TÓPICO 2
TRABALHANDO OS PLANOS DE ENSINO
1 INTRODUÇÃO
Até o momento nos deparamos com diversos mecanismos que compõem o Planejamento Didático ou de Ensino, dando a cada um de nós, a possibilidade de perceber que planejar é algo essencial para nosso trabalho fora e dentro da sala de aula. Não planejamos nossas aulas somente na escola, mas em vários espaços, mesmo após a saída das crianças. Ser professor é planejar-se cotidianamente, buscando em bibliografias, no dia a dia, respostas e estratégias para melhorar nossa prática pedagógica.
Os Planos de Ensino têm este intuito, de auxiliar na organização de nosso trabalho, enriquecendo-o, dando a possibilidade do professor e aluno manterem viva a chama da curiosidade, da descoberta de novos conhecimentos.
Neste tópico estaremos tratando de cada um destes tipos de plano de ensino: Planejamento de Curso, Planejamento de Unidade ou de Ensino e o Planejamento ou Plano de Aula e a necessidade dos objetivos, sejam eles gerais e específicos.
Observe que estes planos de ensino serão essenciais para o momento de realização de seu estágio obrigatório. São peças essenciais para o nosso trabalho.
2 A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO
Até o momento já visualizamos que a ação do professor, mesmo antes de chegar à sala de aula passa por diversos pontos, os quais demandam consciência e de forma sistemática buscam o sucesso em relação à aprendizagem dos alunos.
Para ser professor é necessária dinamicidade, busca, reflexão, ações didáticas que nos auxiliem para a construção de uma escola e de alunos críticos, curiosos e questionadores.
Libâneo (2011, p. 222) enfatiza:
O Planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática ou contexto social. A escola, os professores e os alunos são integrantes da dinâmica das relações sociais; tudo o que acontece no meio escolar está atravessado por influências econômicas, políticas e culturais que caracterizam a sociedade de classes.
Cada professor precisa perceber-se como integrante da sociedade e do momento histórico em que está vivenciando. Para tanto, o planejamento é a chave para o professor construir através de atividades de reflexão, ações que auxiliarão no caminho que pretendemos construir junto com nossos alunos, para uma sociedade democrática ou alienada.
Para isso, Carvalho (1973, p. 87):
Os planos devem ser pessoais. Precisam retratar a personalidade do professor, suas concepções individuais, sua capacidade profissional. Planos elaborados por outros, ou mesmo por equipes de educadores, poderão ser consultados como fontes de ideias, mas nunca deveremos copiá-los. Todo trabalho didático tem de ser criativo, jamais repetitivo.
O plano passa a ter a marca registrada do professor, através de suas concepções e da sua vivência pedagógica.
FIGURA 24 - BUSCAR PLANEJAR RETRATANDO SUA PERSONALIDADE
FONTE: Sala dos Professores. Disponível em: <http://htpcantonioferraz.blogspot.com.br/>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Em detrimento disso, em palavras de Gomes (2011, p. 4):
O docente que, em linhas gerais, deseja realizar uma boa atuação no ambiente escolar sabe que deve participar elaborar e organizar os planos para atender o nível de seus alunos bem como o objetivo almejado. Ninguém planeja sem saber onde deseja chegar, o que se que ensinar e o que o aluno deverá aprender.
Com isso, vamos à busca desses subsídios que chamamos de planejamento ou planos.
3 PLANEJAMENTO DE CURSO OU PLANO DE CURSO
Acadêmico! Podemos utilizar tanto a nomenclatura planejamento, como plano de curso para referir-se ao mesmo processo.
Em todas as instituições escolares, sejam estaduais, municipais ou particulares, existe o Plano de Curso. Esse plano é, de acordo com Haydt (2008, p. 100), “a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das atividades a serem realizadas em uma determinada classe, durante um certo período de tempo, geralmente durante um ano ou semestre letivo”. Podemos compreender que o Plano de Curso é um segmento do Planejamento ou Plano Curricular.
Cabe ressaltar que o Plano de Curso faz parte do Plano Político Pedagógico (PPP) da escola, dando assim a oportunidade do professor de ajustar o plano à realidade de sua turma; orientar a aprendizagem; auxiliar no desenvolvimento do trabalho a ser realizado e dar subsídios para perceber se o método utilizado foi eficiente ou não.
De acordo com Haydt (2008, p. 101), o Plano de Curso possui a seguinte sistematização:
1. Levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma sondagem inicial.
2. Propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem atingidos durante o período letivo estipulado.
3. Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período.
4. Estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos objetivos e conteúdos propostos.
5. Selecionar e indicar os recursos a serem utilizados.
6. Escolher e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os objetivos definidos e os conteúdos a serem desenvolvidos.
Não lhe parecem familiares estas pontuações feitas por Haydt? Vimos anteriormente no esquema que Turra (1992) nos deixou em forma de figura. Na figura está bem delimitado cada passo, os quais nos ativemos até o momento e que seguimos no que diz respeito à estruturação e desenvolvimento do plano.
Tendo esses planos bem estruturados, conseguiremos alcançar nossos objetivos, mas se não realizarmos este movimento de planejamento, estaremos fadados a um trabalho improvisado e realizado de forma mecânica, observando somente a cópia de planos anteriores sem refletir a realidade ou momento histórico. Assim sendo, a estruturação e desenvolvimento dos planos devem servir para a organização e obtenção de objetivos claros e que denotem uma visão democrática e participativa na escola e junto à sociedade.
Os Planos de Curso possuem diversas formas, sendo que cada instituição educacional se organiza de maneira a serem apresentadas sua filosofia, objetivos e suas necessidades pontuais.
Observe acadêmico, que toda escola já possui seu Plano de Curso de anos passados, eles podem servir de orientação, mas não de mera cópia. Os planos anteriores, que já existiam na escola, podem servir como orientação para perceber em que momento se encontrava a escola e também como auxílio na mudança desse plano. As mudanças são essenciais, pois vivemos momentos históricos diferentes do ano que passou, e nossos alunos não são os mesmos do ano passado. Existe evolução, amadurecimento, e os planos também perpassam por estes movimentos.
O esquema que será apresentado abaixo retrata como um Plano de Curso pode ser apresentado. Buscamos informações relacionadas ao Plano de Curso apresentado aos profissionais da educação da Secretaria de Estado de Educação de Santa Catarina (2015, p. 1-2) 35ª Gerência Regional de Educação, e implementado pela autora.
ESQUEMA DE UM PLANO DE CURSO
Nome da Escola:
Endereço:
Disciplina:
Professor(a):
Série ou Ano: 4º ano
Objetivos gerais: (Apresentam-se aqui todos os objetivos que buscaremos alcançar durante o ano vigente. O número de objetivos fica a critério do professor com relação a sua turma dentro das disciplinas).
Neste espaço serão elencadas as competências/habilidades que o aluno deverá obter ao final do trabalho realizado. Estas competências/habilidades podem ser apresentadas de uma forma geral.
Competência: OBSERVAR
Habilidades relacionadas: observar, identificar, reconhecer, indicar, apontar, localizar, descrever, discriminar, contatar, representar gráfica e quantitativamente.
Possibilitam verificar quanto e como o aluno pode considerar, antes de decidir por uma melhor resposta, as informações propostas na pergunta.
Competência: REALIZAR
Habilidades relacionadas: Classificar, seriar, ordenar, compor e decompor, fazer antecipações, calcular por estimativas, medir, interpretar.
Implicam em traduzir estas ações em procedimentos relativos ao conteúdo e ao contexto de cada questão em sua singularidade.
Competência: COMPREENDER
Habilidades relacionadas: analisar, aplicar relações ou conhecimentos, fatos e princípios; avaliar, criticar, analisar e julgar, explicar causas e efeitos, apresentar conclusões, levantar suposições, fazer prognósticos, fazer generalizações indutivas e construtivas, justificar.
Conteúdo: (São apresentados os conteúdos a serem abordados no decorrer do ano com relação a disciplina, por bimestres).
Procedimentos de ensino: (são as ações, técnicas de ensino utilizadas para melhorar o aprendizado dos alunos).
Aqui apresentamos as metodologias de trabalho que são de descrever a forma de organização das aulas ou como será desenvolvido o trabalho com os alunos. Em outras palavras, apresentar as técnicas de ensino que serão utilizadas (seminários, debates, painéis, estudos dirigidos, aulas expositivas, exposições dialogadas, desenvolvimento de pesquisas, demonstrações, oficinas, realização de experimentos, dinâmicas de grupo, exercícios etc.).
Recursos didáticos: (são os elementos utilizados para que a aprendizagem ocorra de maneira eficaz, como a utilização de cartazes, figuras, vídeos, lápis, borracha, régua, giz, aparelho de som, computadores, livros, TV, gravador e outras tecnologias digitais.).
Tempo provável: (diz respeito ao número de aulas que serão necessários para a efetivação do trabalho, podendo ser a duração de duas aulas; uma quinzena; um semestre ou um ano).
Forma de avaliação e recuperação: (são os mecanismos que serão utilizados para avaliar o trabalho realizado junto a seu aluno).
Descrever o tipo/modalidade de avaliação a ser desenvolvida para o acompanhamento e a verificação da aprendizagem do aluno. É importante que estejam explicitadas a periodicidade do processo avaliativo; os instrumentos/formas avaliação, a serem empregados: provas (dissertativas, objetivas, práticas, individuais, grupais, com consulta, sem consulta, escritas, orais), relatórios (de pesquisa, de experimentos, de visitas técnicas), elaboração de textos (individuais ou em grupo), fichamentos, sínteses, apresentações orais, seminários(individuais, em grupos, o número de participantes dos grupos), resenhas etc; a distribuição de pontuação para cada instrumento ou forma de avaliação, e finalmente os critérios a serem considerados.
Definir, de forma clara, como será realizada a recuperação paralela, em que momentos e quais os critérios a serem considerados.
FONTE: Santa Catarina (2015, p. 1-2)
Com isso podemos perceber que o Plano de Curso nos remete a um documento, que norteará todo o processo do ano vigente, adequando os objetivos, conteúdos, estratégias e avaliações a realidade de sua turma ou classe. Esse documento também aparece no Projeto Político Pedagógico da escola.
Falamos de Projeto Político Pedagógico, mas afinal, e o que ele significa dentro deste processo?
Considera-se o Projeto Político Pedagógico o eixo norteador de todo trabalho escolar, e sua existência emana uma prática bem mais abrangente dentro da escola, pois permite um diagnóstico dos problemas, apontando referências para comunidade refletir o tipo de educação que se necessita desenvolver com o propósito de contribuir para a reflexão da prática e para a efetivação de uma escola reflexiva que transforma a partir dos erros, implementando ações que venham de encontro com suas necessidades, visando à melhoria.
A sociedade atual diante de todas as transformações exige da escola uma nova postura, a fim de que as instituições escolares sejam capazes de formar cidadãos competentes para enfrentar o mundo globalizado.
Acadêmico(a)! Em determinado momento na realização de seu estágio de observação, você precisará buscar junto ao gestor da escola este documento o PPP. Fique atento!
FONTE: FERREIRA, NOLETO R. M.; ALMEIDA T. J. Projeto Político Pedagógico: diagnóstico e análise dos fatores de eficácia. Disponível em: Projeto Político Pedagógico Ministério da Educação. Disponível em: <>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Após esta breve apresentação do que é o Projeto Político Pedagógico podemos compreender que a escola é um espaço que necessita de documentos, os quais não estão meramente apresentados de forma teorizada, mas sim, que levam uma prática de equipe buscando desenvolver a escola como um espaço democrático e de construção. Você, acadêmico(a), ao chegar à escola, será apresentado a esse documento, onde estão presentes a filosofia, a maneira de ser e de pensar da escola. Se isso não ocorrer, solicite o documento e se não existir é preciso que a escola inicie um movimento de construção deste documento que norteará todos os trabalhos e será o cartão de visitas da instituição.
Vamos agora buscar conhecer o Planejamento ou Plano de Unidade.
4 PLANEJAMENTO OU PLANO DE UNIDADE
No Plano de Unidade busca-se reunir assuntos que possuem relação com as demais disciplinas. Para ser desenvolvido com eficácia, é necessário observar três etapas, assim expostas no livro Didática Geral do Professor Claudino Piletti (1998, p. 12):
1 Apresentação: nesta etapa o professor procurará identificar e estimular os interesses dos alunos, relacionando-os com o tema da unidade. Para tanto, poderá desenvolver as seguintes atividades: pré-teste oral ou escrito, para sondagem das experiências anteriores dos alunos, contendo os conceitos que eles deverão aprender na unidade; diálogo com a classe a propósito do tema; comunicação aos alunos dos objetivos da unidade; utilização de material ilustrativo, tais como jornais, revistas, cartazes, objetos históricos, etc., que permitam introduzir o tema; aula expositiva com a mesma finalidade.
2 Desenvolvimento: nesta etapa, os alunos deverão chegar à compreensão do tema. Aqui o professor poderá lançar mão das seguintes atividades: estudos de textos; estudo dirigido; solução de problemas; projetos; trabalhos em grupo, pesquisa.
3 Integração: nesta etapa, os alunos deverão chegar a uma síntese dos temas abordados na unidade. Isso poderá ser alcançado através das seguintes atividades: organização de resumos; relatório oral que sintetize os aspectos mais importantes da unidade.
O professor ao realizar este Plano de Unidade, precisará observar que a temática seja assumida por todos (alunos e professores), assim ocorrerá maior participação, e os objetivos propostos estarão sendo alcançados de maneira dinâmica.
Repassamos agora o esquema para o Planejamento de Unidade, observando que esse é uma das formas de esquema, cabendo ao professor implementá-lo.
ESQUEMA PARA O PLANO DE UNIDADE
Nome da Escola: ________________________________________________________
Endereço: ______________________________________________________________
Professor(a):_____________________________________________________________
Série/Ano: ______________________________________________________________
Disciplina ou área: _______________________________________________________
Ano: _______________ Semestre: __________________________________________
TEMA CENTRAL: _____________________________________________________
Duração (provável): ___________________________________________________
FONTE: Adaptado de: PILETTI (1998, p.22-23)
Acadêmico! Esperamos que você tenha compreendido o que cada plano tem de especial para seu trabalho em sala de aula. Observe que estamos desenvolvendo este trabalho saindo do macro para o micro. Simplificando, estamos buscando dos documentos oficiais que são apresentados pelo Ministério da Educação e estamos chegando até a escola, mais precisamente em sala de aula.
O documento que agora estaremos apresentando aqui, é o que você utilizará em todos os momentos de sua vida enquanto professor.
Já conversamos muito sobre o planejar, sua importância e a necessidade de utilização em nossa atividade profissional. Agora, vamos ao Plano de Aula!
5 PLANO DE AULA
Quando adentramos a uma sala de aula, nós, professores, precisamos estar preparados para apresentar aos alunos os objetivos, conteúdos, estratégias e avaliações que iremos trabalhar naquele momento.
O Plano de Aula é uma ferramenta que o professor irá utilizar para o desenvolvimento de seu trabalho em determinado período, dia. E estará acompanhando-o desde o estágio até o final da sua carreira como professor.
Conforme Silva (2016, p. 1) “Um Plano de Aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos alunos”. O autor ainda afirma que:
O plano de aula funciona como um instrumento no qual o professor aborda de forma detalhada as atividades que pretende executar dentro da sala de aula, assim como a relação dos meios que ele utilizará para realização das mesmas. De maneira bem sintetizada pode-se dizer que o plano de aula é uma previsão de tudo o que será feito dentro de classe em um período determinado.
Ao realizar o plano de uma aula, o professor deve observar que:
• prevê os objetivos imediatos a serem alcançados (conhecimentos, habilidades, atitudes);
• especifica os itens e subitens do conteúdo que serão trabalhados durante a aula;
• define os procedimentos de ensino e organiza as atividades de aprendizagem de seus alunos (individuais e em grupo);
• indica os recursos (cartazes, mapas, jornais, livros, objetos variados) que vão ser usados durante a aula para despertar o interesse, facilitar a compreensão e estimular a participação dos alunos;
• estabelecer como será feita a avaliação das atividades (HAYDT, 2008, p. 102-103).
O Plano de Aula, ao vermos o que nos diz Haydt, significa que o professor precisa observar em que momento se encontra a turma ou classe. É preciso que o professor realize uma sondagem para ver em que nível a turma está e a partir deste diagnóstico dar continuidade ao trabalho de ensino-aprendizagem.
Para Haydt (2008, p. 103) “o plano de aula do professor assume a forma de um diário ou de um semanário”. Desta forma, retomamos o que já vimos anteriormente, o planejar é essencial e como afirma Libâneo (2011, p. 241):
Na preparação de aulas, o professor deve reler os objetivos gerais da matéria e a sequência de conteúdos do plano de ensino. Não podemos esquecer que cada tópico novo é uma continuidade do anterior; é necessário, assim, considerar o nível de preparação inicial dos alunos para a matéria nova.
Nem sempre conseguimos, ao final do dia, alcançarmos todos os objetivos propostos para aquele momento. É natural isso ocorrer. Cabe então, a você, dar continuidade no próximo dia, realizando um feedback junto a seus alunos e continuar as atividades propostas. É importante verificar o tempo necessário para o conteúdo apresentado.
Dentro desta perspectiva é importante verificar que o Plano de Aula não serve somente para o professor conquistar seus objetivos, mas aos alunos também, para que eles se percebam detentores desses objetivos. O professor prepara suas aulas não para si, mas para os alunos. Libâneo (2011, p. 241) afirma que:
É na aula que organizamos ou criamos as situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para que os alunos assimilem ativamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognoscitivas. [...] uma das principais qualidades profissionais do professor é estabelecer uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objetivos e conteúdos) e as capacidades dos alunos para enfrentá-las, de modo que os objetivos da matéria sejam transformados em objetivos dos alunos.
Podemos definir o Plano de Aula, então, como uma “situação didática real” (LIBÂNEO, 2011, p. 241), em que o professor busca no Plano de Ensino, no Plano Curricular, subsídios para que o seu Plano de Aula realmente saia do papel e tenha significado para o aluno.
O Plano de Aula necessita possuir em sua estrutura uma sequência lógica. Observe que o plano apresentado a seguir, leva em conta a presença de uma criança com necessidades especiais em sala de aula. O tempo determinado ultrapassa o tempo de cinco aulas ou um período. O plano foi direcionado às séries iniciais do Ensino Fundamental.
ESQUEMA DE UM PLANO DE AULA
Tema: Legenda para fotos
Objetivo(s):
• Escrever legendas para fotografias considerando as características textuais e discursivas do gênero.
• Revisar os textos escritos em pequenos grupos ou coletivamente.
Conteúdo(s)
• Procedimentos de produção e revisão de textos escritos.
• Características textuais das legendas.
• Reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita.
Ano(s): 2º e 3º
Tempo estimado: um mês
Material necessário
• Fotografias de um passeio feito com a turma (duas para cada dupla).
• Materiais que tenham legendas, como álbuns de fotografias, figurinhas, revistas e jornais.
• Reprodução, por meio de projetor multimídia, de imagens ampliadas na parede da sala caso haja alunos com baixa visão.
Desenvolvimento
1ª etapa: Apresente a ideia de montar um álbum com fotos de um passeio realizado pela turma. Peça que tragam as imagens de casa. Questione os alunos sobre a necessidade das imagens serem acompanhadas por legendas.
2ª etapa: A turma precisa se familiarizar com o estilo das legendas e observar como são escritas. Proponha a leitura de revistas e jornais. Deixe os alunos explorá-los livremente, peça que encontrem legendas parecidas com as que pretendem escrever no álbum de fotos e justifiquem as escolhas. Discuta as características linguísticas: são textos curtos? Descritivos? Diferentes do que encontramos nos contos de fadas? Registre as conclusões.
3ª etapa: Coloque o aluno com deficiência junto a uma dupla e peça que um dos videntes descreva detalhadamente as imagens e o outro leia as legendas em voz alta. Estimule-o a fazer perguntas para os colegas para obter mais informações.
4ª etapa: Distribua duas fotos para cada dupla e proponha a produção oral do texto. Cada grupo dita as legendas que gostaria de escrever. Transcreva os textos no quadro e faça uma revisão coletiva, considerando o leitor ausente, a clareza do texto e a relação com a foto.
5ª etapa: Peça que as duplas escrevam a primeira versão das legendas. Nesse momento, circule pela sala e faça intervenções que ajudem as crianças a pensar sobre a escrita enquanto realizam a tarefa. Sugira que leiam o que estão escrevendo, observem o trabalho do colega, comentem o que ainda falta escrever e verifiquem se o escrito contempla quem ou o que é visto na foto. Tire cópias dessa primeira versão do material produzido e identifique-a antes de iniciar a próxima etapa.
6ª etapa: Proponha uma revisão coletiva de metade das legendas. Nesse momento, o objetivo é explicitar os problemas em relação à interpretação das informações por parte dos alunos que não são seus autores. Assim, se propõe a interação dos autores reais com leitores potenciais. Transcreva no quadro as produções, pedindo à turma que proponha mudanças, justifique cada uma delas e avalie o resultado final.
7ª etapa: Separe a outra metade dos textos para ser revisado em pequenos grupos. Explicite que deverão ser explicados os problemas de interpretação, porém, nesse momento, não faça intervenções diretas. Por fim, peça que revisem e selecionem o material que fará parte do álbum.
Produto final: Um álbum de fotos de um passeio da turma, legendado pelas crianças.
Avaliação: Durante o processo de revisão, observe a qualidade e a propriedade dos comentários das crianças. Avalie a adequação das legendas produzidas em relação à função comunicativa, à forma e aos aspectos linguísticos e ao conteúdo apresentado nas fotos.
Flexibilização: Coloque o aluno com deficiência junto a uma dupla e peça que um dos videntes descreva detalhadamente as imagens e o outro, leia as legendas em voz alta. Estimule-o a fazer perguntas para os colegas para obter mais informações.
Inclua nessa apresentação as flexibilizações que serão realizadas para que o estudante com deficiência visual participe do projeto ativamente.
Oriente o estudante a tocar nas fotos com as mãos, mostrando-lhe onde estão dispostas e quantas são.
Peça aos estudantes que estão formando o trio com o aluno com deficiência para explicarem a ele detalhadamente o que a foto exibe e oriente-os a contar com a participação do colega na descrição do texto. Para estimular essa competência, proponha atividades para casa ou para o AEE,- Atendimento Educacional Especializado - para que leiam para ele as legendas de imagens. Recomende que ele descreva como imagina ser a foto e quais elementos estão presentes.
Privilegie o trio para que o aluno com deficiência tenha mais espaço de participação. Estimule sua crítica, colocando-o no lugar de ouvinte do texto.
Deficiências: Visual.
FONTE: Adaptado de: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/legendas-para-fotos>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Outro exemplo que podemos apresentar, tem o tempo de duração menor, e será direcionado para Educação Infantil.
Tema: Descobrindo o livro e o prazer em ouvir histórias
Objetivo(s)
• Criar o hábito de escutar histórias.
• Favorecer momentos de prazer em grupo.
• Enriquecer o imaginário infantil.
• Favorecer o contato com textos de qualidade literária.
• Valorizar o livro como fonte de entretenimento e conhecimento.
Para crianças de até 1 ano
• Dirigir-se aos livros por meio de falas, gestos, balbucios (gritinhos, sorrisos, vocalizações, entre outros) e expressões faciais.
• Imitar sons com base na fala do educador.
• Estabelecer situações comunicativas significativas com adultos e outras crianças do grupo.
• Reconhecer o livro como portador de história, manifestando prazer ao explorá-lo e ao ser convidado pelo professor para escutar o que será lido.
• Ouvir o professor com progressiva atenção.
Para crianças de até 3 anos
• Ampliar repertório de palavras e histórias conhecidas.
• Construir frases e narrativas com base nas conversas sobre os livros.
• Entreter-se com leituras mais longas participando atentamente.
• Reconhecer e nomear alguns livros.
• Manipular o livro, folheando as páginas e fazendo referências às imagens.
• Cuidar do livro e valorizá-lo.
• Imitar o adulto lendo histórias.
Tempo estimado: Todos os dias
Material necessário
• Livros de literatura.
• Almofadas.
• Bebês-conforto.
Desenvolvimento
1ª etapa: O trabalho começa com a sua preparação. Selecione livros com textos bem elaborados e ilustrações de qualidade. As histórias devem ter estruturas textuais repetitivas que favorecem a compreensão e a memorização. Programe-se para disponibilizar os livros em diferentes momentos da rotina. Promova conversas sobre eles fazendo perguntas e descrições, destacando os personagens e retomando as partes que as crianças consideram mais queridas. Após apresentar um livro novo, repita a leitura dele várias vezes para que a turma possa se apropriar da narração, memorizar partes da história e interagir com seu conteúdo. Alterne, na semana, a leitura de histórias repetidas e a introdução de novas. Esteja sempre atento às iniciativas das crianças e responda a elas por meio da fala, de gestos e de expressões faciais. Sempre promova conversas entre as crianças sobre o que foi lido.
2ª etapa: Leia o livro para conhecer bem a história. Treine a entonação e a fluência da leitura lendo em voz alta para si mesmo antes de apresentá-lo aos pequenos. Prepare o espaço para que todos fiquem confortáveis. Eles podem deitar-se entre almofadas, sentar-se em roda ou no bebê-conforto. É importante que todos consigam ver o livro. Apresente-o para o grupo destacando as informações da capa (título, ilustração, nome do autor, ilustrador etc.). Faça uma breve apresentação da história despertando o interesse em escutá-la. Leia de forma fiel ao texto e vá mostrando as ilustrações conforme lê. No fim, converse com as crianças sobre a história: pergunte se e do que gostaram, volte às partes comentadas, mostre novamente as ilustrações e deixe que elas explorem o livro.
3ª etapa: Leia a mesma história nos outros dias observando sempre o interesse do grupo. Observe se solicitam a leitura do livro. Sempre que for iniciar a atividade, cuide do espaço garantindo que este seja sempre um momento confortável e prazeroso. Mostre o livro às crianças e pergunte se lembram da história: pergunte sobre o título, os personagens e os acontecimentos que lembram. Só então conte novamente a história. Essa atividade pode ocorrer em média três vezes na semana.
4ª etapa: Prepare-se para a apresentação de um novo livro realizando os mesmos procedimentos relatados na atividade 1. Inicie conversando com as crianças sobre aquele que já conhecem. Conte que irá apresentar uma nova obra que tem uma história diferente. Repita o que foi destacado anteriormente durante a leitura e a conversa sobre a história.
Avaliação: Verifique se as crianças ficam atentas a sua fala e às ilustrações. Veja se conseguem comentar a história com os colegas e se respondem às perguntas feitas sobre um livro já conhecido. Observe se conseguem se lembrar de algum título conhecido quando perguntado.
FONTE: Disponível em: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/descobrindo-o-livro-e-o-prazer-em-ouvir-historias>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Para finalizar veremos outro Plano de Aula, agora para alunos de 4º e 5º ano. Esse plano é do Professor de Educação Física, Marcelo Jabu.
Tema: Pular corda
Introdução
A intenção principal desta sequência didática é promover a vivência das brincadeiras de pular corda e, por meio delas, abordar conteúdos relacionados ao ritmo e a expressão corporal. Essa sequência de atividades se justifica também como uma interessante e divertida forma de cultivo e valorização da cultura lúdica tradicional de nosso país.
Também se mostra importante como forma de promover situações de ensino e aprendizagem ricas no sentido da construção de habilidades corporais básicas, no desenvolvimento de dinâmicas de produção em pequenos grupos e ainda como possibilidade de introduzir e desenvolver a ideia de diversificação e transformação de estruturas lúdicas convencionais.
Objetivos
• Reconhecer a existência de elementos rítmicos e expressivos nas brincadeiras vivenciadas.
• Reconhecer a possibilidade de variações e adaptações nas regras originais de uma brincadeira.
• Realizar os movimentos básicos de saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se e suas relações com o ritmo em que esses movimentos são executados.
• Projetar e construir sequências de movimentos levando em conta os seus limites corporais e os dos colegas.
Conteúdos específicos
• Brincadeira de pular corda.
• Brincadeiras realizadas em pequenos grupos, sem finalidade competitiva e sem a divisão em equipes, quando a relação entre os desempenhos individuais compõe e viabiliza a vivência grupal.
• Habilidades motoras de saltar com um e dois pés, agachar, girar e equilibrar-se.
• Capacidades físicas de velocidade e força.
• Ritmo e expressividade.
Ano: 4º e 5º anos.
Tempo estimado: Quatro aulas de 40 minutos, subdivididos em 10 minutos para a roda de conversa inicial, 25 minutos para a vivência das brincadeiras e 5 minutos para roda de conversa final.
Material necessário:
• Espaço físico plano e desimpedido (sala de aula, quadra, pátio, rua ou similar).
• Cordas individuais (1,5 metro).
• Cordas coletivas (6 metros).
• CD Player.
Desenvolvimento das atividades:
Em todas as aulas, inicie a atividade fazendo uma explicação das regras e da distribuição dos grupos pelo espaço físico, desenhando na lousa o posicionamento de cada um e os limites a serem utilizados durante as brincadeiras.
Esse desenho deve ser um diagrama simples, com as referências do espaço e a representação da posição que cada grupo de crianças vai ocupar durante a atividade.
Em todas as aulas realize uma roda de conversa no final para avaliar junto com as crianças os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência das brincadeiras.
A sequência didática está organizada em duas aulas com propostas de brincadeiras feitas por você e uma aula em que as crianças serão desafiadas a conceber brincadeiras.
Primeira aula: Pular corda, brincadeiras tradicionais.
"Um homem bateu à sua porta..."
"Com que você pretende se casar..."
"Rei, capitão, soldado, ladrão..."
"Salada, saladinha..."
Existe uma enorme diversidade de brincadeiras de pular corda em nosso país. Essas sequências variam de região para região em relação aos gestos que compõem as sequências e às músicas cantadas durante a realização.
No entanto, o princípio geral é basicamente o mesmo, ou seja, sequências de movimentos realizados em torno de uma corda em movimento (principalmente saltos e giros), acompanhados de uma música cantada por todos.
Faça um levantamento com os alunos de todas as sequências de pular corda que eles conhecem e confeccione uma lista com o nome das sequências e a descrição dos movimentos de cada uma delas. Os alunos devem participar da confecção deste registro.
Ajude-os a se organizar em pequenos grupos de 5 elementos e distribua uma sequência de pular corda para cada grupo realizar.
Percorra os grupos durante a atividade, observando se o ritmo de movimentação da corda é condizente com a capacidade de saltar dos participantes e oriente as crianças fazendo ajustes quando for necessário.
Segunda aula: Ritmo individual e em grupo.
Distribua as cordas individuais e proponha para os alunos os seguintes desafios:
• Cada aluno deve saltar a corda individualmente, num ritmo lento, e contar qual o número de repetições de saltos que consegue realizar em sequência, sem errar.
• Cada aluno deve fazer a mesma contagem, agora com a corda sendo batida num ritmo rápido.
• É importante ressaltar que a definição de ritmo lento e rápido é realizada por critérios individuais de cada aluno.
• Os resultados obtidos são anotados numa planilha, e podem ser utilizados posteriormente para avaliar a evolução da condição individual.
Em seguida, utilizando os mesmos subgrupos da aula anterior, proponha que a corda seja batida por dois elementos e saltada pelos três outros componentes. Os dois extremos de ritmo (lento e rápido) devem ser estabelecidos pelo grupo, de forma a favorecer a eficiência da quantidade de saltos a ser conseguida por todos. Os batedores devem fazer um rodízio de função com os demais elementos do grupo, de forma que possam experimentar também o papel de saltadores.
Ao final, convide os alunos a refletir e a relatar suas experiências e ajustes necessários na vivência dos diversos ritmos propostos e comente o quanto existe de diversidade individual na determinação dos mesmos.
Terceira e quarta aulas: Corda musicada.
Proponha aos alunos que, nos mesmos subgrupos das aulas anteriores, inventem uma sequência de saltos com a corda coletiva em movimento, utilizando uma trilha sonora escolhida por eles.
A escolha do ritmo da música a ser utilizada e a sequência de saltos propostas serão o desafio de criação e execução de cada um dos grupos.
Como é provável que você tenha apenas um CD player, o tempo da aula deve ser distribuído de forma que todos os grupos tenham a oportunidade de conceber e ensaiar a execução de sua sequência. Ao final das duas aulas, as apresentações podem ser exibidas para o grupo todo.
Enquanto um dos subgrupos trabalha com o CD player, os outros podem usar o tempo para criar e ensaiar a sua sequência, apenas cantando a música escolhida.
Avaliação
Volte seu olhar para os aspectos relacionados com a inclusão de todos os jogadores na vivência das atividades e com a experimentação de todas as funções existentes dentro dos jogos propostos.
Como essas brincadeiras são atividades de desempenho individual dentro de uma dinâmica coletiva, faça suas observações quanto ao desempenho e o ajuste rítmico dos jogadores individualmente ou dentro dos subgrupos, não sendo necessário que a dinâmica do grupo todo seja interrompida para que alguma orientação seja feita.
As observações devem ser focadas em torno das variações de ritmo e as relações deste elemento com as capacidades físicas individuais e destas, em contexto coletivo de brincadeira.
FONTE: Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/planos-de-aula/fundamental/educacao-fisica-pular-corda.htm>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Percebe-se que o Plano de Aula é como um diário, onde você apresenta tudo o que pretende realizar e os possíveis problemas que poderão ocorrer. Saiba que nenhuma aula sai exatamente da forma que planejamos, sempre podem ocorrer imprevistos, por isso a necessidade de registrarmos tudo o que pretendermos desenvolver com os alunos, assim, se ocorrer imprevistos saberemos como agir e conseguiremos dar sequência a atividade, após solucionado o imprevisto.
O planejamento é de extrema necessidade, pois assim se evita a rotina e a improvisação; promove-se a força do ensino; garantimos a segurança de um ensino mais elaborado e alicerçado nos desejos e interesses pedagógicos coletivos, além de garantir ao professor economia de tempo e de energia.
Quando entramos em sala de aula, o aluno percebe se o professor está preparado ou não para as aulas. Ele não fala, ele observa, e dependendo de sua postura, enquanto aluno, tornará sua aula normal ou criará empecilhos no desenvolvimento dessa. Observe isso quando você estiver em sala de aula. Claro que esse não é o único motivo de existir problemas em sala, mas inicia aí a necessidade de irmos preparados para nossas aulas.
Frente a isso, nos deparamos com outro ponto importante. Já possuímos os planos, mas sabemos como determinar realmente o que são os objetivos, tanto gerais como específicos? Sabemos quais os verbos a serem utilizados nos objetivos? Qual sua função? Temos conhecimento do que são os conteúdos? De como devemos selecionar e organizar os conteúdos? Pois bem, acadêmico(a), este será o nosso próximo assunto!
6 OS OBJETIVOS EDUCACIONAIS E SUA FUNCIONALIDADE
Vamos responder às perguntas acima apresentadas de maneira clara e com base no que já estudamos até o momento.
Quando tratamos dos objetivos, estamos nos referindo ao que nos diz Piletti (1998, p. 80) “os objetivos consistem em uma descrição clara dos resultados que desejamos alcançar com nossa atividade”.
Ao realizarmos uma análise do ser humano, percebemos que somos movidos pelos nossos objetivos, buscar e alcançar algo que almejamos. Na educação não é diferente. Conforme Haydt (2008, p. 112): “A educação sendo uma atividade humana, também se realiza em função de propósitos e metas. Assim, no processo pedagógico, a atuação de educadores e educandos está voltada para a consecução de objetivos”.
Haydt (2008, p. 112) ainda nos presenteia com sua fala, que possui relação com o que estudamos na Unidade 1 deste Caderno de Estudos, afirmando que:
Aristóteles, quatro séculos antes de Cristo, dava um conselho, a seus contemporâneos que pode servir de orientação aos homens de todos os tempos: “o importante é que em todos os nossos atos tenhamos um fim definido que almejamos conseguir... à maneira dos arqueiros que apontam para um alvo bem assinalado”.
Com essas palavras podemos compreender que cada professor ao adentrar em sala já possui seus objetivos, os quais pretende conquistar naquele momento. Por isso a necessidade de formularmos nossos planos, pois se não o fizermos, a aula estará fadada ao fracasso. É necessário que o professor tenha objetivos bem definidos dentro de seu plano de trabalho, os quais, conforme Haydt (2008, p. 113):
[...] tornaram-se importantes, sobretudo, a partir da ampliação do conceito de aprendizagem, pois, atualmente, aprender é considerado algo mais do que simples memorização de informações. A formulação de objetivos consiste na definição de todos os comportamentos que podem modificar-se como resultado da aprendizagem.
Podemos afirmar, conforme Piletti (1998, p.82) em seu livro Didática Geral: “Se o professor não define os objetivos, não pode avaliar de maneira objetiva o resultado de sua atividade de ensino e não tem condições de escolher os procedimentos de ensino mais adequados”. Os objetivos educacionais apresentam-se em dois níveis.
6.1 OBJETIVOS GERAIS
Também podem ser compreendidos como objetivos educacionais. Esses objetivos são os “previstos para um determinado grau ou ciclo, uma escola uma certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo”. (HAYDT, 2008, p. 114).
Para Claudino Piletti (1998, p. 81), os objetivos gerais ou educacionais são “proposições gerais sobre mudanças comportamentais desejadas. Decorrem de uma filosofia da educação e surgem do estudo da sociedade contemporânea e do estudo sobre o desenvolvimento do aluno e sobre os processos de aprendizagem”. Já na ideia de Libâneo (2011, p. 121):
Os objetivos gerais expressam propósitos mais amplos acerca do papel da escola e do ensino diante das exigências postas pela realidade social e diante do desenvolvimento da personalidade dos alunos. Definem, em grandes linhas, perspectivas da prática educativa na sociedade brasileira, que serão convertidos em objetivos específicos de cada matéria de ensino, conforme os graus escolares e níveis de idade dos alunos.
Libâneo (2011, p.122) ainda aponta que os objetivos educacionais são, “uma exigência indispensável para o trabalho docente, requerendo um posicionamento ativo do professor em sua explicitação, seja no Planejamento Escolar, seja no desenvolvimento das aulas”. Para o autor os possuem três níveis que vão do amplo para o especifico. São eles:
• Pelo sistema escolar, que expressa as finalidades educativas de acordo com ideais e valores dominantes na sociedade;
• Pela escola que estabelece princípios e diretrizes de orientação do trabalho escolar com base num plano pedagógico-didático que represente o consenso do corpo docente em relação à filosofia da educação e à prática escolar.
• Pelo professor, que concretiza no ensino da matéria a sua própria visão de educação e de sociedade.
Importante verificar que os objetivos gerais ou educacionais ao serem trabalhados pelo professor devem estar em consonância com os documentos oficiais, como já vimos anteriormente. No momento de organizar seus objetivos gerais, o professor deve observar o momento histórico, quais as particularidades que ele busca enfatizar, que possua uma visão crítica do que pretende ensinar. Tudo isso acaba surgindo nos objetivos apresentados em seu plano. Por este motivo, podemos afirmar conforme Libâneo (2011, p. 123):
[...] não se trata simplesmente de copiar os objetivos e conteúdos previstos no programa oficial, mas de reavaliá-los em função de objetivos sócio-políticos que expressam os interesses do povo, das condições locais da escola, da problemática social vivida pelos alunos, das peculiaridades socioculturais e individuais dos alunos.
Os professores necessitam fazer uma ligação com os planejamentos oficiais e buscar neles não uma mera cópia, mas um referencial para desenvolver junto a seus alunos objetivos que os levem a adquirir novos conhecimentos e demonstrando criticidade, trabalho em equipe e trabalho pedagógico significativo para o aluno e para o professor.
Serão repassados agora, uma listagem de verbos que podem ser utilizados junto aos objetivos gerais. Pois conforme Oliveira (2011, p. 36): “o objetivo geral precisa dar conta da totalidade do problema da pesquisa, devendo ser elaborado com um verbo de precisão, evitando ao máximo uma possível distorção na interpretação do que se pretende pesquisar”.
QUADRO 5 - CLASSIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS GERAIS
FONTE: FERREIRA, N. Coletânea de verbos para a elaboração de objetivos. Disponível em: <http://amigadapedagogia.blogspot.com.br/2012/04/coletanea-de-verbos-para-elaboracao-de.html>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Esses verbos são alguns dos que podemos utilizar para a elaboração dos objetivos gerais. Observe que eles estão classificados por áreas, as quais nos dão maior facilidade em apresentá-los de forma correta, junto ao que se pretende trabalhar com o aluno. Apresentaremos os três níveis que o objetivo possui: cognitivo, afetivo e psicomotor.
Os objetivos cognitivos, segundo (BLOOM 1972 apud SOSSAI, 1974, p. 440):
[...] incluem desde a simples evocação de material aprendido até a combinação e sintetização de novas ideias e materiais. Os comportamentos na área cognitiva são expressos por verbos como: relacionar, comparar, interpretar, distinguir, resumir, enumerar.
Assim sendo, para Piletti (1994, p. 82) “[...] o cognitivo refere-se à razão, à inteligência e à memória, compreendendo desde simples informações e conhecimentos intelectuais, até ideias, princípios, habilidades mentais de análise e síntese etc.” O autor dá exemplo deste domínio cognitivo:
• “Informar-se sobre os principais recursos naturais”.
Os objetivos afetivos, ainda segundo Piletti (1994, p. 81):
[...] referem-se ao grau de aceitação ou de internalização de um conceito, comportamento ou fato. Refere-se a uma atitude ou sentimento em relação a alguma coisa. Os comportamentos na área afetiva são expressos por verbos como: aceitar, responsabilizar-se, reconhecer, perceber, tolerar, apreciar.
Para Piletti (1994, p. 82) “o afetivo refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses”. Um exemplo em relação ao domínio afetivo poderia ser assim apresentado conforme Piletti (1994, p. 83 ):
• “Cooperar para a manutenção da ordem, da conservação, da limpeza e do embelezamento da comunidade”.
Os objetivos ativos ou psicomotores, de acordo com Piletti (1994, p. 84):
[...] referem-se a alguma atividade ou prática que deve ser adotada. Geralmente envolvem uma atividade motora. Os comportamentos na área ativa são expressos por verbos como: construir, confeccionar, escrever, ingerir, participar, distribuir, organizar, cooperar.
Piletti (1994, p. 82) afirma que “o psicomotor se refere às habilidades operativas ou motoras, isto é, habilidades para manipular materiais, objetos, instrumentos ou máquinas. Um exemplo com relação a esse domínio é dado por Piletti (1994):
• Desenhar o mapa do Brasil.
• Consertar um relógio.
Para que se tenha um trabalho bem organizado, é preciso que se tenha incluído esses três níveis de objetivos.
Lembre-se que aqui estão representados alguns dos verbos a serem trabalhados em seus planos em nível de objetivos gerais. O objetivo geral, como o nome já enfatiza, é amplo e necessita da ajuda de outros objetivos, os específicos.
6.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos, conforme Haydt (2008, p. 115), “norteiam, de forma mais direta, o processo ensino-aprendizagem”.
Para Libâneo (2011, p. 126):
Os objetivos específicos particularizam a compreensão das relações entre escola e sociedade e especialmente do papel da matéria de ensino. Eles expressam, pois, as expectativas do professor sobre o que deseja obter dos alunos no decorrer do processo de ensino. Têm sempre um caráter pedagógico, por que explicam o rumo a ser imprimido ao trabalho escolar, em torno de um programa de formação.
Podemos compreender que os objetivos específicos precisam estar ligados aos objetivos gerais “sem perder de vista a situação concreta (da escola, da matéria, dos alunos) em que serão aplicados” (LIBÂNEO, 2011, p. 126).
A didática possui uma preocupação em relação aos objetivos gerais e específicos, pois conforme Libâneo (2002, p. 18):
Os objetivos, gerais ou específicos, requerem conhecimentos de Filosofia da Educação, Teoria da Educação, Teoria do Conhecimento, Antropologia. A Didática traduz objetivos sociais e políticos da educação em objetivos de ensino. Ela expressa a dimensão de intencionalidade da ação docente.
O professor precisa observar que os objetivos precisam estar voltados para o aluno, precisam dar clareza na finalidade que o professor busca. É necessário que os objetivos não deixem dúvidas com relação ao que se deseja ao final do trabalho.
Para Haydt (2008, p. 115) os objetivos específicos possuem funções, as quais ajudam o professor na construção de seus planos. São elas:
• definir os conteúdos a serem dominados, determinando os conhecimentos e conceitos a serem adquiridos e as habilidades a serem desenvolvidas para que o aluno possa aplicar o conteúdo em sua vida prática;
• estabelecer os procedimentos de ensino e selecionar as atividades e experiências de aprendizagem mais relevantes a serem vivenciadas pelos alunos, para que eles possam adquirir as habilidades e assimilar os conhecimentos previstos como necessários, tanto para sua vida prática como para a comunicação dos estudos;
• determinar o que e como avaliar; isto é, especificar o conteúdo da avaliação e construir os instrumentos mais adequados para avaliar o que pretende;
• fixar padrões e critérios para avaliar o próprio trabalho docente;
• comunicar de modo mais claro e preciso seus propósitos de ensino aos próprios alunos, aos pais e a outros educadores.
Percebe-se que os objetivos orientam os conteúdos a serem trabalhados junto aos alunos. Acadêmico, podemos perceber que cada elemento formador do plano, está interligado, um necessitando do outro para que se obtenha um plano coerente e com base tanto teórica como prática. Abaixo será apresentada uma lista de verbos a serem utilizados na formação dos objetivos específicos.
QUADRO 6 - OBJETIVOS
FONTE: FERREIRA, Nathália. Coletânea de verbos para a elaboração de objetivos. Disponível em: <http://amigadapedagogia.blogspot.com.br/2012/04/coletanea-de-verbos-para-elaboracao-de.html>. Acesso em: 8 fev. 2016.
Até o momento visualizou-se que dentro de um plano encontramos diversas etapas, as quais estamos aos poucos delimitando cada uma. Até o momento foram observados os objetivos e sua funcionalidade. Agora vamos dar um olhar mais carinhoso para os conteúdos.
Será necessário falarmos dos conteúdos? Não é só repassarmos o que nos é apresentado nos livros didáticos? Não. É preciso um olhar mais cuidadoso para este ponto do plano também. Vamos entender qual a necessidade e a importância dos conteúdos no próximo tópico, mas antes vamos ler algo que nos auxiliará na compreensão dos conteúdos que se alinham com os objetivos.
Segue agora um texto do professor Leandro Villela de Azevedo que auxilia nosso entendimento em relação aos conceitos dos objetivos.
Objetivos procedimentais, conceituais e atitudinais
Em seu livro Prática Educativa, Antoni Zabala nos apresenta um interessante modelo de Planejamento para que os professores e a escolas se utilizem. A versão original era de C. Coll. Trata-se da divisão dos objetivos do professor em 3 itens distintos: Objetivos Conceituais, Objetivos Procedimentais e Objetivos Atitudinais.
Em linhas de regras, podemos definir:
Objetivos Conceituais: são aqueles que antigamente eram chamados de "matérias" ou "conteúdos", ou seja, elementos específicos dentro do saber daquela disciplina, como: O que é constituição? Como se inicia a Idade Média? O que é uma República? E assim por diante. Objetivos que em geral os professores sempre levam em conta em seu Planejamento.
Objetivos Procedimentais: são aqueles que estão relacionados a procedimentos, ou seja, aprender a fazer. No caso de História, por exemplo, temos a análise de documentos, leitura de textos históricos, relacionar duas épocas históricas, a habilidade de compreender as estruturas de governos, de analisar criticamente uma situação, capacidade de se expressar com clareza, seja oralmente ou na escrita. Todos esses objetivos que devemos ter claros em mente na hora de preparar um currículo. Mesmo na escola tradicional muitos professores já pensavam em tais objetivos, a questão é que, devemos, segundo nossa nova ideia de escola, ter em mente que esses itens são tão importantes quanto os primeiros, e não apenas "algo mais" ou "coisa desse professor em especial".
Objetivos Atitudinais: são o tipo mais complexo de objetivos. Uma vez que eles estão relacionados ao "ser" enquanto os conceituais são o "o que se aprende" e os procedimentais são "O que o aluno é", ou seja, está relacionado ao conjunto de valores, atitudes, coisas interiorizadas em um nível tão intenso que fazem parte da personalidade do aluno. Esse item engloba situações como: Participação cidadã democrática, respeito às diferenças culturais, dedicação ao estudo, curiosidade, vontade de aprender, entre outros.
Muitas vezes, os professores usam essa parte de "Atitudinais" colocando em pauta apenas elementos como "prestar atenção na aula" "não conversar". Certamente isso está relacionado a atitudes, entretanto devemos lembrar que Atitudinais não representa APENAS comportamentais, e sim interiorizações que serão levadas para a vida toda.
FONTE: Leandro Villela de Azevedo. Disponível em: <http://tecnaula.blogspot.com.br/2011/03/objetivos-procedimentais-conceituais-e.html>. Acesso em: 9 fev. 2016.
Frente ao que você acabou de ler, podemos resumir que os objetivos conceituais ficam em nível do SABER (fatos, conceitos, princípios); os objetivos procedimentais estabelecem o SABER FAZER; e o objetivos atitudinais ficam no nível do SER (valores, normas e atitudes). Com isso observamos que os objetivos possuem grande influência e importância na elaboração dos planos seja na esfera macro (federal) ou micro (sala de aula).
RESUMO DO TÓPICO
Neste tópico, vimos que:
• O planejamento é a chave para o professor construir, através de atividades de reflexão, ações que auxiliarão no caminho que pretendemos construir junto com nossos alunos, para uma sociedade democrática ou alienada.
• Em todas as instituições escolares, sejam estaduais, municipais ou particulares existe o Plano de Curso. Este plano, conforme Haydt (2008, p. 100), “é a previsão dos conhecimentos a serem desenvolvidos e das atividades a serem realizadas em uma determinada classe, durante um certo período de tempo, geralmente durante um ano ou semestre letivo”.
• O Plano de Curso faz parte do Plano Político Pedagógico (PPP) da escola, dando assim a oportunidade do professor de ajustar o plano à realidade de sua turma; orientar a aprendizagem; auxiliar no desenvolvimento do trabalho a ser realizado e dar subsídios para perceber se o método utilizado foi eficiente ou não.
• De acordo com Haydt (2008, p. 101), o Plano de Curso possui a seguinte sistematização:
a) Levantar dados sobre as condições dos alunos, fazendo uma sondagem inicial.
b) Propor objetivos gerais e definir os objetivos específicos a serem atingidos durante o período letivo estipulado.
c) Indicar os conteúdos a serem desenvolvidos durante o período.
d) Estabelecer as atividades e procedimentos de ensino e aprendizagem adequados aos objetivos e conteúdos propostos.
e) Selecionar e indicar os recursos a serem utilizados.
f) Escolher e determinar as formas de avaliação mais coerentes com os objetivos definidos e os conteúdos a serem desenvolvidos.
• O plano de unidade para ser desenvolvido com eficácia, é necessário observar três etapas que são:
a) Apresentação: nesta etapa, o professor procurará identificar e estimular os interesses dos alunos, relacionando-os com o tema da unidade. Para tanto, poderá desenvolver as seguintes atividades: pré-teste oral ou escrito, para sondagem das experiências anteriores dos alunos, contendo os conceitos que eles deverão aprender na unidade; diálogo com a classe a propósito do tema; comunicação aos alunos dos objetivos da unidade; utilização de material ilustrativo, tais como jornais, revistas, cartazes, objetos históricos etc., que permitam introduzir o tema; aula expositiva com a mesma finalidade.
b) Desenvolvimento: nesta etapa, os alunos deverão chegar à compreensão do tema. Aqui o professor poderá lançar mão das seguintes atividades: estudos de textos; estudo dirigido; solução de problemas; projetos; trabalhos em grupo, pesquisa.
c) Integração: nesta etapa, os alunos deverão chegar a uma síntese dos temas abordados na Unidade. Isso poderá ser alcançado através das seguintes atividades: organização de resumos; relatório oral que sintetize os aspectos mais importantes da Unidade.
• Para Silva (2016, p. 1) “Um plano de aula é um instrumento de trabalho do professor, nele o docente especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos alunos”.
• O Plano de Aula significa que o professor precisa observar em que momento se encontra a turma ou classe. É preciso que o professor realize uma sondagem para ver em que nível a turma está e a partir deste diagnóstico dar continuidade ao trabalho de ensino-aprendizagem.
• Objetivos gerais também podem ser compreendidos como educacionais. Estes objetivos são os “previstos para um determinado grau ou ciclo, uma escola uma certa área de estudos, e que serão alcançados a longo prazo”. (HAYDT, 2008, p. 114).
• Os objetivos gerais e específicos são subdivididos em:
a) Cognitivos: para Piletti (1994, p. 82) “[...] o cognitivo refere-se à razão, à inteligência e à memória, compreendendo desde simples informações e conhecimentos intelectuais, até ideias, princípios, habilidades mentais de análise e síntese etc.”. O autor dá exemplo deste domínio cognitivo: “Informar-se sobre os principais recursos naturais”.
b) Afetivos: para Piletti (1994, p. 82) “o afetivo refere-se aos valores, às atitudes, às apreciações e aos interesses”. Um exemplo em relação ao domínio afetivo poderia ser assim apresentado conforme Piletti: “Cooperar para a manutenção da ordem, da conservação, da limpeza e do embelezamento da comunidade”.
c) Psicomotores: Piletti (1994, p. 82) afirma que “o psicomotor refere-se às habilidades operativas ou motoras, isto é, habilidades para manipular materiais, objetos, instrumentos ou máquinas. Um exemplo com relação a este domínio é dado por Piletti (1994): Desenhar o mapa do Brasil. Consertar um relógio.
• Os objetivos específicos particularizam a compreensão das relações entre escola e sociedade e especialmente do papel da matéria de ensino. Eles expressam, pois, as expectativas do professor sobre o que deseja obter dos alunos no decorrer do processo de ensino. Têm sempre um caráter pedagógico, por que explicam o rumo a ser imprimido ao trabalho escolar, em torno de um programa de formação (LIBÂNEO, 2011).
• As funções dos objetivos específicos são:
a) definir os conteúdos a serem dominados, determinando os conhecimentos e conceitos a serem adquiridos e as habilidades a serem desenvolvidas para que o aluno possa aplicar o conteúdo em sua vida prática;
b) estabelecer os procedimentos de ensino e selecionar as atividades e experiências de aprendizagem mais relevantes a serem vivenciadas pelos alunos, para que eles possam adquirir as habilidades e assimilar os conhecimentos previstos como necessários, tanto para sua vida prática como para a comunicação dos estudos;
c) determinar o que e como avaliar; isto é, especificar o conteúdo da avaliação e construir os instrumentos mais adequados para avaliar o que pretende;
d) fixar padrões e critérios para avaliar o próprio trabalho docente;
e) comunicar de modo mais claro e preciso seus propósitos de ensino aos próprios alunos, aos pais e a outros educadores.
AUTOATIVIDADES
UNIDADE 2 TÓPICO 2
Estudante! Vamos refletir um pouco sobre o que vimos até o momento. Se você fosse chamado a lecionar, quais seriam os seus cuidados antes de entrar na sala de aula?
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