muito interessado em comparar o desenvolvimento do Brasil e dos Estados Unidos.

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