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sábado, janeiro 11, 2025

MAIS UM TRAFICANTE LIGADO AO BOLSONARISMO PRESO

 Câmara suspende ‘posse secreta’ de vereador bolsonarista do PL em Goiás; entenda o caso

A decisão acolhe uma recomendação do Ministério Público do estado

Eduardo Bolsonaro em nome do Pai apoiou 

A presidência da Câmara Municipal de Ceres acatou a recomendação expedida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e determinou, nessa quinta-feira (9/1), a suspensão cautelar da posse do vereador Osvaldo José Seabra Júnior (foto em destaque), conhecido como Osvaldo Cabal (PL). O político é alvo de mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Ephedra, deflagrada em dezembro pelo MPGO, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A recomendação foi expedida pelo promotor de Justiça Pedro Furtado Schmitt Corrêa. Na ação, ele aponta, entre as irregularidades do ato de posse, o desrespeito do rito definido no regimento interno da Casa; a falta de publicidade do ato; a falta de lavratura de ata ou registro em livro oficial e a ausência de declaração (compromisso) formal seguida do pronunciamento indispensável do presidente da Casa.

O presidente da Câmara, Glicério de Moraes Mendes Júnior, determinou ainda, em despacho, “a comunicação interna aos demais vereadores e a todos os agentes públicos vinculados à Câmara de Vereadores de Ceres da existência de ordem de prisão expedida contra Osvaldo José Seabra Junior, para providenciarem o fiel e imediato cumprimento da ordem judicial caso Osvaldo compareça à sede do Poder Legislativo local”.

A posse ocorreu no dia 1º de janeiro de 2025, na sala da Secretaria da Câmara, após o encerramento da sessão solene que empossou os demais dez vereadores eleitos. Em diligência realizada no dia 7 de janeiro, o promotor de Justiça constatou as irregularidades. Na portaria que oficializa a anulação da posse, o presidente da Câmara determinou ainda a notificação ao investigado para manifestação em cinco dias úteis. Caso não haja manifestação, a suspensão cautelar se tornará definitiva. A decisão também prevê a instauração de processo administrativo, caso ele retome suas atividades, por descumprimento dos preceitos legais exigidos para o exercício do cargo.

O caso de mais um traficante de drogas ligado a família Bolsonaro, soma-se a outros dois famosos que são os do Pai da Senadora Damares e do Senador de Santa Catarina cuja a Polícia Militar de Santa Catarina apreendeu 49kg de haxixe dentro da empresa JS Pescados, de propriedade da família do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), na cidade de ItajaíO caminhão da família do senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) também foi flagrado com 322,9kg de maconha.

ENTENDA O CASO

Operação Ephedra: MPGO e PRF desarticulam organização criminosa que comercializava rebite; cerca de meio milhão de comprimidos foram apreendidos


O Ministério Público de Goiás (MPGO) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram, na manhã de 10 de dezembro de 2024, uma operação conjunta para combater organização criminosa especializada na produção, distribuição e comercialização de comprimidos de anfetaminas, popularmente conhecidos como “rebite” - drogas sintéticas utilizadas por motoristas profissionais para inibir o sono e permitir a realização de longas jornadas de trabalho. Conforme apontado pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPGO, Carlos Luiz Wolff de Pina, os resultados da operação têm impacto na saúde pública e na segurança viária.

Durante entrevista coletiva realizada na sede do MPGO, foram apresentados alguns números da operação: foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva, 4 mandados de prisão temporária e 60 mandados de busca e apreensão. Além disso, foi autorizado judicialmente o sequestro/apreensão de bens imóveis, veículos, ativos virtuais (criptomoedas) e valores mantidos em contas bancárias na ordem de R$ 320 milhões, envolvendo 45 pessoas físicas e jurídicas investigadas. O cumprimento das ordens judiciais foi conduzido pelo Gaeco, a Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI) e a PRF em Goiás.

Além de aparelhos celulares, insumos, objetos e maquinários para a fabricação da droga, foram apreendidos cerca de meio milhão de comprimidos. Segundo apontado pelo superintendente da PRF em Goiás, Tiago Queiroz, esse valor é significativo, tendo em vista que, em 2023 e ao longo de 2024, haviam sido apreendidos nacionalmente cerca de 370 mil comprimidos. Durante a operação, foram identificados três locais utilizados para a fabricação e armazenamento dos entorpecentes.

Uma atualização divulgada no final da tarde trouxe um balanço parcial das apreensões realizadas na operação:
•    53 armas 
•    15 carregadores
•    8.768 munições 
•    547.140 comprimidos de anfetamina
•    214 quilos de matéria-prima
•    278.578 reais
•    52 mil dólares
•    14 mil pesos argentinos
•    184 mil guaranis (moeda do Paraguai)
•    cerca de 310 mil pesos mexicanos
•    2.425 euros

Participaram da operação 268 policiais rodoviários federais 96 integrantes do MPGO, incluindo 29 promotores de Justiça e 46 servidores, além de cães farejadores treinados para localizar entorpecentes.

As investigações, conduzidas pelo Gaeco com auxílio da PRF, tiveram início a partir de verificação feita pela PRF do alto índice de apreensões feitas no Estado, tendo sido constatado que cerca de 80 a 90% das apreensões de anfetaminas em todo País acontecem no Eixo Centro-Oeste. Assim, a partir do trabalho de investigação e inteligência feito pelo MPGO, ficou demonstrado que a organização criminosa investigada possui ramificações em diversas regiões de Goiás e, também, em outros Estados, com expertise na fabricação, produção e distribuição de comprimidos de “rebite”.

As apurações indicam ainda que o grupo criminoso contava com uma estrutura de integrantes que financiavam a produção e fabricação em larga escala de comprimidos de “rebite”. A organização contava com uma rede de distribuição e revenda da droga para várias partes do País, gerando a movimentação de centenas de milhões de reais nos últimos anos. Segundo detalhado pelo promotor Paulo Parizotto, integrante do Gaeco, está sendo também apurada a prática dos crimes de lavagem de bens e capitais, já que foram verificadas empresas diversas em nome dos envolvidos, em ramos como transporte, imobiliária e restaurante.

Além dos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, aquisição de maquinários e objetos destinados ao tráfico, financiamento do tráfico e lavagem de dinheiro, a operação visa desestruturar financeiramente os integrantes da organização criminosa. A apuração terá continuidade, com a análise do material apreendido e a oitiva dos presos, para possibilitar o oferecimento de denúncia. 

Fonte: Metrópoles e GAECO/MPF

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