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quinta-feira, agosto 01, 2013

Em novo protesto no Centro, mais confusão entre PMs e manifestantes

Tumulto começou perto da Câmara 
dos Vereadores, após um rapaz ser 
detido com pedras na mochila

ADRIANA CRUZ-IG
Rio - A dinâmica de tumulto na etapa final das manifestações se repetiu 
na noite desta quarta-feira. Mais de 700 manifestantes passaram pelo 
Ministério Público onde entregaram uma carta ao procurador-geral de 
Justiça do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, passaram pelas escadarias da
 Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e seguiram em direção à Câmara 
dos Vereadores.
Na Avenida Almirante Barroso, um manifestante foi detido com pedras 
na mochila e foi levado para a 1ª DP (Praça Mauá), segundo o tenente-
coronel Mauro Andrade, que passou a comandar a PM nos atos públicos 
dos últimos dias. O policiamento foi reforçado em todo o Centro da cidade. 
Mais de 350 policiais militares acompanham o ato.

Após isto, o clima começou a ficar mais tenso entre policiais e ativistas. 
Um grupo de manifestantes forçou a entrada no prédio da Câmara dos
Vereadores, na Cinelândia. Algumas pessoas se retiraram do local após
negociação, no entanto ainda há um grupo ocupando a Casa. Há quebra-
quebra e correria nos arredores da Câmara, onde foram ouvidos gritos
inspirados em uma das mais tradicionais marchinhas de Carnaval: "Ô, abre
-alas,que eu quero passar".
Em confronto generalizado, os policiais passaram a usar tiros
 de borracha e bombas de gás lacrimogênio para dispersar os manifestantes. 
Dentro da Câmara, há ativistas e PMs. Quatro coquetéis molotov foram lançados 
na direção do prédio. Três manifestantes e um policial ficaram feridos por pedradas.
Segundo a PM, todos os manifestantes foram retirados de dentro da Casa. 
Segundo o vereador Marcelo Piuí (PHS), a presidência da Câmara foi depredada.
No entanto, o tenente-coronel Mauro de Andrade houve apenas uma bagunça na 
sala, mas nada foi quebrado. Devido ao tumulto, na Estação Cinelândia, somente o 
acesso Santa Luzia ficou aberto.



Carta pede investigação de Cabral

Uma carta com várias reivindicações foi entregue no MP por 10 pessoas que foram 
eleitas durante plenária do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) na terça-feira. 
O documento exige a abertura de inquérito para investigar os excessos da polícia; uma 
investigação sobre os atos do governador Sérgio Cabral; outro processo investigativo 
para a ação dos policiais à paisana infiltrados nos protestos; a quebra de sigilo telefônico 
de Cabral, do prefeito Eduardo Paes e de todos os envolvidos no escândalo da Delta; além 
da revisão do monopólio dos contratos de concessão de tranportes.
No último domingo, mais de 100 pessoas protestaram na Rua Aristídes Espínola, no Leblon, 
onde mora o governador. Em clima bem-humorado, os manifestantes chegaram a dançar 
quadrilha e reforçavam os pedidos de investigação ao proferir palavras de ordem contra 
Cabral. A PM, com 40 homens identificados por letras e números nos coletes e bonés, 
acompanhou o ato, que não registrou tumulto


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