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segunda-feira, março 22, 2021

RENASCIMENTO

Introdução

O Renascimento, ou Renascença, foi um movimento muito importante da história da Europa. Ele começou no século XIV, no final da Idade Média, e terminou no século XVI, no início da Idade Moderna.

É chamado de Renascimento porque foi um movimento que procurou fazer renascer a cultura e a arte da Grécia e da Roma antigas. O pensamento da Antiguidade foi retomado como base para desenvolver ideias novas. Nesse período foram feitas grandes descobertas científicas e foram criadas obras de arte belíssimas.

Origens 

Na Idade Média, duas instituições dominavam a Europa: o Sacro Império Romano-Germânico, na política, e a Igreja Católica, na religião. No século XIV, as monarquias e a religião começaram a perder seu poder. Diversas nações europeias se fortaleceram nessa época. As pessoas deixaram de escrever em latim (a língua usada pela Igreja) para escrever em suas próprias línguas. Assim, sentiram-se mais livres para criar novas formas de pensar.

Humanismo 

Até o Renascimento, Deus e a religião eram o centro da vida. Na Renascença, começou-se a pensar na importância dos seres humanos. Esta é uma das principais características do Renascimento: o homem é o centro do mundo. Por esse motivo, os pensadores dessa época foram chamados de humanistas. O humanismo valorizava a vida na Terra, e os humanistas queriam compreender o mundo a seu redor.

Um dos primeiros humanistas foi Francesco Petrarca, poeta italiano que viveu entre 1304 e 1374. Petrarca interessava-se por tudo o que os escritores antigos haviam dito sobre a humanidade. Muitos compartilhavam o interesse de Petrarca, como o grande contador de histórias Giovanni Boccaccio (1313–1375).

A imprensa 

Em 1434, um alemão chamado Johannes Gutenberg inventou a imprensa. Isso permitiu que os livros — até então escritos à mão — fossem impressos em muitas cópias para que um número maior de pessoas pudesse ler. Em pouco tempo, as obras impressas espalharam as ideias do Renascimento por toda a Europa.

Um dos primeiros pensadores a ver seus escritos impressos foi Erasmo de Roterdã. Assim como seu amigo Thomas More — autor de Utopia (1516) e canonizado pela Igreja como São Tomás Moro —, Erasmo era um pesquisador religioso, mas se interessava muito pelo humanismo.

Ciência 

O espírito de investigação e pesquisa levou também ao renascer das ciências. De modo geral, na Idade Média os estudiosos buscavam apenas nos livros os seus conhecimentos científicos. Na Renascença, os pesquisadores ultrapassaram o que era ensinado nos livros e começaram a fazer experimentos e observações.

Nicolau Copérnico (1473–1543) foi um dos maiores astrônomos do Renascimento. Ele mostrou que a Terra gira ao redor do Sol. Essa descoberta revolucionou a ciência, a filosofia e a religião. Antes de Copérnico, por mais de mil anos, as pessoas acreditaram que tudo no Universo girava ao redor da Terra.

Em Bruxelas (atual capital da Bélgica), nasceu o médico Andreas Vesalius (1514–1564). Ele dissecou e estudou cuidadosamente a anatomia dos corpos de pessoas mortas. Assim, fez grandes descobertas sobre o corpo humano, aprimorando a medicina.

Arte 

Alguns dos maiores artistas do Renascimento trabalharam na Itália, especialmente em Florença e seus arredores. Do século XV ao XVIII, com pequenos intervalos, Florença foi governada pelos Médicis, uma família de banqueiros. A família Médicis patrocinava a arte, ou seja, pagava aos artistas para que eles trabalhassem. Assim, foram criados palácios públicos, museus, praças, esculturas e pinturas.

Leonardo da Vinci (1452–1519) exemplifica de forma completa os ideais do Renascimento. Foi pintor, escultor, engenheiroarquiteto e cientista. São dele dois dos quadros mais famosos do mundo: a Mona Lisa (que se encontra no Museu de Louvre, em Paris, na França) e A última ceia (pintada na parede da sala de refeições do Convento Santa Maria delle Grazie, em Milão, na Itália). Ele também criou esboços e projetos de máquinas voadoras, séculos antes da invenção do avião e do helicóptero.

Michelangelo (1475–1564) também foi um artista genial do Renascimento. Arquiteto, escultor e pintor, destacou-se em todas as áreas. São dele a cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano, as esculturas Davi (em Florença) e Moisés (em Roma), bem como as pinturas do teto da Capela Sistina, nos Museus do Vaticano.

Rafael (1483–1520) foi outro grande pintor renascentista. Assim como Michelangelo, ele representou figuras religiosas, mas exprimindo suas qualidades realistas e humanas.

Viagens de exploração 

O Renascimento levou as pessoas a partir em busca de novos mundos. Cristóvão ColomboPedro Álvares CabralAmérico Vespúcio e outros navegantes, partindo da Espanha e de Portugal, chegaram a um continente até então desconhecido pelos europeus: a América.

O final do Renascimento 

Nenhum acontecimento especial marca o fim desse movimento. O espírito de descoberta que definiu aquela época levou as pessoas a experimentar novas ideias, em todos os aspectos da vida. Aos poucos, os artistas inventaram novos estilos, temas e formas. Começaram a surgir novos modos de pensar, em todas as áreas, inclusive na política. Formas de governar menos aristocráticas e mais democráticas começaram a se desenvolver.

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