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segunda-feira, dezembro 23, 2024

CARTA AO POVO BRASILEIRO 2 - ANTES AOS INDUSTRIAIS, AGORA AO SISTEMA FINANCEIRO

"O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para conquistar o desenvolvimento econômico que hoje não temos e a justiça social que tanto almejamos. Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo econômico e político." Carta ao povo brasileiro 2002

O preâmbulo da carta, mostra o papel que se propõe Lula, conciliar, os conflitos entre Capital X Trabalho no momento que as forças hegemônicas neoliberais, estão em descenso eleitoral.

"O PT e seus parceiros têm plena consciência de que a superação do atual modelo, reclamada enfaticamente pela sociedade, não se fará num passe de mágica, de um dia par ao outro. Não há milagres na vida de um povo e de um país. Será necessária uma lúcida e criteriosa transição entre o que temos hoje e aquilo que a sociedade reivindica."(sic). Já neste trecho vemos a essência da política pragmática que será conduzida, já falando em transição, mesma tática utilizada neste governo Lula 3.

Na última semana de 2024, o sistema financeiro (Banqueiros, Financistas, Especuladores...), estabeleceram com os jornais que a eles pertencem, um ataque especulativo ao dólar, visando obrigar Lula a sentar-se a mesa e negociar a pauta que a eles interessa: Superexploração dos trabalhadores, retirada de direitos (BPC, Aumento Real do Salário Mínimo, Fim do Estado do Bem Estar Social...), ou seja, a barbárie econômica neoliberal.

A foto e o gesto de Lula ao reunir-se na Biblioteca do Palácio do Planalto com Fernando Haddad, Simone Tebet e Gabriel Galípolo, com a fala de Lula, sem escrita, mas, oralmente, representa a 2 ª Carta ao Povo Brasileiro.

Contudo, diferentemente da carta de 22 de junho de 2022, Lula só focou na austeridade fiscal, contenção de gastos e compromisso com o setor financeiro. Nada novo, pois na carta de 22 anos atrás, estava escrito:  "Mas é preciso insistir: só a volta do crescimento pode levar o país a contar com um equilíbrio fiscal consistente e duradouro. A estabilidade, o controle das contas públicas e da inflação são hoje um patrimônio de todos os brasileiros. Não são um bem exclusivo do atual governo, pois foram obtidos com uma grande carga de sacrifícios, especialmente dos mais necessitados."

Portanto, na perspectiva de driblar o bombardeio do mercado financeiro, temporariamente, tentando acumular forças para um próximo quadrante, Lula concilia, para buscar mais musculatura, para seus compromissos com sua biografia. No entanto, há problemas que estão para além da arte política que Lula possuí. Seus parceiros mais próximos não repetem o que Luiz Dulci, Gilberto Palmares, Zé Dirceu e quadros que mantinham relação direta com os militantes sociais faziam. O palácio nos governos Lula 1 e 2, era mais acessível aos núcleos vivos da sociedade. Lula recebia a pedido daqueles dirigentes, agentes sociais das diversas cidades do país, isto combinado com os instrumentos de democracias direta que haviam nas diversas consultas e conferências.

A saída para o governo Lula é chamar os atores sociais diversos para um movimento pedagógico de democracia direta, único caminho para enfrentar a ditadura do mercado e o fascismo. E escrever a missiva da liberdade do povo brasileiro.

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