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terça-feira, agosto 13, 2013

Protesto em frente ao Palácio Guanabara termina em confronto

Houve confronto durante protesto em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira. Manifestantes derrubaram parte das grades que cercam o prédio. Os policiais jogaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o grupo. Também foram usadas tasers (armas que dão choques). Os manifestantes revidaram atirando rojões e pedras nos policiais. Um policial foi atingido com uma pedrada no rosto.
A maior parte dos manifestantes faz parte dos Black Blocs, vestidos de preto e com rostos cobertos, e por diversas vezes tentaram jogar rojões contra os policiais, que estão dentro do palácio com escudos e capacetes e também posicionados do lado de fora, para tentar identificar os manifestantes mais exaltados.
Os policiais avançaram contra o grupo para dispersá-los e, na fuga, os manifestantes iniciaram uma série de depredações, ateando fogo em lixeiras, placas de publicidade e numa banca de revistas. A Tropa de Choque foi acionada. Manifestantes seguiam pelas ruas internas do bairro de Laranjeiras e em direção ao largo do Machado, espalhando lixo pelas ruas e quebrando garrafas.
CPI dos Ônibus
Os manifestantes protestam contra a eleição do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus na Câmara Municipal do Rio. Eles reivindicam que o cargo seja ocupado pelo vereador Eliomar Coelho (PSOL), que propôs a instalação da comissão. Pela tradição parlamentar, o cargo deveria ter sido ocupado pelo autor da proposta. Eles ainda cobram providências sobre o caso do ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para averiguação na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
O protesto começou com uma passeata pelas ruas do Centro do Rio. O grupo passou pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e o Tribunal de Justiça Estadual. 
Protesto de professores
Durante a marcha, a rua Pinheiro Machado, em Laranjeiras, zona sul da capital fluminense, ficou interditada nos dois sentidos, bem como o túnel Santa Bárbara, que liga a região ao centro. Depois de irem para a Câmara, os manifestantes se juntaram a um grupo de professores do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe), no Guanabara. Um grupo de seis docentes foi recebido pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão. Eles estão em greve desde a última sexta-feira.
Um outro grupo de professores, que estava no saguão foi retirado pela Polícia Militar à força. Alguns deles caíram no chão. De acordo com o sindicato, o grupo pretendia permanecer no local. Os professores reivindicam aumento salarial, melhores condições de trabalho e carga horária de 30 horas para os funcionários da rede estadual. Querem também a revogação das faltas para os profissionais de educação que estão em greve.
Em nota, o governo fluminense diz que Pezão e o subsecretário de Educação, Antonio Neto, receberam representantes do Sepe, "para ouvir e manter o diálogo com o sindicato. Lamentavelmente, após a reunião, parte do grupo decidiu ocupar o Palácio. Irredutíveis, foram retirados do local pela segurança". 
"Infelizmente, em seguida, grupos radicais desejosos do confronto chegaram à frente do Palácio com ações violentas e tentativas de invasão, chutando o gradil, jogando coquetéis molotov e atirando rojões. Esses grupos não estão interessados no diálogo e na democracia. Apenas apostam no caos", conclui a nota.
O salário pago aos profissionais de educação do Estado do Rio de Janeiro é um dos piores do Brasil.
Fonte: Jornal do Brasil

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