Natuza Nery registra queixa contra policial civil após ser ameaçada
Policial de Tarcísio SP acusado de ameaçar Natuza Nery atacou urnas e defendeu golpe
Ao confirmar, Nery teria ouvido que merecia ser “aniquilada”, uma vez que a empresa em que trabalhava era responsável pela situação atual do Brasil. Chegando no caixa, Arcenio passou a xingar a comunicadora, atraindo olhares curiosos.
Segundo o documento, uma mulher que acompanhava Scribone pediu para cessar os ataques, alegando que Natuza Nery era apenas profissional. Porém, a Polícia Militar foi chamada para resolver a confusão.
Todos os envolvidos foram levados para prestar depoimento na delegacia. O caso foi registrado no 14º Distrito Policial da capital paulista. Ao ser constatado a patente do homem, a Corregedoria da Polícia Civil assumiu as investigações.
No relato, Arcenio Scribone Junior afirmou que teria feito apenas uma crítica ao trabalho de Natuza Nery. Já no distrito, ele preferiu se manter em silêncio, alegando não ter cometido nenhum crime.
Por fim, o policial civil foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de exames de dosagem alcoólica/clínico de embriaguez, toxicológico e cautelar.
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota divulgada para a imprensa, que “diligências foram realizadas no supermercado em busca de imagens do ocorrido e de eventuais testemunhas”.
Em 8 de dezembro de 2022, o investigador publicou no Twitter uma foto de uma manifestação a favor de um golpe de Estado no país e escreveu: “Nessas horas tenho orgulho de ser brasileiro. Nosso povo está vivo”. Na imagem, é possível ver faixas com os dizeres: “Forças Armadas salvem o Brasil”.
Uma outra fotografia, publicada no mesmo dia, sugere que ele esteve em frente ao Comando Militar do Sudeste, sede do Exército que fica na capital paulista, para defender a intervenção. “Temos muitas pessoas no Ibirapuera”, afirma na legenda. “Resistência”, “Brazil was stolen (Brasil foi roubado)”, dizem cartazes que aparecem na imagem.
Dias depois, em 12 de dezembro, Arcenio divulgou uma notícia falsa dizendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno do pleito presidencial, teria na verdade obtido 73,5% dos votos, contra 26,5% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito na ocasião.
“Esta é a realidade que a mídia tentou esconder dos brasileiros”, diz o texto. Segundo a postagem, o “resultado real das urnas” teria sido obtido após hackers “quebrarem os códigos fonte”.
Investigação
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), após ser ameaçada, Natuza acionou a Polícia Militar (PM) por meio do 190. Ela e o policial civil foram conduzidos até o 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros, onde a ocorrência foi registrada.
Ainda segundo a pasta, a Corregedoria da Polícia Civil assumiu as investigações assim que foi informada do caso, “realizando diligências no estabelecimento em busca de imagens do ocorrido e eventuais testemunhas”.
A investigação no âmbito administrativo pode resultar no afastamento do policial.
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