Convidamos o leitor a um
exercício de imaginação. A presidenta Dilma é retirada da Presidência e assume a presidência
da república o vice da chapa, Michel Temer, do PMDB. Na consequência do golpe
parlamentar, os golpistas organizam um novo governo de coalizão com os partidos
da oposição neoliberal - o PSDB, o DEM, o PPS, o SDD e demais consortes de
oportunismo político.
Qual
seria o programa do novo governo golpista? Que propostas teriam para resolver a crise
brasileira? Embora os artífices do golpe, bem como mídia interessada, busquem
ocultar a verdade e utilizem argumentos mentirosos do impeachment os verdadeiros
interesses, pode-se gritar como na fábula infantil ao aviso de incêndio, “fogo
na floresta”.
Aonde
podemos encontrar o “fogo”, a diretriz e o programa do golpe? Pois bem, a
programática miserável de um governo saído do golpe do impeachment está
escrita, com todas as letras, sem subterfúgios, no documento “Uma ponte para o
futuro” - também conhecido como “Projeto Temer”, vindo a lume no dia 29 de
outubro do ano passado.
Logo
que lançado, o documento coordenado por Temer recolheu propostas e diagnósticos
do capital financeiro, dos rentistas da dívida pública, dos grandes grupos de
mídia e da intelectualidade neoliberal. Trabalhadores, sindicatos, movimentos
sociais não entram nesse time. De todo modo, até por isso, neste momento de
aguçar do ponto de ebulição máximo da crise política é de fundamental
importância desmontar e desmascarar o malfadado documento “Uma ponte para o
futuro", pois assim esclarecemos os danos irremediáveis de um governo
saído do golpe para o futuro do Brasil, do povo e dos trabalhadores
brasileiros.
Por
tudo isso, advirtimos que nas crescentes mobilizações e certamente exitosas contra
o golpe, não é suficiente, embora fundamental, desmontar os inconsistentes
argumentos políticos e jurídicos arguidos na inepta representação do
impeachement acolhida por vingança por Eduardo Cunha - a inocuidade das tais
das “pedaladas fiscais” para caracterizar “crime de responsabilidade”. Falta o
outro lado da mesma moeda. No mesmo diapasão, também é da maior importância a
leitura, seguida de denúncia, do que estou chamando de o plano econômico do
golpe - neste caso apelidado por seus escribas sob o pomposo título que
pronuncio mais uma vez, de “Uma ponte para o futuro”. Ambos, representação
inepta e plano neoliberal, condensam tanto os motivos das conspirações em curso
contra o governo da presidenta Dilma como antecipa o perfil global, econômico e
social, do que porventura virá.
Diga-me
com quem tu andas e digo eu quem é você. O plano Temer serve para mapear o
conjunto das andanças conspiratórias de Temer com os setores e os intelectuais
orgânicos do grande capital. Agora mesmo, especula-se que a área econômica do
hipotético governo do golpe será entregue a um dos dois personagens testados,
Henrique Meirelles (expresidente do Banco de Boston) ou Armínio Fraga
(exassessor de George Soros), ambos conhecidos representantes do capital
financeiro. No entanto, curiosamente, embora se especule nomes, nenhum dos
oposicionistas se abre para o debate franco de opinião pública das medidas a
serem adotadas.
Qual
seria o motivo? Simples: o plano é indefensável em um regime democrático e
republicano. Mas serve de roteiro de maldades do novo governo saído de um
golpe.
A constatação do “Plano Temer” como uma bússola de maldades.
Ninguém menos que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao
jornal Valor Econômico de 20/11/2016 considerou o programa do vice-presidente
golpista "excessivamente liberal do ponto de vista econômico”. Vou mais
longe: trata-se do mais neoliberal dos todos os programas escritos no Brasil
até hoje. Lá se pode antever o conteúdo de um governo pós-impedimento.
Um parêntesis para uma breve digressão. O neoliberalismo se adapta muito bem às
ditaduras e regimes de exceção, tanto duradouros como passageiras soluções
cenaristas. É público e notório que o primeiro plano econômico neoliberal,
antes de Margaret Thatcher na Inglaterra e Ronald Reagan nos Estados Unidos,
aconteceu no Chile da ditadura de Pinochet, na década de 1970, conduzido pela
assessoria direta de 25 Chicago Boys. Recentemente na Itália, na sequência da
crise de 2008 (de 2011 a 2013), assumiu o cargo de primeiro ministro, quase
como um interventor, o economista Mario Monti, que não era filiado a nenhum partido
(foi o primeiro e único primeiro ministro “independente” ou “avulso" da
história da Itália, numa espécie de golpe cesarista).
A
grande questão política é que as medidas neoliberais radicais não conseguem
ganhar eleições no Brasil. Ninguém vai ganhar uma eleição direta para
presidente no Brasil, passar pelo crivo da vontade popular, exibindo de público
um programa impossível como “Uma ponte para o futuro”. Como não se ganha
eleições com essa programática, advém à tentação de repetir o passado inglório dos
golpes brasileiros.
Ato
contínuo meu foco neste artigo passa à análise de alguns dos pontos principais
de “Uma ponte para o futuro” - o famigerado Plano Econômico do Golpe.
1. Prevalecer o negociado sobre o legislado. Retrocesso dos direitos do
trabalho.
Sobre a luta e os direitos dos trabalhadores, o Plano Temer doutrina o seguinte
absurdo: “na área trabalhista, permitir que as convenções coletivas prevaleçam
sobre as normas legais, salvo quanto aos direitos básicos”.
Sem eufemismos, o que se pretende é ACABAR com a CLT. De vez em quando, essa
questão aparece como a necessidade “priorizar o negociado sobre o legislado”,
mas felizmente nunca é aprovada no parlamento, pois entram em cena,
denunciando, o movimento sindical e os parlamentares comprometidos com os
trabalhadores. Todo mundo sabe que o poder de barganha direto, sem a mediação
estatal, do capital é muito maior que o do trabalho. Caso essa medida um dia
levada a cabo no Brasil, passaremos a ter uma configuração do mundo do trabalho
ainda mais terceirizada, precarizada e de baixos salários que hoje.
2. Orçamento Zero. Desvinculação das receitas de saúde, educação e
transferência de renda.
O plano faz menção à necessidade de “estabelecer uma agenda de transparência e
de avaliação de políticas públicas, que permita a identificação dos
beneficiários, e a análise dos impactos dos programas”. Trata-se do famigerado
“orçamento de base zero”.
O
novo modelo orçamentário se propõe a fazer o inexequível. Instituir no Brasil
um orçamento que não existe em nenhuma outra nação civilizada do ocidente:
desvincula com uma canetada as receitas para saúde, educação e demais políticas
sociais. Essas receitas, em vez dos pisos constitucionais, seriam avaliadas ano
a ano, não se sabe bem por quem - certamente um comitê autônomo de burocratas
sem mandato popular. Além de derruir o conceito de orçamento plurianual,
acabando com o planejamento de longo prazo em relação às políticas sociais, que
se veriam à mercê dos ventos da conjuntura, o resultado final desse desatino -
alguém dúvida? - seria elevar robustamente a pobreza e a desigualdade.
Políticas
e programas sociais, isto é, ações nas áreas da saúde, educação, previdência,
assistência, geração de emprego e renda, habitação, saneamento e transporte
público devem necessariamente ter continuidade ao longo do tempo. Primeiro,
porque as demandas ainda não atendidas são enormes e, segundo, mesmo programas
que podem ser considerados emergenciais podem durar anos até que determinada
conformação estrutural seja modificada (um exemplo: o Programa Mais Médicos).
E
há outro lado: beneficiários de programas ou políticas sociais precisam de
segurança, de certeza de continuidade, para que possam ingressar em determinada
ação governamental (um exemplo: o FIES ou os programas assistenciais a
cotistas). O que se pretende com o tal de "Orçamento de Base Zero” “- uma
ideia que vem de setores da administração privada -, aplicado às finanças
públicas, é o descompromisso absoluto do Estado com a continuidade de políticas
e programas sociais e a desvinculação total de todas as receitas e gastos
sociais existentes. Ou seja, um grave retrocesso civilizacional.
3.
Ajuste Fiscal restritivo para fazer superávits primários.
Em
diversas passagens, o documento afirma que o ajuste fiscal é condição necessária
para o crescimento (“... é uma questão prévia” ou ainda “O ajuste fiscal não é
um objetivo por si mesmo. Seu fim é o crescimento econômico que, no nosso caso,
sem ele, é apenas uma proclamação vazia.”).
Isso
é um erro teórico e mostra quanto há de desconhecimento sobre a realidade,
inclusive a brasileira. É o crescimento que gera receitas públicas, que reduz
déficits orçamentários - e não o contrário. O maior exemplo é o 2º governo do
presidente Lula: crescimento médio de 4,5% com déficits nominais de 2,4% do PIB
(média do período). Corretamente o governo do presidente Lula não promoveu
corte de gastos para melhorar resultados orçamentários.
O
assim chamado Documento Econômico do Golpe faz uma crítica ao suposto “excesso
de gastos” do governo federal, considerando que esta é a causa do nosso
desequilíbrio fiscal. Afirma o documento: “Nos últimos anos é possível dizer
que o Governo Federal cometeu excessos, seja criando novos programas, seja
ampliando os antigos, ou mesmo admitindo novos servidores ou assumindo
investimentos acima da capacidade fiscal do Estado. A situação hoje poderia
certamente estar menos crítica.”
O
diagnóstico exposto acima é equivocado. Os problemas fiscais somente ocorreram
em 2014 e suas causas são bem conhecidas: gastos com pagamentos de juros da
dívida da ordem de R$ 311,5 bi, desonerações tributárias excessivas que
alcançaram R$ 104 bi e a baixa arrecadação devido ao crescimento pífio da
economia. E os problemas fiscais de 2015 estão sendo causados pela política
monetária e fiscal do plano de austeridade do governo. Cabe ser enfatizado que
de 2005 a 2011, as contas do governo atingiram resultados bastante
satisfatórios.
O
documento está voltado para estrangular o orçamento das políticas sociais e,
para tanto, argumentam que problemas fiscais são as causas de todos os
problemas: inflação e juros altos também (são causados pelos gastos ficais
sociais). Afirma o documento: “Precisamos de uma trajetória virtuosa em que os
novos horizontes das contas fiscais produzam efeitos cumulativos e retro
alimentadores nos juros, nos preços e no endividamento, tudo desembocando na
volta do crescimento econômico.”
Cabe
salientar que: a inflação sempre esteve dentro das metas de 2004 a 2014. Só irá
estourar em 2015, mas a causa foi o choque de preços administrados dado pelo
Governo (eletricidade e combustíveis) e não um superaquecimento econômico
resultante de gastos excessivos do governo. E os juros são altos por pressões
políticas de interesses rentistas, nada tem a ver com o controle da inflação (a
prova é que temos juros altos e inflação estourando a meta em 2015).
4. Reforma Tributária regressiva em benefício dos muito ricos
A
reforma tributária sugerida pelo documento do golpe é vazia e não ataca o
problema da regressividade do sistema e suas injustiças. Querem uma reforma
para poupar os ricos, milionários, banqueiros e multinacionais. Falam somente
em deixar as coisas como estão ou simplificar a parafernália tributária
brasileira, como se o sistema tributário fosse um problema menor e aí não estivesse
uma das soluções dos entraves atuais. Diz o documento: “Qualquer ajuste de
longo prazo deveria, em princípio, evitar aumento de impostos, salvo em
situação de extrema emergência e com amplo consentimento social. A carga
tributária brasileira é muito alta e cresceu muito nos últimos 25 anos.” E em
outra passagem consideram que: “o nível dos impostos e a complexidade
tributária, combinados ...[são os maiores responsáveis]... pelos problemas para
realizar negócios no país.” Em verdade, o grande problema do nosso sistema
tributário é que pobres, trabalhadores, a classe média e funcionários públicos
pagam pesados impostos - e ricos, latifundiários, multinacionais... o “andar de
cima” é aliviado e não contribui com o desenvolvimento do país.
5.
Manutenção da política monetária de juros altos
No
diagnóstico fiscal o documento do golpe não considera as despesas com juros o
elemento central dos nossos problemas orçamentários. Coloca o problema central
nos direitos sociais que impõem custos orçamentários, obviamente. Diz o
documento de forma taxativa: “A conclusão inevitável a que se chega é que os
principais ingredientes da crise fiscal são estruturais e de longo prazo. De um
lado, a falta de espaço para aumento das receitas públicas através da elevação
da carga tributária, de outro, a rigidez institucional que torna o orçamento
público uma fonte permanente de desequilíbrio.”
Ora,
basta lembrar números para desmontar essa “conclusão”: os orçamentos do
Bolsa-Família, Minha Casa Minha Vida, abono salarial, seguro desemprego,
educação, saúde (tudo somado) não alcança R$ 300bi – enquanto as despesas com
juros superarão R$ 500 bi em 2015.
Assim sendo, o Plano Temer não aponta os juros Selic como o elemento principal
que faz sangrar o orçamento da União, conclui-se que objetivam fazer todo o
esforço fiscal necessário para honrar essa despesa – mesmo que isso signifique
sacrificar os investimentos em saúde e educação. Para tanto, defendem que os
mínimos constitucionais que devem ser investidos nessas áreas sejam suprimidos,
afirma o documento: “...é necessário em primeiro lugar acabar com as
vinculações constitucionais estabelecidas, como no caso dos gastos com saúde e
com educação...”. Privilegia, dessa forma, banqueiros e rentistas em detrimento
de todo o povo trabalhador e pobre.
6. Término da política de reajustes reais anuais do salário mínimo e da
vinculação do piso dos benefícios da previdência
Os
ataques aos direitos sociais não se limitam à saúde e à educação. Querem
quebrar a regra de reajuste do salário mínimo e querem retirar o piso de um
salário mínimo dos benefícios da Previdência. Em linguagem um tanto dissimulada
afirmam: “Outro elemento para o novo orçamento tem que ser o fim de todas as
indexações, seja para salários, benefícios previdenciários e tudo o mais.” Não
conhecem a realidade brasileira: o salário mínimo é crucial para elevar todos
os rendimentos do trabalho daqueles que ganham rendas baixas ou médias. A
valorização do salário mínimo associado à queda do desemprego foi o grande
responsável pela constituição do enorme mercado de consumo de massas
brasileiro. 90% dos assalariados brasileiros ganham até três salários mínimos e
foram beneficiados com a sua valorização. E acabar com o piso do benefício
previdenciário é outra demonstração de desconhecimento da realidade ou de
insensibilidade social: os elementos que mais contribuíram para a melhoria
distributiva de renda nos últimos anos foram: queda do desemprego, aumento dos
rendimentos do trabalho e o volume de recursos transferidos pela Previdência Social.
São pagos por mês aproximadamente 28 milhões de benefícios, 70% desses
benefícios têm o valor do piso: um salário mínimo.
7.
Reforma da previdência pela via do aumento da idade mínima
Querem
fazer uma nova reforma previdenciária. Falam em déficit da Previdência, que tem
um orçamento anual em torno de R$ 500 bi, mas esquecem de dizer que gastaremos
R$ 500 bi em 2015 com os rentistas pagando juros. A reforma que propõem está
baseada na ideia que precisamos economizar com os “velhos” que recebem benefícios
da Previdência para poder gastar mais com os “novos” em educação, por exemplo.
Afirma o documento: “A situação é insustentável, pois o país tem jovens para
atender, tem problemas de assistência de saúde, de educação, de segurança.” É
outro erro: milhões de famílias são sustentadas pelos “velhos” aposentados
(avôs e avós), principalmente quando o desemprego aumenta ou em regiões em que
o emprego é precário. Reduzir gastos com Previdência pode melhorar a
contabilidade das contas públicas, mas certamente piora a qualidade de vida de
milhões de pobres, que são os principais beneficiários da Previdência Social no
Brasil.
***
Last
but not least, o documento mostra inacreditável desconhecimento da economia e
da realidade social brasileira, defeito grave a quem pretende governar o
Brasil, mesmo que pela via de um golpe. Nele, está escrito assim: “nos últimos
anos o crescimento foi movido por ganhos extraordinários do setor externo e o
aumento do consumo das famílias, alimentado pelo crescimento da renda pessoal e
pela expansão do crédito ao consumo. Esses motores esgotaram-se e um novo ciclo
de crescimento deverá apoiar-se no investimento privado e nos ganhos de
competitividade do setor externo, tanto do agronegócio, quanto do setor
industrial.”
Tudo
errado!!! O crescimento apoiado no boom de commodities foi somente entre
2006-2008 (o boom de preços de commodities acabou em 2008), mas mesmo assim
nesse período houve forte crescimento do consumo e o soerguimento dos
investimentos públicos e privados (o PAC é de 2007). O desempenho econômico
extraordinário de 2010 e o impecável enfrentamento da crise financeira
internacional de 2009 estão relacionados quase que exclusivamente a fatores
internos. Em verdade, a Era Lula foi a Era do investimento. Durante o governo
do presidente Lula, a taxa de crescimento do investimento era sempre dois a
três vezes maiores que a taxa de crescimento do PIB. Eram investimentos
públicos e privados. Em média, pode-se aferir que de cada R$ 10 investidos na
economia apenas R$ 2 (ou menos) são investimentos dos municípios, estados e da
União. A Era Lula foi a Era onde o consumo privado e o investimento público estimularam
o investimento privado. Portanto, não existirá nenhum novo período baseado
exclusivamente no crescimento do investimento privado: o empresário somente
investe quando percebe o consumo batendo na sua porta e há investimento público
em infraestrutura. No recente período democrático, as maiores taxas de
investimento aconteceram no governo do presidente Lula. Não podemos aceitar a
argumentação que contraria os números de que não houve investimentos naquele
período, de que só teria havido consumo das famílias. Dizer isto é má fé e
ignorância em relação aos números da nossa economia.
O
chamado “Plano Temer” contém muitos outros absurdos, cada um quais a merecer
artigos específicos. Vale observar, contudo, que um ajuste neoliberal de
tamanha radicalidade, como o proposto por jamais foi intentado por nenhum
presidente eleito, nem mesmo Collor ou FHC. Por isso, não adianta por panos
quentes nem tergiversar: caso as medidas especuladas sejam confirmadas num
eventual “governo Temer” pós golpe, passaremos a viver no Brasil um momento
histórico da maior gravidade, nada mais nada menos que o rompimento do contrato
social estabelecido nos marcos institucionais da constituição de 1988. Pior:
acabará de vez as conquistas da “Era Vargas” e retroagiremos, em termos de
direitos sociais, aos tempos da República Velha (1889-1930).
A tragédia que resultará no golpe parlamentar do PMDB, levará gerações de brasileiros a retornarem a patamares do início do século XX. O brasileiro deve acordar para o que as elites tramam e resistam ao golpe.
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