Líderes de Revoltados Online, MBL e Vem Pra Rua suspeitos de receberem recursos duvidosos
Está rolando nas redes sociais, áudio do mega-pelego da Força Sindical, deputado federal Paulinho da Força (SDD), onde o mesmo afirma com todas as letras que há recursos de vários financiadores golpistas e que Eduardo Cunha opera o golpe, mesmo a oposição sendo muito ruim.
As finanças dos principais movimentos pró-golpe, responsáveis
por mobilizar milhares de pessoas em protestos contra a presidente Dilma
Rousseff, são uma caixa preta. Nenhum dos três principais grupos que convocaram
os grandes protestos antigoverno divulga a origem e a quantidade de dinheiro
usado para custear suas ações políticas. A falta de transparência abre
desconfianças que há indícios que sejam financiados por recursos públicos via
sindicatos patronais, partidos da oposição e a CIA (EUA). Bancados pela própria
aliança que deu o golpe em 1964.
Apesar de exigir transparência do governo, os movimentos
informam apenas que o dinheiro entra através de doações de pessoas físicas e da
venda de produtos. Não se sabe o número de doadores ou valor da colaboração
média. Há casos de recebimento de doações em conta de pessoa física e de coleta
informal de dinheiro vivo.
Ao buscar detalhes dos três grupos mais influentes nas redes
sociais: Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua e Revoltados Online.
O MBL, único que enviou dados à reportagem, divulgou despesas
no último protesto em São Paulo, que reuniu 250 mil na avenida Paulista, sem
indicação de origem dos recursos. Disse que foram gastos R$ 28 mil com
caminhão, seguranças e publicidade no Facebook, entre outras despesas.
O montante, porém, não refere-se ao total usado nas
atividades do movimento, que incluem viagens a Brasília. Os fornecedores não
são divulgados e as notas não foram disponibilizadas.
O Vem Pra Rua se negou a abrir detalhes dos doadores. Segundo
o porta-voz do movimento, Rogério Chequer, contribuições nem sequer passam por
conta bancária. A orientação aos colaboradores, diz, é que paguem diretamente
aos fornecedores.
O Revoltados não dialoga e diz que não tem que prestar contas
a ninguém.
Sem prestação de contas não é possível verificar, por
exemplo, se os doadores são apartidários e se não há dinheiro público, como
alegam movimentos.
O MBL é o único que tem cadastro de pessoa jurídica para
receber doações, mas ele está registrado no nome de Sthephanie Santos, irmã de
Renan Santos um dos líderes. Ela é proprietária do Movimento Renovação Liberal,
uma associação privada.
Outro líder do grupo, Kim Kataguiri, pede doações em conta
bancária.
A última informação sobre valores arrecadados foi divulgada
em agosto de 2015 referente ao protesto daquele mê: R$ 17,7 mil em doações via
Paypal, R$ 10 mil em doações diretas e R$ 9 mil com a venda de camisetas.
Com bom relacionamento com o empresariado paulistano, o Vem
Pra Rua recebe contribuições de envolvidos, mas diz não as contabilizar.
Em Brasília, o grupo fechou contrato com um carro de som para
quatro dias ao custo de R$ 40 Mil, segundo o empresário que forneceu o
equipamento, Rubens Dornelas, 48 “Temos um relacionamento que vem desde o ano
passado”. Como é um pacote, cobre R$ 10 mil por dia. Para pagar, eles fazem uma
vaquinha e coletam doações no próprio carro. Diz.
O Revoltados Online, liderado por Marcelo Reis, alcançou 1,5
milhão de seguidores no Facebook e usa essa influência para obter recursos.
Em seu site, bonecos Pixuleko, que chegam a custar R$ 5 na
rua 25 de Março, em São Paulo, saem por R$ 20. O dinheiro vai diretamente para
sua conta bancária pessoal.
OUTRO LADO
O vem Pra Rua e o MBL argumentaram que não estão sujeitos às
mesmas exigências de transparência do governo pois não recebem dinheiro
público.
“Não recebemos de partidos políticos nem da Fiesp”. Afirma Rogério
Chequer.
O MBL ressaltou que faz tudo dentro da lei. “Valores que
foram eventualmente creditados em conta corrente de membros do MBL constituem
exceção”. Informou.
O grupo, que divulgou gastos do último ato apenas em São
Paulo, disse que o caixa não é centralizado e que cada núcleo financia o
protesto em sua cidade.
O movimento citou o caso da marcha a Brasília, que usou
financiamento coletivo para arrecadar R$ 59 mil reais de uma meta de R$ 20 mil.
A plataforma usada discrimina quantos apoiadores pagaram cada uma das cotas.
O MBL diz não nomear fornecedores para evitar que sofram
retaliações.
Marcelo Reis, do Revoltados Online, não dá nenhuma
transparência ou informação de seus gastos e financiadores.
SUAS BANDEIRAS OS ENVERGONHAM
O MBL (Movimento Brasil Livre) vai
lançar 123 candidatos às eleições municipais deste ano em 23 Estados, por PSDB, Partido Novo, DEM, PSD, PSC e
PPS. A informação é da "Gazeta do Povo" (PR), confirmando aquilo que já
escrevi tantas vezes aqui: ao se apresentar como "apartidário" e
"apolítico", o MBL praticava apenas uma hipocrisia básica, porque não
existe movimento do gênero sem intenções político-partidárias.
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